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ELABORAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL E NO ENSINO FUNDAMENTAL

Por:   •  19/4/2015  •  Artigo  •  2.666 Palavras (11 Páginas)  •  1.166 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Para entendermos o que é o PPP - Projeto Político Pedagógico, é relevante pensarmos o trabalho dos profissionais da escola tanto no âmbito local quanto nas esferas políticas e educacionais. A busca pela formação dos alunos no planejamento das aulas, na metodologia, na avaliação nos planos de ensinos e em sua efetivação é o centro do trabalho do profissional na escola e da educação. Assim o Projeto Político Pedagógico - PPP estabelece o tipo de formação que se oferece ou se quer proporcionar na instituição escolar.

Sabe-se que, perante todo e qualquer estudo, faz-se necessário buscar o significado etimológico dos termos analisados. Nesse contexto, projeto é uma palavra derivada da palavra latina “projetus”, que significa "algo lançado para frente", isto é, algo que vai acontecer que é antecipado. A partir dessa definição é que inicia-se a analise do Projeto Político Pedagógico - PPP, como algo que deve ser pensado, projetado. Cabe salientar que o ato de pensar o futuro é um ato exclusivamente humano e prevê uma concepção de vida, de ser humano, de sociedade, de mundo, de escola e de cidadania. Ele é também próprio, isto é, não se pode planejar por outro; assim, cada instituição deve ter seu projeto próprio e característico, sempre com referência ao contexto em que a está inserida.

O Projeto Político Pedagógico - PPP é, assim, um processo democrático e permanente de reflexão e de discussão dos problemas escolares. Nesse contexto, a sua elaboração é um processo exclusivo da escola para a escola, contratando com a real participação de todos seus participantes e com sua plena efetivação. Fica claro que o Projeto Político Pedagógico - PPP como um documento estanque, elaborado somente por especialistas entre quatro paredes, não é essencial e suficiente para os avanços necessários de uma educação comprometida com os interesses e as necessidades de uma cidadania plena.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 SABERES NECESSÁRIOS PARA ARTICULAR O PROJETO PEDAGÓGICO

Sendo um desafio às organizações atuais construir um trabalho que seja coletivo, responsável e com resultados satisfatórios, tratar do espaço escolar torna-se um desafio ainda maior, pois o que se está em questão é, sem o menor constrangimento em dizer, a perspectiva de futuro das jovens gerações e de muitos sujeitos que por estarem exercendo uma determinada função na escola, esperam dela muito mais que um local de trabalho.

Com as considerações de Bussmann (2005), tratou-se da necessidade do Pedagogo investir-se de pressupostos da administração para planejar, intencionaliza ras ações que viabilizem o Projeto Político Pedagógico. Agora se tem outra necessidade: refletir sobre que saberes seriam necessários a este profissional para dar sentido pedagógico ao seu ofício.

Considerando-se a Pedagogia, enquanto ciência que estuda, pensa e propõe soluções para as questões que ocorrem na dinâmica escolar, encontra-se em Gauthier (2006) a contribuição que certamente darão suporte ao ofício do Pedagogo.

Segundo Gauthier (2006) existem dois viés no entendimento sobre determinadas condições que auxiliariam o profissional Pedagogo a tornar-se apto a desenvolver seu ofício em escolas. A primeira ideia defende pressupostos de que bastariam ao Pedagogo conteúdo, talento, bom senso, intuição, experiência e cultura para que se estabelecesse uma práxis. Já o segundo, relata o equívoco ao privilegiar somente aspectos científicos do entendimento do ensino, pois enfocaria de forma reducionista questões da “vida” escolar, não percebendo a complexidade e o contexto que reagem e interagem dinamicamente.

A avaliação dos avanços e limites das duas ideias revela um possível encaminhamento mais coerente. Uma condição não nega a outra, a contribuição está em se valorizar a relação de reciprocidade entre teoria e prática, muito bem tratada por Demo (1996, p.43) “Do mesmo modo que uma teoria precisa da prática para existir exigir, assim toda prática precisa voltar à teoria para poder renascer”.

Esta comunicação entre teoria e prática se torna essencial por permitir valorizar a experiência e todas as construções advindas desta vivência, bem como o estudo elaborado pelas ciências sociais que buscam explicar, entender e propor encaminhamentos para a realidade escolar. Sendo assim, Gauthier (2006) organiza uma sequência de saberes que contemplam esta íntima relação entre teoria e prática,sugerido ao Pedagogo que pretende fazer de sua práxis, um trabalho responsável,coerente e intencional. A configuração destes saberes se expressa da seguinte forma:

O saber disciplinar refere-se ao conhecimento que outros pesquisadores e cientistas organizaram e produziram nas diversas áreas do conhecimento e que estão à disposição da humanidade. O ato de ensinar e a dinâmica escolar exigem que o Pedagogo seja conhecedor destes saberes, bem como as implicações e possíveis releituras destes conhecimentos, permitindo explorar e sugerir outras possibilidades aos docentes.

O saber curricular expressa uma forma de organização própria da época e local em que se está situado, marcado por leis a afins. Neste sentido, o Pedagogo precisa estudar, analisar e tomar ciência das condições e prerrogativas desta elaboração,permitindo-lhe atuar com clareza por entender em que condições foram propostas esta ou aquela disposição curricular, bem como entender por quais razões o currículo em questão, passou a ser uma organização socialmente válida.

O saber da ciência da educação diz respeito ao conjunto de entendimentos sobre a escola que permite compreender questões relevantes ao funcionamento e conhecimento discente. Aqui entraria o conhecimento da psicologia, sociologia, administração e outras ciências que complementam o trabalho do Pedagogo.

O saber da tradição pedagógica trata do reconhecimento que existe uma tradição na maneira de ensinar, de organizar e sistematizar os conhecimentos. Este saber tem o propósito de levar a considerar que outros já pensaram no ato de ensinar e que a partir destas experiências, pode-se melhorar, excluir ou primar por encaminhamentos. É um saber que reflete sobre o passado com vistas ao futuro.

O saber experiencial refere-se ao tempo e à prática empregados para gerar a experiência. Condição particular e que acaba por justificar a postura do Pedagogo. As questões que se precisa pensar seriam: os encaminhamentos feitos pelo Pedagogo,nas escolas, construídos

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