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O Pedagogo e as Práticas Inclusivas

Por:   •  19/9/2016  •  Dissertação  •  2.342 Palavras (10 Páginas)  •  972 Visualizações

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INTRODUÇÃO

A inclusão está presente em todos os setores da sociedade de diferentes maneiras, dando ênfase às mudanças necessárias para receber e acolher, com dignidade no meio social, aquele que, de alguma forma, faz do diferente o especial. A inclusão é uma reforma, cujo significado tem sido muito deturpado e se tornado um movimento muito polemizado pelos mais diferentes segmentos educacionais e sociais.

Um dos fatores que sustentam a luta pela inclusão como uma perspectiva para as pessoas portadoras de necessidades especiais é, sem duvida, a qualidade no ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem eficientes para recepcionar esses alunos de acordo com suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades de exclusão.

O êxito da inclusão de alunos portadores de necessidades especiais na escola regular resulta, portanto, das viabilidades de conseguir progressos significativos desses estudantes na escolaridade por meio da adaptação das práticas pedagógicas. Com essas adequações acontecendo cada vez mais, faz-se necessário que o pedagogo tenha uma visão prática e competente para conseguir lidar com elas.

A presença das tecnologias de comunicação e informação (TIC) nas escolas se evidencia a partir dos resultados de uma relação prática com as condições concretas dos alunos e dos profissionais da educação na estrutura social, isto é, ela é vista no sistema educacional através de uma nova lógica com novas relações, novas linguagens e novos interesses dos seus sujeitos, dentro de uma relação educacional não formal. As dificuldades para materialização das políticas públicas que possibilitariam uma reversão no sistema educacional se apóiam também nas condições sociais que não viabilizam os meios necessários para a elaboração adequada às novas idéias que surgem com os movimentos sociais e participação de representantes das comunidades nas decisões políticas. Trazer o uso das tecnologias assistivas (TA) dentro de uma proposta de inclusão das pessoas com deficiência nas escolas públicas regulares requer muito mais do que exigir Leis, Decretos e Resoluções. É necessária uma mudança da estrutura social e esperar uma implicação de todos na mudança.

A metodolgia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, a reunião dessas informações foi feita através do levantamento e análise de idéias diferentes trazidas por artigos e livros que abordam o tema apresentado. O objetivo do presente trabalho é agregar conhecimento sobre as atuais dificuldades vivenciadas pelo pedagogo, como também dar sentido e significado para a interdisciplinaridade dos conteúdos propostos.


O  PEDAGOGO  E  AS  PRÁTICAS  INCLUSIVAS

A sociedade tem se transformado muito rapidamente nos últimos anos, nos aspectos sociais, políticos, culturais e também sociais, gerando a necessidade de adaptação aos novos desafios impostos principalmente pelos avanços tecnológicos.

A grande velocidade das mudanças faz com que a educação e os demais setores da sociedade busquem se adaptar às mudanças. Uma delas se refere à inclusão escolar que vem enfrentando desafios em busca da garantia de direitos de cidadania para os indivíduos deficientes. Carvalho (2004, p. 102) diz que:

Nos dias atuais a inclusão na escola não é mais considerada uma novidade, mesmo assim levanta angústias e inquietações nos educadores, pois muitos alegam que se sentem despreparados e muitas vezes sem entender corretamente a proposta da inclusão escolar, desta forma gera uma inquietação e acaba dificultando que o processo se concretize.

Em 2008, foi publicado pelo Ministério da Educação o documento de nome “Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva” (BRASIL, 2008). Esse documento começou a ser usado para orientar a estruturação e o funcionamento da Educação Especial nos sistemas educacionais brasileiros, tendo como base a Educação para a diversidade e a compreensão de que:

Educação Especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e de aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. (BRASIL, 2008).

De acordo com essa nova política, a Educação Especial deve ser ofertada em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que disponibiliza recursos, serviços e estratégias pedagógicas diferenciadas para os alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento (TGD) ou altas habilidades/superdotação, bem como garante as condições de acesso, permanência e, principalmente, de aprendizagem desses alunos nas salas regulares de ensino, junto com os colegas da mesma faixa etária. Sob esta perspectiva, a Educação Especial assumiu um caráter complementar ou suplementar, em detrimento de sua característica anterior, como substitutiva ao ensino regular.

Desse modo, a escolarização de alunos com deficiência, TGD ou altas habilidades/superdotação passou a ser responsabilidade tanto do professor da classe regular, no que se refere à apropriação do currículo, quanto do professor especializado que atua no AEE, no que diz respeito à garantia de condições que atendam as necessidades educacionais desses alunos e possibilite a superação de barreiras para efetivar tal apropriação.

É por meio de novos meios de comunicação que todos os estilos de aprendizagem e formas de expressão serão valorizadas, possibilitando ao estudante o acesso ao conhecimento. Conhecer sobre as tecnologias de informação e comunicação sensibiliza o professor para quese paute pelas potencialidades dos seus alunos e não pelas suas limitações.  A tecnologia assistiva é entendida como a resolução de problemas funcionais visando o desenvolvimento das potencialidades humanas, valorização dos desejos, habilidades, expectativas positivas e qualidade de vida. Para atender a esta definição temos que ter claro que a tecnologia assistiva, como meio de promoção de habilidades funcionais, deve ser usada na escola, em casa, no trabalho e nas atividades de lazer. Na área educacional seu objetivo é buscar resolver os problemas funcionais do aluno, no espaço da escola, encontrando alternativas para que ele participe e atue positivamente nas várias atividades neste contexto.

Desta forma, ela é uma ferramenta poderosa para o sucesso da vida escolar do aluno a partir do momento em que valoriza as potencialidades do aluno, maximiza o seu potencial, promove a independência e a participação ativa do aluno no processo de ensino aprendizagem e proporciona o acesso do aluno aos objetos de aprendizagem. Sua utilização pode redefinir os conceitos de incapacidade, deficiência e limitação. Usar a tecnologia assistiva é buscar com criatividade uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa encontrando estratégias para que ele possa fazer de outro jeito.

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