TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Inclusão De deficiente Mental Na Sala de Aula

Por:   •  22/9/2018  •  Artigo  •  4.972 Palavras (20 Páginas)  •  212 Visualizações

Página 1 de 20

ESTRATÉGIAS PSICOPEDAGÓGICAS PARA A INCLUSÃO ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL I DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Maria Júlia Moreira de Castro Ferreira

Andreia Serra Azul da Fonseca

RESUMO

Este artigo tem como objetivo geral verificar o papel do psicopedagogo na inclusão escolar de crianças com Deficiência intelectual e como objetivos específicos, caracterizar a criança com deficiência intelectual, seu processo de inclusão, bem como demonstrar estratégias psicopedagógicos para essa inclusão. Para tanto foi necessário à pesquisa bibliográfica, baseada nos autores que abordam essa temática, como Vygotsky, Weiss, Ribeiro, Bezerra, Holanda, Parâmetros Curriculares Nacionais dentre outros que abordam o papel do psicopedagogo na inclusão escolar, conceituando e contextualizando a inclusão na sociedade, a forma como os professores e a escola em geral enxergam essas crianças portadoras de deficiência até chegarmos à educação inclusiva, ao papel do psicopedagogo dentro da instituição escolar. A questão central desse estudo é analisar o contexto da atuação do psicopedagogo e suas estratégias para facilitar esse processo de inclusão, agregando novos valores a essa prática, esse profissional pode levar professores e alunos a acreditarem que todos são capazes de aprender na prática, porém, a inclusão pede reflexão, conhecimento e aceitação para reconstruir preconceitos cristalizados na sociedade.

Palavras-chave: Inclusão. Deficiência Intelectual. Psicopedagogo. Escola.

INTRODUÇÃO

Médicos e pedagogos no século XVI iniciaram uma mudança na história da Educação Especial no Brasil, desafiando os conceitos da época, resolveram eles mesmos trabalhar em bases tutoriais e tornaram-se professores de seus pupilos, acreditando na capacidade de indivíduos considerados pela sociedade como ineducáveis. Para a sociedade daqueles tempos, o importante era manter essas pessoas em locais isolados como os asilos e manicômios, acreditando que elas seriam protegidas e bem cuidadas longe dos olhares de reprovação e medo. Essa segregação baseava-se na crença de atendê-los em suas necessidades educacionais em ambientes separados dos tidos normais. (MENDES, 2006)

Entretanto, no século XX, precisamente na década de 1970, as crianças e jovens com necessidades educacionais especiais que eram impedidas de frequentar a escola comum passaram a frequentar as classes especiais por não conseguirem o mesmo desempenho dos demais. Com o surgimento da luta pelos direitos humanos intensificados na década de 1960, a segregação dos Deficientes Intelectuais, tornou-se intolerável e a sociedade conscientizou-se de que eles teriam o direito inalienável a integrar todos os programas e atividades cotidianas acessíveis às demais (MENDES, 2006).

Diante disso e, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs 1997), volume 1, no capitulo Diversidades (pág. 96), nos diz que o processo de inclusão de crianças com deficiência intelectual, se faz através das adaptações curriculares para atender suas necessidades de aprender na sala de aula regular e também de resgate da sua autoestima. Surge então no Brasil a partir dos anos 1980 a psicopedagogia para dar luz diante do fracasso escolar e problemas de aprendizagem dos alunos.

O papel do psicopedagogo na inclusão escolar é marcado por intervenções com jogos, planejamento das atividades pertinentes ao conteúdo escolar e o nível operacional da criança e do jovem e seus déficits. Após a avaliação inicial, são elaboradas as hipóteses no sujeito, as relações na família e na escola, podendo assim, o psicopedagogo ter consciência de suas limitações e encaminhar os sujeitos aos profissionais adequados, fazendo também um replanejamento do processo corretor através dos registros de suas sessões de intervenção no caso.

Dessa forma, podemos recorrer a questionamentos, a saber: o psicopedagogo pode interferir na inclusão escolar de crianças com deficiência intelectual? De que maneira ele pode fazer essa mediação?

Então, essa pesquisa justifica-se por mostrar que a inclusão existe de direito, mas, ainda não existe de fato dentro do universo escolar, pois sabemos que ainda existe o despreparo e que o professor precisa de uma formação mais elaborada nesse contexto. Pensar em educação inclusiva exige a ampliação do olhar em muitas direções, somos sabedores de que ainda existem preconceitos e que o mesmo começa na própria família demorando assim a estimulação e a aprendizagem desses alunos, as escolas em suas estruturas físicas foram modificadas, mas, ainda falta muito a ser feito na prática, pois na forma da lei já está havendo avanços.

Visando conhecer o papel do psicopedagogo na inclusão escolar, fundamenta-se essa pesquisa bibliográfica nos seguintes autores: Vygotsky, Weiss, Ribeiro, Bezerra, Holanda, os Parâmetros Curriculares Nacionais dentre outros que abordam o papel do psicopedagogo na inclusão escolar.

Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo geral verificar o papel do psicopedagogo na inclusão escolar de crianças com deficiência intelectual. E como objetivos específicos, caracterizar a criança com deficiência intelectual e seu processo de inclusão bem como demonstrar estratégias psicopedagógicos para a inclusão escolar no ensino fundamental I de crianças com deficiência intelectual.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nas últimas décadas o que sabemos ou compreendemos sobre deficiência intelectual deixa para trás o senso-comum e as pesquisas cientificas avaliam com mais eficácia essas limitações do funcionamento intelectual. A Associação Americana de Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento (AAIDD, 2011), define deficiência intelectual como (QI) inferior à média e a manifestação dessa deficiência é antes dos 18 anos de idade.

Para Milian et all (2013), A American Associationof mental Retardation (Associação Americana de Retardo Mental, AAMR) compreende a deficiência intelectual como multidimensional, funcional e bioecológica, ou seja, como limitações significativas no funcionamento intelectual e no comportamento adaptativo das habilidades práticas, sociais e conceituais, percepções, memória, raciocínio, pensamento que provoca dificuldades na leitura, escrita, cálculos, dentre outras.

2. 1 DEFICIENCIA INTELECTUAL

Deficiência Intelectual é o termo utilizado para denominar pessoas

...

Baixar como (para membros premium)  txt (32.5 Kb)   pdf (87.9 Kb)   docx (27.1 Kb)  
Continuar por mais 19 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com