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Modelo Memorial Escolar

Por:   •  13/4/2019  •  Dissertação  •  1.850 Palavras (8 Páginas)  •  475 Visualizações

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(título)

Eu, Letycia Penido, costumo dizer que de elefante só tenho a forma física porque a boa memória passou longe de mim, mas dado o desafio de descrever minha vida escolar resolvi aceitar e me dedicar.

Ah a educação básica! Eu a divido em quatro partes: pré-escola com fundamental I; fundamental II mais 1° ano do ensino médio; 2° ano, e por fim, o 3° ano do ensino médio. Aparenta uma divisão ilógica, mas acredite, fará sentido no decorrer!

Não tive a experiência de creche porque na época meus pais tinham horários flexíveis para ficar comigo e eles optaram por pagar pessoas ao invés de matricular. Portanto de forma cronológica comecemos pela pré-escola, onde meu coração chega a acelerar e tenho que controlar minha euforia para poder dissertar. O começo se dá quando eu e minha família nos mudamos para Pedreira/SP e sou matriculada na melhor escola que Deus poderia me colocar. É impressionante como consigo me lembrar de detalhes daquela escola, mesmo afirmando que tenho pouca memória, talvez a razão seja porque foi meu primeiro contato com uma instituição de ensino ou talvez a escola mereça esses méritos. Porém chega de firulas e vamos aos fatos. Estava no auge dos meus cinco/seis anos, onde deixava de ser a filha caçula e havia acabado de trocar de cidade, mudanças tais que me fizeram precisar de um oásis e na EMEI Prof. Izaura Mazetto encontrei mais que uma escola. Recordo que estudei de manhã e mesmo nunca tendo gostado de acordar cedo eu pulava da cama porque era hora de ir para aquele lugar. Lugar de aprender, socializar, se entreter e inconscientemente, escolher meu futuro, minha profissão.

Minha professora nesses dois anos foi a Elisangela, uma doçura de pessoa, me refiro assim pois até hoje eu guardo com carinho nas minhas memórias o seu cheiro: um perfume doce e suave, de gente elegante e carinhosa. Uma profissional que foi além das suas obrigações, tanto que semanalmente levava os alunos para sua casa, onde oferecia café da tarde ou almoço e eu ansiava minha vez pra ir e comer tomates cerejas (que lembrança boa!). Uma profissional que deixou claro para mim que as datas comemorativas tem um importante significado, como o dia do índio, que ia além da caracterização que foi muito bem elaborada diga-se de passagem, datas como o dia bandeira, dia da árvore, onde plantamos, dentres outras.

Assim como uma andorinha sozinha não faz verão, a prof. Elisangela não era a única funcionária da escola. De marcante também foi a dona Zezé, que em seu cargo era cozinheira mas que foi além do preparo das refeições. Uma senhora sorridente com a voz imponente que cativou meu coração. Que Deus me dê tempo em vida para dizer isso a elas, amém.

No primário eu fui feliz! Além dos bons funcionários, tive boas amizades e justamente por isso minha festa de aniversário de 7 anos foi uma das melhores que eu tive na minha vida. Comemorada na escola mesmo e organizada pela minha família, foi com “apenas” um bolo e bebida, mas foi rodeada de pessoas bem queridas, ainda bem que foi registrada com uma bela foto mas mesmo se não fosse já está gravado em mim.

Após a pré-escola fiz o fundamental I no EMEF Humberto Piva também em Pedreira e por ser cidade pequena o ensino foi ótimo. Entrei na 1° série sabendo ler e escrever e por mais que o nome das professoras eu não consiga me lembrar sei que as quatro que tive nessa primeira fase foram especiais. Em compensação lembro do nome de cada amiguinho dessa escola: Amanda, Roberta, Julia, Gabriela, Sérgio, Leonardo, Erick, dentre outros. Alguns deles, tenho atualmente na minha rede social.

Primeira, segunda e terceira série eu lembro do meu professor particular, seu nome? Hevaldo de Lima Penido, meu pai, ele desde o início me ajudou muito, mesmo não sendo especializado na área o coloco na minha lista de professores. Fazia correções no meu caderno que na época eu odiava, mas que hoje eu sei que foram para o meu bem, porém como profissional eu não farei tantos rabiscos no caderno de meus alunos que, assim como eu, quer que ele fique lindo.

