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Educação a Distância na Ótica Discente

Por:   •  3/1/2019  •  Artigo  •  2.711 Palavras (11 Páginas)  •  169 Visualizações

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Democratização do ensino superior: possibilidades com a educação à distância

William da Silva Pasini1

RESUMO

O presente artigo traz em seu conteúdo alguns dos principais aspectos acerca da democratização do ensino superior, partindo da perspectiva da educação à distância. Pois, o acesso qualitativo à educação é um direito assegurado em lei, que nos dias hoje, graças à ampliação ao acesso às tecnologias, dentre outros fatores, possibilitou que uma nova modalidade de ensino atingisse a grande massa, que muitas das vezes possui uma dura rotina que a impeça de frequentar presencialmente o ensino superior. Desta forma, a EAD vem possibilitar proporcionar o ingresso, com qualidade, já que a educação à distância não tem distinções legais perante o ensino presencial, ao tão desejado curso superior. Para tanto, será realizada uma pesquisa bibliográfica, contendo referencial teórico pertinente, a fim de conceituar e informar o leitor a respeito do tema.

Palavras-chave: Ensino superior. EAD. Educação. Sociedade.

ABSTRACT

The present article brings in its content some of the main aspects about the democratization of higher education, starting from the perspective of distance education. For qualitative access to education is a right guaranteed by law, which today, thanks to the expansion of access to technology, among other factors, has enabled a new type of education to reach the great mass, which often has a hard time routine that prevents her from attending higher education in person. In this way, the EAD is able to provide the entrance, with quality, since distance education does not have legal distinctions before face-to-face teaching, to the desired higher education. For this, a bibliographical research will be carried out, containing relevant theoretical reference, in order to conceptualize and inform the reader about the subject.

Keywords: Higher education. EAD. Education. Society.

Introdução

         Ao fazer uma análise da sociedade atual sobre as perspectivas acerca da regulação do ensino à distância no Brasil, Bizelli2[1](2013 apud CARAM e BIZELLI, 2014) explana que esta é representada como a Sociedade da Informação, assinalada pela diversidade social, econômica e cultural, a sociedade na qual a informação passou a ser o produto mais valioso.

Para a devida compreensão da EAD nos dias de hoje, se faz necessário a análise de seu contexto histórico, pois esta modalidade de ensino surgiu muito antes da popularização da Internet. Desta forma, Moore[2] (2007 apud CARAM e BIZELLI, 2014) dividiu a evolução da EAD em cinco gerações, que ilustram a sua evolução ao longo dos anos.

  • Primeira Geração: apontada como “Geração Textual” teve início em 1880, utilizava as correspondências para a transmissão do conhecimento. O objetivo dos primeiros educadores por correspondência era usar a tecnologia da época, os serviços postais, para chegar até aqueles que, de outro modo, não poderiam se beneficiar dela.
  • Segunda Geração: chamada de “Geração Analógica” teve início na década de 30, realizava sua transmissão por meio de rádio e televisão. O rádio não atendeu às expectativas devido aos diferentes interesses entre emissoras e instituições de ensino. Já a televisão, com as TVs educativas, obteve mais sucesso por conta de contribuições empresariais. Nesta geração foram oferecidos tanto cursos de curta-duração, como cursos de nível superior e surgiu a transmissão de cursos pela TV a cabo e os chamados Telecursos, que integravam programas de televisão com livros didáticos.
  • Terceira Geração: tida como a “Geração das Tecnologias de Comunicação” se iniciou no final da década de 60, foi caracterizada por mudanças significativas. As tecnologias utilizadas eram materiais impressos, correspondência para orientações, transmissão por rádio e televisão, conferências por telefone, kits para experiências em casa e recursos de bibliotecas locais. Ainda nesta geração, em 1967, foram criadas as Universidades Abertas (UAs) que usavam o rádio e a televisão para transmitir seus conteúdos.
  • Quarta Geração: considerada a “Geração da Teleconferência” surgiu nos Estados Unidos em 1980 e era baseada na tecnologia da teleconferência e, portanto, era elaborada para o uso de grupos. Era um modo mais próximo ao ensino tradicional, pois os alunos se reuniam em salas de aula convencionais ou outras localidades como residências e empresas. Na década de 90, surgiu a videoconferência se possibilitou a comunicação nos dois sentidos.
  • Quinta Geração: chamada de “Geração Digital”, ma qual a sociedade está inserida atualmente, está apoiada nas novas TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) sua principal característica, a possibilidade de estabelecer maior interatividade entre aluno e professor. Como maior exemplo das novas TIC, temos a internet e a televisão digital.

Diante deste contexto histórico, cabe ressaltar também que apesar muitos anos de história, como citado anteriormente, a primeira menção oficial sobre a EAD ocorreu em 1996, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu art. 80, onde explicitou que o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. (BRASIL, 1996).

Esta lei foi responsável por dar um novo status à EAD, atribuindo legitimidade e visibilidade. Assim, a partir de 1996, com a promulgação da lei, a EAD passou a ser considerada alternativa regular de prestação educacional aos brasileiros, deixando de ser uma alternativa permanentemente experimental ou concebida como solução paliativa para atender os excluídos (CARAM e BIZELLI, 2014).

Dando continuidade à elaboração da legislação da EAD no Brasil, o Poder Executivo Federal procurou baixar um decreto que regulamentaria a Art. 80 da LDB. Foi baixado, então, o decreto 5622/05, onde Alves[3] (2006 apud CARAM e BIZELLI, 2014) pontua os principais aspectos deste decreto:

a) A possibilidade de mestrados e doutorados a distância, um aspecto extremamente positivo para a EAD no país;

b) O credenciamento de instituições de pesquisa tanto científica quanto tecnológica para programas de EAD e não apenas instituições de ensino, o que abre um leque maior de variedade de oferta de programas;

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