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ESTUDO DE LIBRAS

Por:   •  20/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.002 Palavras (9 Páginas)  •  304 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ                        [pic 1]         [pic 2]

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO                        

CURSO: PEDAGOGIA – MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA        

DISCIPLINA: Introdução à Libras – Linguagem Brasileira de Sinais      

PROFESSORES: Marília Ignatius Nogueira Carneiro e  Clélia Maria Ignatius Nogueira

Questão 1  

 Surdez e Surdos

As experiências vivenciadas pelos surdos são muito mais experiências de visão do que de audição, o surdo é então a pessoa que compreende e interage com o mundo por meio dos seus conhecimentos visuais, manifestando sua cultura, seus pensamentos, seus sentimentos pelo uso da língua de sinais.

O pensamento dos surdos se efetiva por imagens, como em uma projeção de slides, ele também pode estudar, raciocinar e meditar, mas para isto acontecer ele utilizada uma linguagem diferente, ele fala com as mãos.

Quando nos referimos ao surdo, a palavra mudo, não corresponde à realidade desses indivíduos, pois ele não é mudo no sentido de possuir comprometimentos no sistema fonoarticulatório, mas em sua maioria a pessoa surda ou com deficiência auditiva não fala porque não consegue aprender, sendo assim ela não possui feedback auditivo.

O surdo pode até aprender a falar, mas este processo é longo e complexo, para os indivíduos que possuem uma perda auditiva mais severa. Os surdos mesmo com surdez profunda podem apresentar uma comunicação oral funcional, desde que se submetam aos procedimentos adequados e principalmente se eles desejarem aprender.

Nem todos os surdos conhecem a língua de sinais, a língua de sinais não é inata ao surdo, assim como a língua oral não é para o ouvinte, a criança ouvinte aprende a falar pela interação com o meio em que vive, o ideal seria que o mesmo acontecesse com a criança surda, que ela adquirisse sua primeira língua na interação com usuários dessa língua. É fundamental que o surdo adquira a linguagem de Libras o mais cedo possível, para então poder aprender o português escrito, devendo esse ensino ser ministrado em uma perspectiva dialógica, funcional e instrumental.

No Brasil os surdos aprendem a língua de sinais tardiamente, sendo essa a sua primeira língua, e vivem em um país em que a língua oficial é sua segunda língua. Não é a falta da linguagem oral que dificulta a aprendizagem da escrita do Português, mas sim a falta de uma língua. As maiores partes das crianças surdas que nascem em famílias ouvintes, que desconhecem a língua de sinais, têm dificuldades de aceitá-la, por consequência e por usar com seus filhos não significa que os surdos estão recebendo um ensino de qualidade equivalente ao recebido por seus colegas.

A inclusão nas salas de aulas dos alunos surdos deve ter sempre o auxilio do professor para que este se sinta seguro ao participar das atividades propostas, garantir sua autonomia, para desenvolver suas aptidões.  

Questão 2

Línguas de sinais e Libras

Não ouvir faz o surdo criar uma maneira própria de se comunicar, mas não o impede de adquirir uma língua e nem de desenvolver sua capacidade de representação.

A língua de sinais já foi utilizada pelos homens pré-históricos e por tribos indígenas. A comunicação por meio de sinais é uma língua com condições de proporcionar não apenas a comunicação efetiva entre surdos, mas também é a maneira de expressar seus sentimentos, a composição de poesias, a discussão filosófica enfim, ser seu idioma completo.

È possível admitir que Libras seja uma língua, pois permite uma comunidade lingüística particular, a comunidade surda, exerça sua capacidade de comunicação, e ainda mais, se a fala é o modo de um elemento de uma comunidade  lingüística exercitar sua língua, o surdo fala em Libras, através das mãos.

Não se pode afirmar que a língua de sinais seja icônica, pois embora a relação direta, quase transparente entre um sinal e o conceito que esse representa, as modificações por eles sofridas ao longo do tempo e na combinação com outros sinais resultam em perda de iconicidade e se torna, portanto arbitrário.

Existe diferença entre as línguas de sinais utilizadas em outros países, no Brasil, a língua brasileira de sinais é denominada Libras, ela é exclusivamente brasileira, não podendo ser considerada como uma língua estrangeira.

Os primeiros estudos sobre Libras no Brasil começaram na década de 1980, hoje há estudos nas áreas gramaticais e discursivas da linguagem de Brasileira de Sinais, a Libras também obedece a regras para compor e produzir contextos.    

Questão 3

Aspectos linguísticos da Libras

Tanto a língua de sinais como a língua oral seguem os mesmos princípios pelo fato de possuírem um léxico, ou seja, um conjunto de símbolos convencionais, e uma gramática, isto é, um sistema de regras que rege o uso desses símbolos.

Cada sinal em libras é composto por três parâmetros básicos: a configuração das mãos (CM), o movimento das mãos (M) e o ponto de articulação (PA) ou Locação(L), que é o lugar do espaço onde as mãos se movem.

Pesquisas recentes permitiram considerar, como parâmetros da Língua de Sinais, componentes não-manuais, as expressões faciais e corporais que são muito utilizadas pelos surdos para produzir informação lingüística.

São as componentes não-manuais, particularmente as expressões faciais, que estabelecem a modulação em Libras, que seria o equivalente à entonação nas línguas orais. Em Libras, a exemplo da Língua Portuguesa, as frases podem ser afirmativas, exclamativas, interrogativas e negativas, o que diferencia então a modulação do som são as expressões faciais.

Os sinais em Libras não são gestos, os gestos são considerados traços paralinguísticos ou extralingüísticos das línguas orais, movimentos ou expressões que ou completam a palavra falada, ou mesmo permitem que se tenha uma mínima comunicação, contextualizada e quase sempre referente às coisas concretas, como a que ocorre entre pessoas que não fazem a mesma língua, no caso dos sinais, estes permitem expressar sentimentos, argumentos científicos, filosóficos, políticos, literários, artísticos, etc.

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