Importância da educação de leitura para crianças no estágio de alfabetização

1. Introdução

A importância do ensino de leitura para as crianças na etapa de alfabetização é desafio intensamente discutido e inegavelmente necessário. De tal modo que não se admite nos dias atuais encarar a alfabetização apenas como um processo de aquisição de um determinado código oral/escrito. O trabalho com as diversas possibilidades de leitura tem traçado novas e significativas mudanças no que tange ao desenvolvimento das habilidades do aluno nessa etapa de desenvolvimento.

Dentro da proposta de letramento, o contrato com o maior número de gêneros textuais que circula socialmente no universo do aluno permite-lhe o desenvolvimento de uma postura crítica enquanto usuário de uma lingua.

Nesse sentido, sobre o trabalho com a proposta de letramento, KLEIMAN (2005) afirma que:

Não existe um método de letramento. Nem um nem vários. O letramento envolve a imersão da criança, do jovem e do adulto no mundo da escrita, e nesse sentido, para conseguir essa imersão o professor pode: a) adotar práticas de leituras de livros, jornais e revistas sem salas de aula; b) arranjar paredes, chão e mobília da sala de tal modo que textos, ilustrações, alfabeto, calendários, livros, jornais e revistas penetrassem todos os sentidos do aluno-leitor em formação; c) fazer um passeio-leitura com os alunos pela escola ou pelo bairro. (KLEIMAN, 2005, p.9)

Nessa perspectiva, a autora aponta algumas possibilidades para o ensino da leitura (e da leitura) na perspectiva do letramento, alertando que não existe um modelo fixo ou padronizado de propostas de letramento. E arremata com a sugestão:

Como o letramento envolve participar das práticas sociais em que se usa a escrita, na escola ele pode envolver as atividades de receber e enviar cartas, copiar informações pertinentes para uma tarefa, comentar notícias, recomendar ou criticar livros. (p.10)

Desse modo, o trabalho de leitura na perspectiva de letramento aponta para o uso social dessa leitura, no sentido de que os olhos necessitam de um uso reflexivo da sua linguagem para que possam efetivamente desenvolver uma competência comunicativa eficaz e esse trabalho com a leitura é um caminho para que o aluno alcance desenvolva tal habilidade.

Cabe ao professor essa tarefa de refletir sobre a sua prática pedagógica e redimensionar o ensino de leitura na sala de aula, em especial nas séries iniciais, haja vista ser a etapa central de desenvolvimento dessas habilidades de leitura e de escrita.

Inclusive, cabe aqui a reflexão sobre a postura do professor enquanto leitor, pois se torna incabível falar num profissional que ensina a ler e não lê e pretende formar leitores, sem sê-lo. Quem trabalha com crianças na etapa de alfabetização, seja na fase de educação infantil, seja nos anos iniciais do ensino fundamental, terá que trabalhar com atividades de leitura de modo regular. É fato. Nesse sentido, o professor é leitor/modelo dos diversos gêneros textuais, inclusive daqueles que são produzidos pelas crianças, e, é claro, dos textos dos livros didáticos, histórias, poesias, entre tantos outros. Mas o que é leitura? Será que o professor de hoje pode ser considerado, de fato, um leitor-modelo? O que são gêneros textuais e será que eles (na sua diversidade) estão ganhando espaço nas salas de aula? Como estimular nossos alunos

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