Em um desses anos ocorreu um fato que me marcou. Eu era aquele tipo de aluno que pedia de 4 à 5 vezes para ir no banheiro pelo gosto de passear e um certo dia, estava passando mal, com ânsias de vômito e dores. Pedi para professora para ir ao banheiro e pelo meu histórico recebi um belo “não”. O resultado foi que vomitei no meu caderno e com medo da professora brigar fechei ele, piorando a situação. O aprendizado foi a me expressar melhor, dizer quando não errava me sentido bem e parar de pedir tanto para ir no banheiro, ou melhor dizendo, para ir passear.

A 4° série foi incrível, tive uma professora maravilhosa! Ela me deu até uma camisa do melhor time, São Paulo Futebol Clube, porque seu esposo também é são paulino, mas esse título de maravilhosa ela conquistou por ensinar tão bem. Ela tinha o dom de desmistificar a temida matemática, as tabuadas, contas de divisão, probleminhas, enfim o conteúdo era mais fácil com ela, tanto que ocorreu uma olimpíadas de conhecimentos gerais na cidade e minha classificação foi em 3° lugar. Fui premiada com $100,00 e foi uma alegria sem tamanho. Sou grata a todo processo que tive até aquela olimpíada porque foi isso que me deu bagagem para poder me sair bem, mas em especial eu atribuo essa boa colocação a professora da 4° série (Deus sabe como eu queria lembrar o nome dela).

Essa professora foi interpessoal e me ajudou muito quando eu perdi uma amiga da igreja. Até então nunca tinha morrido ninguém próximo a mim e quando a Desirée se foi de forma muito trágica a professora foi valorosa desde me dar a notícia até no cotidiano, onde eu sabia que tinha seu resguardo.

Nesse ano também tive o PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência), lecionado por um policial foi o ápice da minha 4° série. Eu decorei a música, a qual sei até hoje, tenho a apostila guardada e a formatura foi inesquecível. O PROERD foi tão significativo pra mim que atingiu seu objetivo, afinal eu nunca usei drogas!

A pré-escola e o fundamental I foram impactantes, como disse e reitero essa primeira parte foi feliz!

Não tive a mesma felicidade no fundamental II. Eu e minha família retornamos para Campinas/SP e aqui fui parar na escola E. E. Carlos Alberto Galhiego, uma escola típica de periferia: quadro de funcionários incompleto, faltas excessivas de professores e má gestão. Era gritante a diferença de onde eu vim e para onde estava.

Na 5° série eu fiz amizade com uma repetente que me deixou mais desanimada com a escola. Ela era muito revoltada e foi plantando em mim também essa semente, era encrenqueira e eu fui no embalo, traduzindo, meu nível caiu e eu odiava os alunos, os estudos, a escola. Tanto que no meio do ano eu já estava matando aula e quando entrava na escola dormia. Mas como o sistema só retia por faltas, eu fui para a 6° série, raspando mas fui. Separaram eu a Jane (aluna repetente) e isso deu um up. Conheci a Munizzi, minha amiga da 6° série até hoje. Ela é inteligente e com isso reacendeu meu gosto pelos estudos. Éramos inseparáveis e estudiosas, gostávamos de fazer a lição rápido para conversar depois. Os professores não gostavam nada desse nosso método, mas como nosso assunto era interminável, seguimos assim até o 1° ano do ensino médio. Tive outras boas amizades também que transcenderam a escola. Nessa fase só me recordo deles e de duas professoras, ambas de português. Uma lecionou menos de 1 mês, depois mudou para uma escola mais acessível (o que era comum de acontecer) mas ela foi esplêndida! Quando eu estava escolhendo minha profissão cheguei a cogitar ser professora de português por conta da didática dela. O conteúdo era as conjugações dos verbos e ela ensinava com maestria. Que profissional! Outra professora ficou mais de um mês e o que me marcou nela foi seu jeito nojento, onde tinha o hábito de espirrar álcool gel em tudo. Temia o dia em que ela ia higienizar meu caderno com aquele álcool todo. Um marco negativo.

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