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FATORES QUE INFLUENCIAM NO PERÍODO PRÉ-NATAL

Por:   •  28/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  2.037 Palavras (9 Páginas)  •  398 Visualizações

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FATORES QUE INFLUENCIAM NO PERÍODO PRÉ-NATAL

INTRODUÇÃO

O período pré-natal, é uma fase muito importante no desenvolvimento da criança, neste período muitos fatores podem influenciar a maneira com que a criança vai se desenvolver após o nascimento. Os fatores são o genético/cromossômico que abrange a hereditariedade e os erros genéticos; as infecções como rubéola, toxoplasmose, DST, zica, chikungunya; a incompatibilidade sanguÍnea; o mecânico/físico causado pelo aborto mal sucedido; radioativo; tóxicos que são os agentes químicos/medicamentos tais como alcoolismo, drogas ilícitas que abrangem a  maconha, o tabagismo e o crack; as condições da mãe como idade tanto precoce quanto avançada, e sua saúde como doenças crônicas: HIV, diabetes, obesidade, nutrição ou má alimentação, estado emocional: stress, hipertensão, ansiedade, depressão; cada um desses fatores vai atingir de maneira diferente o modo como a criança irá ser, tanto na sua cognição, quanto na maneira eu irá se relacionar com o meio em que estará inserida,isso porque alguns desses fatores influenciam o estado nervoso da criança fazendo com esta possa vir á ser uma pessoa com transtornos de ansiedade, e baixo controle emocional, há também, dentre esses fatores, aqueles que irão afetar o desenvolvimento motor da criança, o que pode ocasionar deficiências das mais variadas, desde a surdez, cegueira, à paralisias e má formações dos membros. Dentre todos esses fatores que foram citados à cima, vamos nos aprofundar em dois: dentro do tema dos agentes químicos/ medicamentos, abordaremos o alcoolismo; e na condição da mãe vamos focar na idade materna/ avançada.

AGENTES TERATOGÊNICOS/ ALCOOLISMO:

Como podemos ver no artigo de TACON,TACON e AMARAL, o álcool é atualmente, a droga licita mais consumida no mundo, pois é de fácil acesso e seu consumo é aceitável na sociedade, um ponto preocupante no consumo do álcool é a idade em que se começa o consumo, que tem sido cada vez mais cedo, o alcoolismo é uma doença que mata, pois seu metabolismo no organismo pode ser interferido pela quantidade de álcool consumida, ou pelo estado da mucosa e até mesmo pela composição da bebida, o órgão que primeiro é afetado pelo consumo do álcool é o fígado, depois os órgãos mais vascularizados como o cérebro, os rins e os músculos o consumo excessivo do álcool pode causar o comprometimento no metabolismo celular e levar a alguns tipos de cânceres.

TACON e AMARAL ainda afirmam, que consumo de álcool pela gestante é um fator de alto risco no período pré-natal, que pode fazer com ocorra o aborto, muitos são os estudos realizados a cerca de uma quantidade segura em que a gestante pode consumir o álcool sem que haja riscos ao feto, porém não se chega á uma quantia mínima, o certo mesmo é não consumir, mas com o consumo do álcool elevado, e baixo grau de instrução recebido pelas gestantes dos males que pode causar ao feto, talvez ainda sejam as causas da continuidade de casos ocorridos pelo mundo.

Para as autoras TACON e AMARAL, no início da gestação, mais precisamente no primeiro trimestre, o consumo do álcool pode vir a causar o aborto, já no final da gestação outros males podem ocorrer com o feto, pois nessa fase o cérebro se desenvolve rapidamente e pode estar mais propenso á exposição de agentes teratogênicos, no artigo da revista RESU Revista Educação em Saúde encontramos um trecho que relata:“De acordo com a classificação do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) fetos expostos ao álcool durante o pré-natal podem ter desordens relacionadas a defeitos físicos, desordens de neurodesenvolvimento e síndrome alcoólica fetal, a qual é a forma mais grave.” 

Abaixo será apresentado as principais características do que se pode ocorrer com o feto, conforme o artigo citado acima:

Anomalias faciais: fissura palpebral, hemiface achatada, nariz invertido e lábio superior fino.

Restrição de crescimento: baixo peso, baixa estatura.

Alterações do SNC: dificuldade de leitura, dificuldade de linguagem, dificuldade de memória e impulsividade.

Anomalias: malformações cardíacas, deformação de membros, perda auditiva, perda visual e fenda labial ou do palato.

Conforme afirmam no artigo, as autoras TACON e AMARAL, álcool pode ter ação direta ou indireta sobre o feto. Devido a vasoconstrição do cordão umbilical pode levar o feto á hipóxia, que é a ausência de oxigênio suficiente no sangue para manter as funções corporais, como atravessa facilmente a barreira hematoencefálica acarreta danos cerebrais, e pode ocasionar microcefalia, agenesia do corpo caloso, pode ainda ocorrer a natimortalidade e prematuridade.

TACON e AMARAL dizem ainda que das mais graves conseqüências do consumo do álcool durante a gestação é a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), essa síndrome apresenta três características primárias: restrições no crescimento pré/pós-natal, anomalias faciais específicas e alterações estruturais e/ou funcionais do Sistema Nervoso Central, porém essas características podem ser confundidas com outras doenças, e isso dificulta o diagnóstico, inclusive pelo fato, de geralmente não se ter o conhecimento do uso de álcool pela mãe, ou a pouca experiência medica sobre a doença e a dificuldade de se avaliar o desenvolvimento neurológico nessa faixa etária.

Após o nascimento, a criança passa por um período de abstinência que geralmente dura cerca dos dois primeiros dias de vida, essa crise pode ser caracterizada por: irratabilidade, hipersensibilidade, diminuição do sono, recusa alimentar, taquipneia e apneia, afirmam por meio de suas pesquisas TACON e AMARAL.

As alterações do SNC ficam mais evidentes no período de 2 a 11 anos, conforme afirmam TACON e AMARAL em seu artigo.

O artigo de TACON e AMARAL, nos traz ainda informações a cerca das Desordens do Espectro alcoólico fetal, apresentam alguns sintomas específicos em cada fase da vida, são esses descritos abaixo:

Recém-Nascido: fendas palpebrais pequenas, lábio superior fino e liso, falanges distais curtas, microcefalia, hipoplasia maxilar, narinas antevertidas, nariz curto com base alargada e achatada, irritabilidade, problemas de sono, baixo peso, baixa estatura.

Idade escolar: atraso no desenvolvimento motor, alterações de linguagem, alterações no neuro-desenvolvimento, dificuldade de aprendizagem.

Adultos: instabilidade emocional, dificuldade de inserção social, alterações comportamentais inexplicáveis.

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