INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?

CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

DANIELA MOTTA DOS SANTOS, RU 1069834

DILCIANE DO NASCIMENTO, RU 1085957

GISELLE DE CARVALHO DE VARGAS, RU 1115375

LUCIDIO FERREIRA BARBOSA, RU 1081835

PORTFÓLIO

UTA EDUCAÇÃO E TRABALHO

MÓDULO A – FASE I

MONTENEGRO

2018

INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?

O tema Inclusão na escola, como direito de todo o cidadão, é um assunto que na prática muitas vezes não é realizado, já que a grande maioria das escolas não estão preparadas, tanto no que diz respeito ao espaço físico, organizacional e humano.

Para ver se a lei está sendo aplicada ou não, observamos a Escola Municipal de Educação Infantil Gente Miúda, da cidade de Montenegro, que conta com 80 professores, 3 monitores ( que atuam juntamente ao professor no processo ensino-aprendizagem ) e aproximadamente 350 alunos, distribuídos em turno manhã, tarde e/ou integral, sendo 8 alunos em processo de inclusão: 6 com Transtorno do Espectro Autista e 2 com baixa visão.

Em relação a infraestrutura, por ser uma das escolas mais antigas do município, o seu espaço físico ainda precisa de alguns ajustes para se tornar uma escola inclusiva. A escola não possui rampas de acesso, as portas das salas de aula são estreitas e não há banheiros adaptados. O pátio é amplo, porém irregular, dificultando assim o acesso dos alunos de baixa visão.

Podemos perceber que além do espaço físico inapropriado, o corpo docente da escola não possui nenhuma qualificação na área da educação inclusiva. Destes 90 profissionais, somente 2 possuem algum curso na área e estes atuam na sala de recursos multifuncionais, auxiliando todas as crianças que necessitam de atendimento especializado.

Durante o período de observação, percebemos claramente as dificuldades que os professores enfrentam no atendimento às necessidades pedagógicas dos seus alunos. Os profissionais que estão diretamente  ligados à essas crianças de inclusão sentem-se despreparados, visto que, em muitos momentos essas crianças eram retiradas das suas salas de aula e levadas a fazer outras atividades acompanhadas dos monitores, para que assim o professor pudesse dar continuidade ao trabalho com o restante da turma.

Notamos que todos os profissionais possuem conhecimento sobre a Lei Brasileira da Inclusão, mas por falta de recursos e preparo, eles não conseguem colocá-la em prática no dia a dia da escola.

 O currículo escolar não é adaptado, o que dificulta ainda mais o processo de ensino-aprendizagem, pois o único atendimento especializado que ocorre com essas crianças, é quando são atendidas na sala de recursos  multifuncionais que ocorrem no mesmo turno que a criança se encontra na escola.

A Lei n° 13.146/15 no art. 28 do capítulo IV assegura o acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar (BRASIL,2015). Sendo assim, observamos que apesar das dificuldades encontradas no ambiente escolar, os professores conseguem trabalhar as diferenças com todas as crianças, pois percebemos que nas horas livres de brincadeiras no pátio, essas crianças em processo de inclusão são bem aceitas pelos demais colegas e são sempre convidados para participar de suas brincadeiras.

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