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Formação e prática do educador de EJA e o Método Paulo Freire.

Por:   •  25/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  788 Palavras (4 Páginas)  •  309 Visualizações

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Formação e prática do educador de EJA e o Método Paulo Freire.

A prática da EJA vem sendo marcada pela influência de duas concepções de educação:

  • Práticas enfáticas às metodologias de ensino e à utilização de manuais didáticos, facilitando a aquisição de requisitos de leitura e escrita.
  • Práticas focadas no conteúdo social no fazer educativo e os processos dialógicos que possam levar ao desenvolvimento da consciência crítica, da emancipação.

Cada concepção denominada como, Instrumental (Visando o domínio dos conhecimentos tradicionais) e Dialógica (Visando os conhecimentos socioculturais como fonte de aprendizado). Por meados de 1930 a alfabetização de adultos foi baseada no aprendizado do código alfabético, buscando capacitar de forma rudimentar a capacitação da escrita e da leitura, esta visão trata educando e educador como objetos do processo de ensino-aprendizagem, ambos manipulados por uma equipe de técnicos que pensam e elaboram conteúdos baseados em interesses políticos de cada momento histórico.

Não que tais manuais sejam desnecessários para um processo de alfabetização, muito pelo contrario, tais manuais devem ser analisados para a EJA de forma que não sejam infantilizados, mas sim que estimulem a articulação dos conceitos representados e aspectos da realidade vivida, potencializando a motivação do aluno ao estudo, e não dificultando ainda mais.

Em contra partida a partir da segunda metade da década de 60, Paulo Freire formulou teoricamente um conjunto de idéias e indicações práticas, que puderam contrapor
às indicações pedagógicas desenvolvidas anteriormente. A partir daí, passamos a conhecer um sentido Freire: alfabetização de adultos como ato de conhecimento, onde a relação entre educador e educando é baseada no autêntico diálogo e que aprender a ler e escrever, já não é mais algo baseado na memorização de sílabas, palavras ou frases, mas sim refletir de forma critica sobre o processo de leitura e escrita criados pelo significado da linguagem.

O método Paulo Freire possui quatro características imprescindíveis, que são:

  1. Ler e escrever vai além da decifração de símbolos, é a compreensão do verdadeiro significado da palavra, ato de ação e reflexão humana.
  2. Prática educativa baseada no diálogo, onde o educador é o contexto teórico e o educando o contexto concreto, em que os fatos se dão.
  3. Escolha do conteúdo baseado na pesquisa de palavras temas geradores, que dão amplitude para debates e pesquisas, assim explorando e desenvolvendo o conteúdo dos alunos.
  4. Ato e efeito de conscientização política, a partir de textos pré-selecionados baseados na realidade vivida.

O Educador da EJA tem como objetivo contribuir, para com o educando, utilizando uma técnica adequada e os elementos de uma linguagem escrita e fonética, porém de forma tal, que estes representem a realidade do alfabetizando e sejam reconhecidos por ele como tais.

Dessa forma, chegando a tal objetivo dando ênfase aos saberes necessários ao educador da EJA, que se apresentam da seguinte forma:

  • Assumir-se como um profissional libertador, que adota uma postura crítica sobre si e a realidade vivida, transcendendo-a até seus alunos e incentivando-os a criar a própria.
  • Ter papel diretivo no processo educativo como articulador de um estudo sério sobre objetos investigados e estimulados em aula.
  • Posicionar-se como quem busca superar constantemente seus conhecimentos, em uma atitude práxica, revendo conteúdos e práticas cotidianas.
  • Fazer do ato educativo um ato de conhecimento, gerar duvidas investigativas para incentivar pesquisas individuais e conjugais em busca de uma resolução, que certamente acarretará em um debate.
  • Colocar-se em constante processo de formação, participando de cursos, capacitações especializações, etc.
  • Concretizar um trabalho conjunto entre teoria e prática mediante reflexão crítica sobre a prática, a fim de desenvolver questionamentos sobre o já existente e reinventá-lo de forma melhor e diferenciado.
  • Respeitar o educando e a si próprio como sujeito do conhecimento, superando atitudes de mera repetição, adotando uma atitude pensante e criativa.
  1. Esses saberes se revelam necessários para o desenvolvimento tanto do educador, quanto do educando, já que o país urge de profissionais que compreendam e desenvolvam esse tipo de trabalho em sala de aula, para que o aluno jovem e adulto possa criticar sua realidade visando mais conhecimento e uma participação ativa como agente modificador do seu futuro. Bibliologia
  2. Evangelhos

Existem 2 concepções de Educação que influenciaram a EJA

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