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GAMIFICAÇÃO NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA EJA: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS DE VERGNAUD

Por:   •  25/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.350 Palavras (10 Páginas)  •  157 Visualizações

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GAMIFICAÇÃO NO ENSINO DE MATEMÁTICA NA EJA: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DOS CAMPOS CONCEITUAIS DE VERGNAUD

INTRODUÇÃO

A Matemática tem importante papel na sociedade do conhecimento, devido a sua aplicabilidade em diversas situações cotidianas. Por isso, reconhecer essa relevância na Educação de Jovens e Adultos (EJA) permitirá que os discentes desenvolvam várias habilidades que contribuirão na sua formação como indivíduos críticos e capazes de solucionar diversos problemas em diferentes tarefas da atividade humana. No entanto, apesar da Matemática estar diretamente relacionada com o desenvolvimento humano, ainda é considerada, no contexto atual, como uma das disciplinas mais complexas por muitos alunos.

Logo, é importante utilizar metodologias diferenciadas que atraiam primeiramente a atenção dos alunos, propiciando métodos que demonstrem a aplicabilidade do conteúdo no cotidiano. Nesta perspectiva, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enfatiza a importância de se utilizar diferentes recursos didáticos e materiais diferenciados. No entanto, esses recursos devem estar integrados a diferentes situações que possam proporcionar a reflexão, contribuindo assim, tanto na sistematização quanto na formalização dos conceitos matemáticos. Nesta perspectiva, a BNCC reconhece que os jogos, juntamente com outros materiais didáticos podem ser utilizados para a compreensão de noções matemáticas (BRASIL, 2020).

Neste sentido, o uso de atividades lúdicas e materiais diferenciados no ensino da Matemática, são fatores relevantes na EJA. No entanto, é importante ressaltar que o perfil desses alunos é diferenciado dos demais segmentos educacionais da educação básica, pois estes apresentam certas especificidades, os quais, em alguns casos, já estão há muitos anos afastados da escola e podem apresentar dificuldades, sentindo-se desmotivados a continuar. Neste contexto, cada aluno caracteriza-se por suas experiências e diversidades, aspectos estes que não podem ser ignoradas pelos professores ao planejarem as atividades. Assim, o papel do professor e o seu planejamento, são fundamentais na aprendizagem de Matemática. É importante utilizar metodologias que atraiam primeiramente a atenção dos alunos, através de métodos que demonstrem a aplicação do conteúdo no cotidiano dos discentes, criando um ambiente de interesse e motivação na sala de aula, permitindo ao discente tornar-se um ser ativo na sua aprendizagem. Neste sentido, devemos ter uma mudança de postura, aproveitando todos os recursos didáticos existentes e promover uma metodologia ativa, estimulando o aprender a aprender, fazendo com que os alunos se consolidem como protagonistas na construção do conhecimento.

Levando em consideração que a Matemática é vista por muitos alunos como uma disciplina de difícil compreensão, destaca-se a importância do lúdico como uma forma prazerosa de se aprender a Matemática escolar, ultrapassando as barreiras existentes na aprendizagem e aplicabilidade dos conteúdos por parte dos alunos. Em relação a essa abordagem, Raupp e Grando (2016) demonstram que a utilização de atividades lúdicas, como jogos, mostrou-se eficientes, pois contribuíram na revisão dos conteúdos já abordados, ampliando os conhecimentos de forma prazerosa. Desta forma, nota-se que quando bem planejadas e executadas, as atividades lúdicas podem tornar o processo de ensino e aprendizagem mais prazerosos, permitindo um ambiente motivador e agradável, fazendo da construção do conhecimento uma forma mais divertida e encantadora de aprender.

Nesta perspectiva, diversos autores discorrem sobre a importância do lúdico na Matemática. Cunha e Silva (2012 p. 1), destacam que “as atividades lúdicas se mostram como ferramentas de melhoramento do processo Ensino-Aprendizagem também no âmbito da Matemática, tornando o conteúdo estudado mais atrativo, dinâmico e prazeroso para o aluno”. Para Fontana (2015), as atividades lúdicas no ensino de Matemática são importantes ferramentas pedagógicas, que podem ser utilizadas no contexto escolar, cujo intuito é o de despertar o interesse do discente em sua totalidade, tornando a aprendizagem um processo prazeroso para todos os envolvidos, ou seja, professores e alunos.

Analisando os aspectos abordados, consideramos que a utilização de metodologias ativas, como a gamificação, pode ser um bom recurso para o ensino de Matemática, visando a motivação dos alunos e maior engajamento nas aulas. Dessa forma, atividades didáticas com o uso de metodologias ativas que envolvam resolução de problemas podem ser mecanismos relevantes no ensino de Matemática para a aprendizagem jovens e adultos da EJA.

Sobre metodologias ativas, Morán (2017 p. 24) enfatiza que as mesmas “são grandes diretrizes que orientam os processos de ensino e aprendizagem e que se concretizam em estratégias, abordagens e técnicas concretas, específicas, diferenciadas”. Logo, podem ser utilizadas como métodos de ensino que permitam a participação efetiva dos discentes, contribuindo na construção do conhecimento na disciplina de Matemática. Neste sentido, considerando que os processos de aprendizagem utilizados atualmente são múltiplos, e que há inúmeros caminhos de aprendizagem, sejam elas individuais ou coletivas, devemos refletir sobre a necessidade de mudanças e inovações nas metodologias aplicadas no ensino de Matemática, assim como das formas de aprender, pois sabemos que a aprendizagem pode ocorrer de diversas maneiras, com diferentes técnicas e procedimentos, visando alcançar os objetivos propostos. Nesta perspectiva, a aprendizagem ativa é um método que além de aumentar a flexibilidade cognitiva, também possibilita a realização de diferentes tarefas, tais como, operações mentais com objetivo de vivenciar situações reais do cotidiano, podendo contribuir para

a motivação e aprendizagem dos alunos da EJA.

Diante do exposto, para o ensino de Matemática na EJA, é importante utilizar métodos que possibilitem a aprendizagem por desafios, envolvendo problemas reais que permitam que os alunos aprendam fazendo, seja em grupo ou no seu próprio ritmo. Nesta lógica, os jogos didáticos podem ser um complemento para a aprendizagem ativa dos discentes, despertando nos alunos o protagonismo, envolvimento e a participação reflexiva em todas as etapas, tornando a aprendizagem significativa e transformadora.

Por essa razão, a presente pesquisa pretende aplicar com alunos da EJA, atividades didáticas com o uso de metodologias ativas (gamificação) voltadas para o ensino de Matemática, para que as mesmas venham contribuir com os professores dessa modalidade de ensino e na aprendizagem dos discentes. Neste sentido, para o desenvolvimento

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