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O Autismo Percurso Histórico

Por:   •  8/9/2018  •  Resenha  •  1.145 Palavras (5 Páginas)  •  734 Visualizações

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A sociedade na qual nos encontramos inseridos, é constituída de determinados modelos e arquétipos que já foram previamente fundamentados e nesse cenário o indivíduo que não se enquadra, possui uma tendência elevada a ser excluído. Trata-se de uma perspectiva que precisa ser rompida, na qual a educação pode exercer um papel extremamente importante para superação dessa realidade.

Esse panorama excludente é vivenciado pelo indivíduo autista e faz com que os responsáveis tenham dificuldades para conseguir o amparo necessário com vistas ao desenvolvimento educacional. Considerando esse fato, se faz necessário desmistificar determinados conceitos e trazer elucidações acerca do autismo, proporcionando dessa forma um conhecimento amplo que facilite o atendimento.

O autismo é compreendido como um transtorno, considerando que engloba distintas dificuldades pertinentes ao desenvolvimento humano, sendo denominado como Transtorno do Espectro Autista.

O conhecimento combate a ignorância, assim sendo quando há compreensão a respeito do assunto, torna-se mais viável interatuar com qualidade, por essa razão ter clareza sobre as particularidades que permeiam o transtorno autista viabiliza uma ação educacional significativa.

Outro fator relevante está na questão da inclusão que tem sido muito discutida sobretudo no âmbito educacional que busca preparar o indivíduo para que possa conviver em sociedade e exercer a cidadania. Por essa razão a inclusão precisa ser pensada com objetividade pois supera a mera atitude de inserir, e sim trata-se de integrar de propiciar a interação e seu desenvolvimento.

Ressaltando que não se trata de adequar o educando autista ao ambiente escolar mas sim que o ambiente escolar se adeque ao aluno, essa é a perspectiva inclusiva apregoada nos textos de caráter legal.

O percurso histórico trilhado pelo Autismo, traz consigo progressos em sua definição bem como na perspectiva acerca das distintas manifestações em sujeitos diferenciados, considerando que em diversas circunstâncias já chegou a ser erroneamente atrelado a outros transtornos.

As primeiras descrições do autismo foram feitas nos anos 40. Os aspectos então priorizados para estudo e os pontos de vista a partir dos quais o quadro foi descrito e compreendido influenciaram as abordagens práticas de ajuda e tratamento. Esta influência não se deu por se tratar do autismo, mas pelo fato de que todo estudo, abordagem e conhecimento têm como consequência inerente a adoção ou exclusão de intervenções práticas. No âmbito educacional, a influência dos modelos explicativos sobre o autismo, ao longo da história, determinou as primeiras iniciativas de intervenção no ensino que, entretanto, foram muito específicas e distanciadas daquelas desenvolvidas no meio social inerente à escola como a conhecemos hoje (BELISÁRIO FILHO, 2010, p.8).

Gómez e Terán (2014), trazem a seguinte consideração a respeito do autismo:

O termo “Autismo” foi nomeado pelo psiquiatra Leo Kanner tendo como base a terminologia originalmente concebida por seu colega suíço Eugene Bleuler em 1911. Bleuler utilizou o termo “autismo” para descrever o afastamento do mundo exterior observado em adultos com esquizofrenia, que tendem a mergulhar em suas próprias fantasias e pensamentos (GÓMEZ & TERÁN, 2014, p. 447).

Em consonância com os autores, os mesmos apontam que o termo autismo era comumente empregado para delinear o alienamento do cenário exterior, ressaltado em pessoas com esquizofrenia, que possuem uma inclinação a estarem absortos em seus pensamentos particulares e individuais vivenciando somente o seu mundo interior.

Atualmente o autismo é considerado um Distúrbio do desenvolvimento e faz parte de um grupo de condições denominadas, no seu conjunto, de Distúrbios Abrangentes do Desenvolvimento ou transtornos globais do desenvolvimento (ASSUMPÇÃO, 2000).

        É perceptível na concepção trazida por Assumpção (2000) que na atualidade a concepção de autismo passou a ser pensada de forma mais abrangente e objetiva.

No que está relacionado ao enfoque biológico, os teóricos Assumpção e Pimentel (2000) asseguram que os agentes determinantes do autismo ainda são pouco elucidados, entretanto há um contingente de enfermidades de caráter neurológico e também genético que foram apontados como sintomas característicos do autismo. Os autores ainda ressaltam: as desordens cromossômicas, e demais enfermidades adquiridas no período da gestação como fatores que podem estar atrelados ao autismo.

[...] A lista de situações patológicas é muito extensa e inclui fatores pré, peri e neonatais, infecções virais neonatais, doenças metabólicas, doenças neurológicas e doenças hereditárias. Apesar da ausência aparente de ligação entre elas, um ponto comum às reúne: todas as patologias são suscetíveis de induzir uma disfunção cerebral que interfere no desenvolvimento do sistema nervoso central (LEBOYER,2005,p.60).  

Apesar de que as circunstâncias patológicas apontadas por Leboyer (2005), serem as mais distintas o autor enfatiza a similaridade entre elas, considerando que essas patologias podem motivar uma desordem cerebral passível de intervenção no sistema nervoso central.

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