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Função social da escola

Por:   •  18/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.562 Palavras (7 Páginas)  •  110 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A escola na sua função de Instituição Social é primordial para formação de cidadãos de uma instituição educativa a serviços de todos, com seus objetivos de redentora, ou seja, salvar a sociedade de sua atual situação, reprodutora na sua forma de organizar-se e buscando entendimento da vida e da sociedade de forma a contribuir para sua transformação. Apesar de que no mundo capitalista ainda prevalece a desigualdade social no que diz respeito a educação, a evasão, o analfabetismo a não valorização dos profissionais. Mas diante da criação da LDB, ocorreu assim a redemocratização da sociedade trazendo a renovação neoliberal da teoria do capital humano que ainda não favoreceram a qualidade necessária.

2 DESENVOLVIMENTO

A função social da escola nos dias atuais.

O papel da educação tem que ser transformador, e em uma sociedade capitalista e de classes sociais tão distintas é notório a dificuldade de se fazer cumprir este papel. Fica claro que as classes sociais mais elevadas são privilegiadas com um ensino de qualidade superior, que os coloca em patamares cada vez mais elevados em relação aos indivíduos de classes mais baixas e que dependem exclusivamente da escola pública ; que mesmo sendo regida pela LDB deixa a desejar no quesito qualidade.

Embora tenha obtido grandes avanços desde o Manifesto dos Pioneiros Pela Educação a escola pública ainda caminha a passos lentos em direção ao que se espera de uma escola de qualidade e de igualdade social. O Estado hoje consegue manter um número elevado de crianças e jovens matriculados e frequentes nas escolas, tendo assim o controle da evasão escola ; e algumas mudanças elevaram o tempo de permanência nas escolas, mas pouco foi feito em relação a qualidade do ensino, que tem como uma das principais causas o baixo investimento do Estado na formação dos educadores e a desvalorização do professor de escola pública contemplado com baixos salários e falta de recursos pedagógicos para sua atuação.

Por um conhecimento mais crítico e pensante, conforme a definição de escola de Saviani “[...] uma instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado” (SAVIANI,2005), isto significa que a educação escolar tem como principal função promover a consciência para a compreensão e transformação da realidade.Sendo assim, o professor, peça fundamental neste processo de transformação, em sua ação docente mediadora, além de buscar entender a relação pedagógica a frente do currículo escolar, deve-se aventurar em um papel mais crítico e participativo não deixando que o currículo seja visto apenas como” programa planejado para ser aplicado” de uma forma engessada às teorias imposto, mas preocupando-se em questões além do conteúdo, de uma forma que torne o aluno o protagonista principal do seu planejamento em sala de aula.

Em muitas das vezes a função da escola é substituída pelo cuidar, alimentar e guardar as crianças e adolescentes enquanto seus pais trabalham. Nestes casos o educador nem sempre consegue fazer cumprir as metas estabelecidas para o desenvolvimento cognitivo destes alunos que pulam etapas e vão progredindo sem o devido conhecimento curricular.

Estamos diante do sucateamento das escolas públicas e temos uma real necessidade de mudanças e investimentos do Estado na educação, para que possamos fazer cumprir a LDB , proporcionando uma educação pública de qualidade, transformadora e descomprometida com as formas de organização dominadoras da sociedade, obtendo assim , no futuro , cidadãos críticos e formadores de opiniões, para o pleno exercício da cidadania, independente de classe social.

A nova LDB, instrumento político da organização da educação no Brasil, traz a marca do neoprodutivismo (SAVIANI, 2007), ou seja, a renovação neoliberal da teoria do capital humano. Essa abordagem fez com que a LDB aprovada (cuja organização popular sofreu um grande golpe no final de sua elaboração) se tornasse um instrumento para a política educacional marcada pela inclusão-excludente. Os avanços quantitativos necessários na inclusão da população em idade escolar na escola pública, não foram equivalentes à qualidade necessária. Temos que, pelo aprofundamento da crise de qualidade na escola pública, uma enorme parte da população é excluída do processo de apropriação da cultura como instrumento transformador na prática social.

Se, desde a antiguidade, temos algumas manifestações de um processo educativo um pouco mais sistematizado, os quais nos acostumaram a chamar de escola, somente na modernidade, a escola assume o papel de uma instituição educativa significativa na sociedade para a organização do processo educativo socialmente representativo. Vejamos, como ilustração desta tese, um trecho de Áriès no conhecido História Social da Criança e da Família:

Nem todo mundo, porém, passava pelo colégio, nem mesmo pelas pequenas escolas. (...) Ainda no século XVII, a distribuição da escolaridade não se fazia necessariamente segundo o nascimento. Muitos jovens nobres ignoravam o colégio, evitavam a academia e se uniam sem delonga às tropas em campanha. (ARIÈS, 1981, p. 188).

A escola tem como papel, agente transformador do sujeito na sociedade, uma vez que usa-se de instrumentalização para formar indivíduos capazes de convier em sociedade e expressando sua diversificada cultura.É importante ressaltar que a escola por si só não tem o poder de sanar todos os problemas relacionados a desigualdade social mas que é uma importante ferramenta aliada a educação na sociedade moderna. Ou seja, a escola não transforma diretamente a sociedade mas sim capacita sujeitos que por sua vez pratica a transformação social.

Os indicadores referentes à consolidação do ingresso da população na escola, encobrem os índices de abandono e fracasso. Embora estes índices, nas últimas décadas, tenham baixado significativamente, sendo dignos de comemoração pelo conjunto da sociedade, eles têm sido manipulados politicamente pelos Governos. Essa manipulação advém do objetivo de realizar uma avaliação essencialmente

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