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Elementos da Narrativa e Funções da Linguagem: Dentro do Conto o Apólogo

Por:   •  29/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.235 Palavras (9 Páginas)  •  779 Visualizações

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                       CEAP - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

ENGENHARIA CIVIL

ENGCIV-V 2015.2

DARIELSON CARVALHO MIRANDA

EVERALDO FARIAS FURTADO

GEORGE COSTA DE ARAÚJO NETO

YAN MARCOS DE SOUZA BEZERRA

YVES GURGEL PANTOJA MEDEIROS

  

 

 

 

 

 

Elementos da Narrativa e Funções da Linguagem: Dentro do Conto o Apólogo

 

 

 

CEAP - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

ENGENHARIA CIVIL

ENGCIV-V 2015.2

DARIELSON CARVALHO MIRANDA

EVERALDO FARIAS FURTADO

GEORGE COSTA DE ARAÚJO NETO

YAN MARCOS DE SOUZA BEZERRA

YVES GURGEL PANTOJA MEDEIROS

 

 

 

 

Elementos da Narrativa e Funções da Linguagem: Dentro do Conto o Apólogo

 

 

Trabalho apresentado à disciplina Comunicação e Expressão do Centro de Ensino Superior do Amapá sob a orientação da Doutoranda Márcia C. da S. Galindo como obtenção de avaliação parcial, do curso Engenharia Civil da turma ENGCIV-V 2015.2

 

 

 

SUMÁRIO

 

 

  1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 04
  2. DESENVOLVIMENTO ................................................................................... 05
  3. ELEMENTOS DA NARRATIVA E FUNÇÕES DE LINGUAGEM ................... 08
  4. CONCLUSÃO ................................................................................................ 09
  5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 10

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

Esta é uma releitura feita sob o conto “Um Apólogo” de Machado de Assis. Tem como um de seus objetivos expor novas ideias sobre o referido conto moralizando o desfecho de outra forma, apresentando um caráter de argumentação sobre algumas atitudes incorretas partidas de determinadas pessoas com as quais possam desmoralizar segundos/terceiros. Outro ponto importante é que os alunos produzam textos de variados tipos, de forma correta e coerente. 

A forma organizacional utilizada neste, é a original do conto, no entanto a estrutura do trabalho geral está dividia em: Capa; Folha de Rosto; Sumário; Introdução; o referido Conto; Os Elementos da Narrativa e Funções de Linguagens utilizadas. Complementando este, buscamos metodologia própria, ou seja, sem fins de pesquisas, entrevistas, análise de filmes, etc.

TÍTULO DO TRABALHO

        Um Apólogo        

Machado de Assis


Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?

Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

— Que cabeça, senhora?  A senhora não é alfinete, é agulha.  Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.

— Decerto que sou.

— Mas por quê?

É boa!  Porque coso.  Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.

Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.  Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?  Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

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