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Memorial de formação

Por:   •  3/8/2015  •  Seminário  •  1.828 Palavras (8 Páginas)  •  2.359 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO / CEDERJ / UAB

Centro de Educação e Humanidades

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Curso de Licenciatura em Pedagogia, modalidade à distância.

Coordenador: Profº Dirceu Castilho.

Tutoras presenciais: Geanny Leal e Isabella Araújo.

Tutoras à distância: Daniele Kazan e Andrea Queila Gomury

Memorial de formação: lembranças e experiências advindas da minha vida escolar e profissional. 2015. 5 Folhas. Memorial apresentado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, como pré-requisito para o processo de avaliação na disciplina Seminário V, do curso em Licenciatura em Pedagogia – EAD, da Faculdade de Educação da UERJ. Rio de Janeiro, 2015.

MEMORIAL DE FORMAÇÃO: lembranças e experiências advindas da minha vida escolar e profissional

Meu nome é (...), nascida em (...), em (...), no Estado do Rio de Janeiro. Atualmente sou aluna do curso de licenciatura Pedagogia, na modalidade EAD, no Pólo Paracambi, através do consórcio CEDERJ, pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UERJ. Por meio da proposta desse memorial acadêmico, poderei fazer o relato de diversos momentos da minha trajetória acadêmica e também profissional até o presente momento, conduzindo à memória lembranças das experiências vivenciadas na minha caminhada escolar. Experiências essas que exercem papel fundamental na decisão de cursar uma faculdade. Aproveito também pra falar sobre minhas expectativas para o futuro como profissional da educação.

Ao participar da oficina do Seminário V, no dia 09 de maio de 2015, a tutora Geanny Leal, me fez perceber a importância da reflexão sobre a nossa linha do tempo acadêmica para entendermos o que no passado influenciou as nossas escolhas e até que ponto essas escolhas determinaram a nossa opção pela formação em profissionais da educação. Nessa perspectiva, a proposta do Seminário V, nos instiga a buscar, pelas recordações, o que de importante ficou retido em nossa memória e registrar os “tesouros” em forma de escrita fazendo jus à citação “A História é feita com o tempo, com a experiência do homem, com suas histórias, com suas memórias.”, texto de PRADO e SOLIGO apresentado para estudo dessa disciplina.

Do meu tempo de infância muitos fatos ficaram na lembrança, a escola era perto de casa (ao lado), lembro- me que brincávamos intensamente de cantigas de rodas, de bonecas, pique, elástico, bandeirinha, queimada, “amarelinhas”... Assim desenvolvíamos a noção de espaço, direção e equilíbrio e convivíamos com pares iguais e diferentes, as professoras incentivavam também os alunos a desenvolver a criatividade.

Foram anos bem felizes, mas hoje, essa escola, Instituto de Educação Manoel Marques, está jogada às traças. Faliu há alguns anos e o prédio está caindo aos pedaços. É uma pena realmente. Aqui fiz amizades de uma vida e lembro-me de professoras que me marcaram bastante, como a tia Lucimar, tia Cleide, tia Eliane e tia Jane.

Sempre fui uma criança calma, estudiosa, tímida. Sempre disputava o quadro de honra da escola. Os professores sempre elogiavam as minhas notas e meu comportamento. Meus pais davam muito valor aos estudos e faziam sacrifícios e concessões para que eu e minhas irmãs (sou a do meio, de três meninas) pudéssemos ter oportunidades de vida melhores que as deles. Minha mãe não aceitava nota baixa, para ela, uma nota 8,0 era uma nota ruim. Lembro que se a nota caía, eles pagavam professor particular.

Meu ginásio e 2° grau, cursei em Queimados, no Centro Educacional Manuel Pereira. Aí, exatamente nessa época, a minha vida começou a mudar. Percebi que os alunos dessa escola eram bem mais avançados e que eu não tinha visto muitas coisas que eles tinham visto na série anterior, no que dizia respeito a conteúdo mesmo. E tive que correr atrás para me igualar, ficar no mesmo nível. Lembro de participar de Feira de Ciências, concurso de música, de beleza, de desfiles de garota primavera, festas juninas... Eu não concorria, não dançava, não cantava... Eu tinha uma imensa vergonha, mas eu ajudava a ornamentar, ficava nas barraquinhas, ajudava arrecadar prendas, me sentia importante, mas eu sinto que toda essa timidez me atrapalhou muito, pois tinha coisas que eu queria fazer mas não conseguia por medo de errar e todo mundo rir.

Escolhi fazer curso Normal, por pura pressão, minha mãe falava que professor não ficava desempregado. No Normal descobri e desenvolvi meu dom para desenho. Fazia cada mural lindo, era muito caprichosa, detalhista, perfeccionista. Minha turma tinha muita concorrência, cada uma querendo aparecer mais que a outra, era uma turma só de moças, não tinha um rapaz se quer. Dava uma aflição pensar nas aulas práticas. Lembro que não passei na 1ª, mas resolvi superar o meu medo e me entregar, elaborei a 2ª aula, recursos, texto, atividades... Ficou bem legal. Dava para perceber o olhar de atenção e expectativa das crianças. Fui aprovada com ótima nota. E a professora de estágio, Profª Margarida, que agia como um bicho-papão, me elogiou, conversou comigo de igual para igual e me tirou um peso das costas.

Logo depois, no ano seguinte, fiz um pré-vestibular, num cursinho super recomendado e caro. Eu estudava todos os dias de 07h às 00h, alguns dias até mais tarde, porque meus pais falavam que não poderiam pagar faculdade particular para nós três. Estudava muito e aprendi muita coisa que não tinha visto na escola. Adorava Português, crédito do meu professor Gilson Portela, que fez eu me apaixonar pela disciplina, desde o antigo Básico. No curso passei a gostar também de Biologia, por causa do professor Aldo. O modo de ensinar de certos professores faz a diferença na vida da gente. Fazem-nos amar ou odiar a disciplina.

Eu sempre estudei em escola particular até chegar à faculdade, em 1997. Para cada faculdade pública, eu tentei um curso diferente, mas fui bem sucedida, e passei em quatro, das cinco universidades para as quais prestei vestibular. Fui orgulho da vó Messias. Escolhi cursar Administração na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, curso que não conclui por incompatibilidade de horário, trabalhava todos os dias de 8 às 22h e tive que trancar a faculdade.

Como tive uma boa base, fiz um concurso da Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, para professor II, fiquei bem colocada e logo fui chamada. Começava assim, minha vida no magistério e já se passaram 16 anos. Lembro quando comecei, aquele frio na barriga, minha primeira turma, lembro com

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