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O Plano de Aula

Por:   •  15/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  834 Palavras (4 Páginas)  •  90 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Os livros didáticos de Química, como regra geral fazem uso de analogias; por se tratar de uma disciplina que envolve inúmeros conceitos abstratos, há muitas dificuldades de compreensão e transmissão dos conceitos químicos, ou seja, tais conceitos são construídos sobre uma perspectiva abstrata, partindo do micro para o macrocosmo, talvez neste ponto encontra-se a dificuldade de compreensão do aluno. Assim, uma maneira de conceber a construção de conhecimentos é através do emprego de ideias familiares a situações desconhecidas. Nesse sentido, analogias podem ser vistas como potenciais recursos didáticos, pois elas têm como função básica estabelecer um relacionamento entre similaridades de dois domínios, sendo que um dos domínios é familiar ao estudante (análogo), enquanto o outro não lhe é familiar (alvo) (Curtis & Reigeluth, 1984; Mendonça, Justi & Oliveira, 2006; Justi & Mendonça 2008). Nessa perspectiva, as analogias são modelos de ensino que podem atuar como mediadoras no processo de ensino e aprendizagem (Souza, Justi & Ferreira, 2006).

No entanto, há pouca pesquisa envolvendo identificação e explicação sobre as analogias utilizadas em livros didáticos direcionados ao ensino superior. Nesse sentido, o presente trabalho apresenta um estudo de algumas analogias encontradas no livro de Química Inorgânica dos autores Shriver & Atkins destinado a estudantes do ensino superior. Uma forma de abordagem mais adequada de utilização das analogias nesses livros foi realizada, bem como a verificação da importância do papel dos professores no uso desse recurso didático.

ANALOGIAS

Na página 36 ao discorrer teoricamente sobre o que seria o spin do elétron logo no início do conteúdo o autor diz: “Estes números quânticos adicionais relacionam-se ao momento angular intrínseco do elétron, o seu spin. Este nome sugere que um elétron pode ser considerado como tendo um momento angular que surge de um movimento de rotação, semelhante ao movimento de rotação diário de um planeta à medida que ele viaja em sua órbita anual ao redor do Sol”. O autor faz uma analogia somente verbal sem uso de imagens sendo a mesma clássica ao usar o movimento de rotação do planeta ao redor de si mesmo, portanto podemos a classificar como uma analogia funcional com um conceito – alvo abstrato análogo concreto.

Na página 234 em um exemplo de fixação ao final de um sub - capítulo que trata a determinação da simetria molecular a partir do espectro vibracional, ao responder o exemplo o autor usa a expressão: “fazendo um argumento por analogia com as formas das CLFS, identificamos as CLFS que podem ser construídas a partir dos orbitais s em um arranjo octaédrico”. Percebe que aí tem se uma analogia verbal estrutural, com conceito – alvo abstrato e análogo também abstrato, sendo teóricos e demandando um enorme grau de abstração.

Na página 343 ao falar das outras formas do carbono ao abordar clusters de carbono descreve que: “mas a descoberta do cluster C₆₀ em forma de bola de futebol nos anos 80”. É uma analogia implícita e estrutural na forma verbal onde o conceito – alvo é abstrato e o análogo algo concreto, totalmente teórico não dando espaço para achismos.

CONCLUSÃO

Ao analisar o livro quase não se encontra o uso de analogias, deixando então subentendido a necessidade de um grau de

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