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EDUCAÇÃO - Breve relato da história da educação excludente: do início da colonização aos dias de hoje em nosso país .

Por:   •  27/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.389 Palavras (6 Páginas)  •  548 Visualizações

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DIDÁTICA

ALUNO: THOMAZ QUARTEROLI NETO                                      TURMA: FMA0101N

ANÁLISE CRÍTICA DO TEXTO:

EDUCAÇÃO - Breve relato da história da educação excludente: do início da colonização aos dias de hoje em nosso país.

        A história da educação no Brasil já começou de forma equivocada, quando em 1549 com a chegada dos primeiros padres jesuítas, foi inaugurada uma fase que haveria de deixar marcas profundas na cultura e civilização do país. Movidos por intenso sentimento religioso de propagação da fé cristã, os jesuítas impuseram aos povos indígenas a doutrina religiosa católica, não levando em conta as crenças e tradições dos povos que aqui encontraram. Daí, durante mais de 200 anos, os jesuítas foram praticamente os únicos educadores do Brasil.

A principal missão dos jesuítas era de mentir para os índios sobre os colonos e alegarem que eram homens bons e que vinham trazer a paz contra os espanhóis. Para isso utilizaram largamente do cristianismo e praticavam atos semelhantes à Inquisição na Europa, ou seja, os índios que não se ajoelhassem diante da igreja eram mortos.

Após este primeiro momento, eles passaram a objetivar, apenas, a catequizar e instruir nossos índios. No entanto, com o passar do tempo, esses mesmos padres se dedicaram a educar somente os filhos dos colonos e os novos sacerdotes. E assim, a história da educação no Brasil já se iniciou excludente.

Como seus colégios eram a única forma de educação e, não havendo opção, não se tinha escolha.  A educação possuía o nível elementar e era voltada para as elites. O ensino superior foi criado bem mais tarde em nosso país e era exclusivo do clero, uma vez que Portugal não permitia a criação de universidades na colônia e impunha medidas cerceadoras de nossa emancipação intelectual da população existente. Portanto, os homens livres e com recursos financeiros, que quisessem dar continuidade aos seus estudos, teriam que sair do país, normalmente rumando a Portugal ou outras capitais europeias, para frequentar as universidades. Desta forma, o homem branco recebia alguma instrução, o índio era catequizado e aproveitado para trabalhos manuais e o negro continuava a ser vendido como mera mercadoria ou coisa sem alma.

Às mulheres bastavam os papéis definidos pela sociedade, como os de serem esposas e mães somente, pois elas também eram proibidas de frequentar aulas, recebendo como instrução, apenas noções de prendas domésticas e boas maneiras.

Com o passar do tempo, o poder político e econômico da igreja católica, representada pela Companhia de Jesus, alcançou um nível tão supremo, que ela passou a ser temida por Portugal, tornando-se inimiga do Estado português e por isso acabou sendo extinta, encerrando-se assim o domínio da ordem jesuítica e a consequente expulsão dos mesmos do nosso solo.

Portugal, que se caracterizava por suas raízes medievais, teve que empreender uma reforma cultural e educacional nesse período, que foi comandada pelo Marquês de Pombal. As reformas pombalinas tiveram grande impacto nas colônias portuguesas, especialmente no Brasil, haja vista que, com a expulsão dos jesuítas dos domínios portugueses, a educação, antes administradas por esses missionários, passou a ser de responsabilidade do Estado Português. A expulsão da Ordem dos jesuítas ocorreu por intermédio do decreto de 3 de setembro de 1759, mas antes mesmo disso, Pombal havia elaborado um alvará no dia 28 de junho de 1759 para a criação das Aulas Régias, isto é, aulas que eram ministradas por professores nomeados pelo governo.

As aulas régias tinham o nítido objetivo de preencher a lacuna deixada pelos jesuítas e secularizar o ensino. Com esse modelo de educação pombalino, deu-se ênfase aos estudos menores de aprendizagem, que se tornava mais rápida e eficaz. O objetivo era preparar uma elite necessária para fins econômicos e políticos, pela qual ansiava o Estado.

        Os estudos régios aconteciam na casa dos professores, o que impedia a frequência de alunos de outras freguesias, visto que a maioria dos mestres residia nos grandes centros urbanos – o que de certa forma ajudara a perpetuar a exclusão.

Os papéis das mulheres continuaram os mesmos, até o surgimento de uma nova lei em 1827, onde houve a criação de classes femininas. Essa mesma lei tornou obrigatória a implantação de aulas de primeiras letras em cada freguesia, com a intenção de acabar com essa exclusão. Com o fim das Aulas Régias, no ano de 1834, e apesar de o rei D. João VI abrir as portas do Brasil para a cultura, ainda não havia uma política educacional no país. A maioria da população era predominantemente rural, analfabeta e escrava. A elite educava seus filhos com preceptores em seus domicílios particulares, assim, aos pobres, restavam algumas escolas que só ensinavam a ler, escrever e contar e a educação brasileira foi-se perpetuando excludente.

Em 1889, com o período republicano, iniciou-se uma valorização do estudo, com uma modernização de conteúdos, da administração e de métodos escolares. No entanto, as raras escolas que existiam, possuíam pouquíssimas vagas, que eram disputadas pela classe média, já que os filhos da elite continuavam a ser instruídos por aqueles preceptores.

Com a industrialização e a urbanização, a necessidade de capacitação foi necessária, o que acentuou a discriminação entre o ensino secundário superior e o primário profissional.

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