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IMPLICAÇÃO E INTERVENÇÃO NA PSICOPEDAGOGIA CLINICA

Por:   •  23/5/2018  •  Artigo  •  6.400 Palavras (26 Páginas)  •  998 Visualizações

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Aula 01: IMPLICAÇÃO E INTERVENÇÃO NA PSICOPEDAGOGIA CLINICA.

APRESENTAÇÃO

No tocante à Psicopedagogia Clínica, é importante percebê-la como área específica de estudos, com objetos e métodos de abordagens próprios.
O ponto de partida consiste em explicitar a prática Psicopedagógica cujas soluções se relacionam com a Psicologia, delimitando o campo de estudo dessa área e suas implicações com a Psicopedagogia Clínica. 
Nesta aula, examinaremos o Diagnóstico Psicopedagógico Modelo Jorge Visca, que dá origem à intervenção psicopedagógica. Analisaremos a Psicopedagogia Clínica, sua prática e as relações teóricas que compreendem esta prática; a importância do processo diagnóstico estruturado para compreender a dinâmica de interação do sujeito entre o cognitivo e o afetivo; a articulação entre inteligência e subjetividade, objetividade e desejo; a construção do espaço transicional entre o jogar e o brincar como forma de leitura diagnóstica; a abordagem e o tratamento das questões e dificuldades da aprendizagem que exigem uma aproximação multidisciplinar. Por fim, identificaremos o olhar diferenciado psicopedagógico sobre o aprendizado na prática que exige articulações entre ensinante/aprendente e o sujeito autor do conhecimento.

PSICOPEDAGOGIA CLINICA

“O Pesquisador pretende ser aquele que recebe e acolhe o estranho. Abandona seu território, desloca-se em direção ao país do outro, para construir uma determinada escrita da alteridade e poder traduzi-la e tranmiti-la”. (MARILIA  AMORIM, 2001, p.123).

“A observação participante possibilita ao pesquisador  obter as percepções das pessoas e expressões por intermédio de sentimentos, pensamentos e crenças. É importante,  desse modo, que o pesquisador tenha domínio dos padrões linguísticos e das variações da linguagem dos indivíduos observados, afim de poder registrar com fidedignidade os elementos levantados e poder interargir com indivíduos. (THIOLENTE, 2002, p.55)    

“O educador não pode ser aquele indivíduo que fala horas a fio a seu aluno, mas aquele que estabelece uma relação e um diálogo íntimo com ele, bem como uma afetividade que busca mobilizar sua energia interna. É aquele que acredita que o aluno tem essa capacidade de gerar ideias e colocá-las ao serviço de sua vida. (SALTINI, 2002, p.60).

QUAL O LUGAR DA CLINICA PSICOPEDAGÓGICA?

  •     Fenômenos inconscientes.
  •     Transferência – o outro pode identificar situações.
  •     Contratransferência - a percepção do outro em você.
  •     Diferença entre Saúde e Doença.
  •     Aprender a Ler situações de Aprendizagem.
  •     Intervenção Clinica.

QUEM É O PSICOPEDAGOGO CLINICO?

  •   Coloca-se como Aprendente/Ensinante.
  •   Investiga o outro o tempo todo.
  •  Questiona o que Conhece e o que não Conhece.
  •  Olhar e Escuta sobre a Singularidade.
  • Possui habilidade de Implicação/Distância.

QUAL O LUGAR DA TEORIA NA CLÍNICA PSICOPEDAGÓGICA?

  •   Rede de proteção/sustenção.
  •   Saída da dependência teórica para autoria do pensamento.
  •   Espaço de construção de autoria
  •   Articulação entre inteligência e subjetividade entre objetividade e desejo.
  •   Espaço transicional jogar/criar.

TAREFAS DO PSICOPEDAGOGO CLINICO

  • Diagnóstico e Intervenção Institucional e Clínica.
  • Pesquisa Ação.
  • Instrumento de Análise.
  • Modelos e Modalidades.
  • Buscar significado do Sintoma (Família,/Escola/Sujeito).

QUAL É O LUGAR DA TÉCNICA?

  • Não pode ser Prisão/Submissão/Dependência
  • Não é lugar de Poder e Domínio.
  • É espaço de Pensar/Criar/Inventar recursos para o cliente numa situação única.
  • Lugar de intervir promovendo Novas versões/Novos caminhos junto com o cliente.

DIAGNÓSTICO  PSICOPEDAGÓGICO CLINICO

Fernandez (1990) afirma que o diagnóstico para o terapeuta deve ter a mesma função que a rede para um equilibrista. É ele, portanto, a base que dará suporte ao psicopedagogo para que este faça o encaminhamento necessário. É um processo que permite ao profissional investigar, levantar hipóteses provisórias que serão ou não confirmadas ao longo do processo, recorrendo, para isso, a conhecimentos práticos e teóricos.

EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE

“Os pais, invariavelmente ainda que com intensidades diferentes, durante a anamnese, tentam impor sua opinião, sua ótica, consciente ou inconsciente. Isto impede que o agente corretor se aproxime “ingenuamente” do paciente para vê-lo tal como ele é, para descobri-lo”. (Visca, 1987, p. 70).

MODALIDADE DE APRENDER SAUDÁVEL

 

Ensinante – abre mão do poder/saber antecipado/perde algo para ganhar/recomeçar.

Modalidades:

       Confiança em Si e no Outro.

       Alegria/Prazer.

        Crer/Querer.

                           

Aprendente – deseja/reconstrói/recorre ao saber/dá sentido ao aprendido.

Modalidades:

Desejo de  Criar/ Re-inventar.

TRATAMENTO

  • Resignificar fantasias do aprender.
  • Restaurar o vínculo com o objeto do conhecimento.
  • Reconstruir  auto-imagem.
  • Reconhecer-se pensante/autor
  •  Aprender a tolerar frustração.  
  • Reparar vínculo com o ensinante.
  • Transferência/Projeções.

Exercícios

1) “Aprendizagem acontece no sujeito [...]. A cultura o que faz é selecionar alguns e os transformar então em objetos pedagógicos, no sentido que são os reativos de conduta ou estimulantes para fazer este sujeito ingressar na cultura. Aprendizagem, para uma pessoa, abre o caminho da vida, do mundo, das possibildades até de ser feliz”.
Encontramos essa citação em que autor abaixo:

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