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O Analfabetismo Infantil

Por:   •  24/10/2020  •  Relatório de pesquisa  •  2.053 Palavras (9 Páginas)  •  149 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como intuito discorrer a respeito da escolarização de jovens e adultos que se encontram em situação de analfabetismo. Esta é uma temática de grande importância, pois o número de adultos analfabetos no Brasil ainda é muito grande, contudo, através de políticas sociais, muitos projetos tem sido criados visando reduzir este número.

Cabe salientar que o acesso à educação fundamental é um direito de todos os cidadãos, além de ser necessário para que os cidadãos possam exercer seus direitos e deveres junto ao Estado Democrático de Direito, é também um ponto basilar para que estes tenham suas necessidades básicas supridas e consequentemente a isto, tenha também uma melhor qualidade de vida.

No Brasil, milhares de pessoas são analfabetas, estas não sabem ler e escrever, além de milhares de outras pessoas que deixaram a escola antes de finalizarem seus estudos tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.

Ao longo dos anos foi sendo inserida no contexto social a importância do direto à educação durante a infância, contudo se avaliarmos este mesmo contexto aplicado na fase adulta vê-se então que este não tem tido a mesma importância. O que resulta na atual situação do país, onde pais com baixa ou nenhuma escolaridade trabalham incansavelmente para que seus filhos tenham acesso a educação de qualidade.

A grande maioria destes pais não se preocupam em lutar em busca do direito a educação que não lhes foi dado. Concernente a isto, facilmente se vê pessoas com alto nível de escolaridade que pouco se importam com o fato de milhares de pessoas não terem tido a mesma oportunidade de terem acesso a um ensino de qualidade, e por consequência vivam numa condição de vida repleta de privações.

Neste sentido surge o EJA – Educação de Jovens e Adultos, que é uma modalidade de ensino que busca auxiliar jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de serem alfabetizados na infância. No início houve muitas críticas, contudo, este teve continuidade em virtude dos resultados positivos apresentados.

Anteriormente, a educação de jovens e adultos ocorria de maneira informal, não havendo um programa especifico para esta prática, ao longo do tempo foi sendo observada a necessidade de que o governo designasse maior atenção a esta situação e que fossem criados programas que visassem trabalhar de maneira firme no que tange a alfabetização de jovens e adultos.

1 CONTEXTO HISTÓRICO DO ANALFABETISMO

O analfabetismo é algo que está arraigado na sociedade desde a antiguidade, e que já atingiu milhares de nações ao redor do mundo. Para que se pudesse ter acesso a programas de educação para jovens e adultos, a sociedade passou por inúmeros acontecimentos que em parte favoreceram ou fragilizaram, mas que no final acabaram auxiliando a sociedade na busca incessante de educação para todos.

Com o passar do tempo, principalmente após o final da primeira guerra mundial, o tema educação passou a ter maior importância e destaque, enfatizando a grande vergonha que o analfabetismo representava, bem como buscava-se ressaltar o poder que poderia ser obtido através da capacidade intelectual dos cidadãos de determinada nação.

Com isto, houve uma elevação na qualidade da educação brasileira que se deu através da renovação do ensino, e isto foi fundamental para a escolarização dos brasileiros tendo em vista que até então, praticamente mais de cinquenta por cento da população brasileira era analfabeta, e esta situação ocorria porque não haviam oportunidade de escolaridade para todos, principalmente aqueles menos favorecidos, o que terminava por excluir os mesmos de seus direitos básicos e primordiais, entre eles o direito ao voto.

Neste contexto é importante falar, que o fato de excluir determinada classe de pessoas do direito ao voto acabava por beneficiar aqueles que desejavam participar do governo do país, pois eles buscavam oferecer benefícios a determinada classe de pessoas para que pudessem obter o poder.

Apenas após o final da segunda guerra mundial foi que as políticas públicas com ênfase na educação de jovens e adultos foram intensificadas e o governo brasileiro começou a criar políticas públicas nesta linha. A primeira foi o CEAA – Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos, a partir de então, o movimento em prol da alfabetização criou força, tendo em vista que a sociedade em geral passou a buscar uma mudança em todos os aspectos, tanto sociais e econômicos quanto políticos.

Outro programa instituído com o objetivo de alfabetizar jovens e adultos foi o Mobral – Movimento Brasileiro de Alfabetização em 1967, este programa substituiu o plano nacional de educação que se baseava nas ideias do educador Paulo Freire. Este foi instituído pelo regime militar brasileiro, e tinha como objetivo a simples ideia de que seus alunos deveriam aprender a ler e a escrever, se abstendo, portanto, da formação do ser humano.

Contudo, mesmo com a importância da educação de jovens e adultos, os programas instituídos não evidenciavam a real importância que deveria ter, isto se dava porque a educação noturna não seria tão relevante em vista da educação no período diurno voltada para crianças e adolescentes. E para jovens e adultos necessariamente deveria ser no período noturno tendo em vista que durante o dia os mesmos precisavam trabalhar.

Cabe ressaltar que na época, grande parte da sociedade não era a favor dos programas de educação para adultos analfabetos, tendo em vista que a educação era direcionada a elite que dominava e explorava a parte pobre da sociedade, através disto que foi inserido o pensamento de que o privilégio da formação educacional seria apenas para parte da população.

Esta ideia é totalmente alheia ao intuito da educação que é a inclusão de todas pessoas no contexto social e que busca mudar a vida das pessoas, dando-lhes oportunidades de uma vida melhor, através da qual a pessoa pode escrever sua própria história.

2 A FUNÇÃO SOCIAL DA EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS

A função social da escola não é apenas transmitir conhecimento, mas sim mudar a vida das pessoas, transmitindo os valores necessários para que possa ser construída uma sociedade mais justa que tem como base a inclusão e formação de cidadãos de caráter que consequentemente são pessoas melhores.

Importa dizer que a preocupação inicial era apenas que os jovens e adultos simplesmente aprendessem a ler e a escrever, no entanto, sabe-se que neste caso em que se trata de jovens e adultos, é necessário que os professores tentem inserir os alunos no contexto escolar, buscando conhecer as histórias de cada um, como é a sua vida, e quais os seus anseios e objetivos.

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