Letramento e Alfabetizão

As funções da escrita. Em busca de um método. Novas perspectivas no ensino da língua portuguesa.

Alfabetização e Letramento através das Parlendas

Parlendas:

Corre Cutia.

A galinha do vizinho.

Rei Capitão.

O sapo dentro do saco.

Suco gelado.

Público Alvo: 2º ano do Ensino Fundamental I (7 anos)

Duração: Duas semanas

Conhecimento Prévio: Entenda porque aquilo que cada um já sabe, é ponto para saber mais... O que o aluno já sabe é a ponte para a construção de um novo conhecimento por meio da reconfiguração, das estruturas mentais existentes ou da elaboração de outras novas.

Objetivo Geral: As crianças têm a oportunidade de aprimorar a fala, recitando as parlendas de forma sistemática. Compreender que as parlendas são versos infantis com rimas, criados para as diferentes finalidades, entre elas, divertir, acalmar, ajudar a decorar músicas ou escolher quem deve iniciar uma brincadeira. Como variam bastante, cada pessoa pode conhecê-la de um modo diferente.

Objetivo Específico:

Conhecer Parlendas.

Conhecer elementos folclóricos nacionais.

Artes: pinturas de desenhos.

Levar o aluno a tomar contato com algumas manifestações de cultura popular.

Estimular e desenvolver a imaginação e criação.

Desenvolver o hábito de pesquisar.

Incentivar o gosto pela leitura, arte, música e dança.

Recursos Materiais: Lápis, cartolinas, tesoura, cola, lápis de cor, sulfite, livro salada saladinha.

Desenvolvimento:

Leitura de diferentes textos: Informativos, literários e recreativos.

Caça-palavras.

Pesquisas.

Atividades matemáticas.

Confecção de cartazes.

Produção de texto.

Dramatização.

Montagem de murais.

Músicas.

Brincadeiras.

1ª etapa: Escolher parlendas variadas, inclusive as que os alunos já conhecem. Escreva cada uma delas em cartazes para apresentá-las ao grupo e organize um momento para brincar com elas. Certifica-se de que as crianças consigam recitar os textos coletiva e individualmente.

2ª etapa: Apresente o livro aos alunos e proponha a publicação de uma coletânea de parlendas organizada pela turma. Oriente os alunos a decidir aspectos como, “quem serão os leitores”. Em grupos, eles devem manusear o livro para observar como ele é organizado.

3ª etapa: Produza com a classe uma relação com uma lista com o nome das parlendas conhecidas e proponha que selecionem as que vão compor a coletânea. Liste as tarefas que devem ser cumpridas para organização da publicação, como a seleção de textos e a elaboração da dedicatória, das ilustrações e da capa, defenido o prazo para o primeiro lançamento.

4ª etapa: Distribua para cada dupla cópias de parlendas escritas em letra bastão, misturando um texto selecionado a outros do mesmo gênero que não foram escolhidos para o livro. Nenhum deles deve conter o título, para que os alunos tenham de fazer a leitura do texto inteiro a fim de indetificá-los. Para selecionar o que entregar a cada dupla, atente-se para as características quantitativas e qualitativas das parlendas.  

5ª etapa: Reúna as parlendas ilustradas e a capa, proponha a escrita da dedicatória e comunique à comunidade escolar o lançamento da coletânea.

Avaliação: Observar os progressos dos alunos em relação à produção do sistema de escrita e ao desenvolvimento de comportamentos leitores:

- Os estudantes memorizaram e se divertiram com as parlendas?

- Ampliaram o repertório de parlendas conhecidas?

- Realizaram as tarefas de leitura, arriscando-se a antecipar o que estava escrito e verificando as antecipações, considerando as marcas gráficas e os índices quantitativos e qualitativos?

- Ao final do projeto, entregamos um breve relatório, contendo os objetivos e com o conceito atribuído a cada estudante.  

Paulo Freire e a alfabetização.

Biografia

Paulo Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, filho de Joaquim Temístocles Freire, capitão da Polícia Militar de Pernambuco e de Edeltrudes Neves Freire, Dona Tudinha, Paulo teve uma irmã, Stela, e dois irmãos, Armando e Temístocles. A irmã Stela foi professora primária do Estado. Armando, funcionário da Prefeitura da cidade do Recife, abandonou os estudos aos 18 anos, não chegou a concluir o curso ginasial. Temístocles entrou para o exército. Aos dois, Paulo agradece emocionado, em uma de suas entrevistas a Edson Passeetti, pois começaram a trabalhar muito jovens, para ajudar na manutenção da casa e possibilitar que Paulo continuasse estudando. Paulo freire foi alfabetizado pela sua mãe, em condições precárias mais de muita valia, onde a lousa era o chão batido de barro e o giz um graveto de árvore.

Método de Alfabetização Paulo Freire

O método Paulo Freire consiste numa proposta para a alfabetização de adultos desenvolvida pelo educador, o método nasceu em 1962 quando Freire criticava o sistema tradicional de ensino. O qual utilizava a cartilha como ferramenta, segundo ele as cartilhas ensinavam pelo método de repetição de palavras soltas. Onde faziam com que os alunos apenas decorassem, ele era contra esse método do qual se fazia através da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçada. Um exemplo desse pensamento de Freire é a frase... Eva viu a uva “não basta sabe ler que Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com o trabalho”.

 O método propõe a identificação das palavras-chave.  Etapas do método: dividido em três etapas.

Etapa de investigação: Na qual é a busca conjunta entre professor e aluno, por palavras e temas mais significativos para a vivência deste aluno.

Etapa de tematização: Momento da tomada de consciência de mundo. Através da análise dos significados sociais dos temas e palavras.

Etapa de problematização: Etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e adquirir uma visão crítica do mundo. Para uma proposta de conscientização destes alunos.

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