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O Professor Guia?

Por:   •  15/11/2023  •  Resenha  •  578 Palavras (3 Páginas)  •  43 Visualizações

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Professor ou guia?

Em face aos estudos contemporâneos e fazendo uma busca na história recente percebe-se uma dúvida que paira sobre a educação da criança em idade de 0 a 6 anos, se há ou não ensino para este público, se é restrito ao acompanhamento do professor como guia, se o desenvolvimento da criança se dá de forma natural sem a necessidade da intervenção do professor. Baseado na perspectiva histórico-cultural, conforme cientistas renomados, a formação da criança não se dá de forma natural, e assim se faz necessário o papel do professor como professor.

A relação estabelecida entre o professor e a criança com idade entre 0 e 6 anos não pode ser compreendida como guia, como exclusivamente voltado ao aspecto cognitivo, como se o ensino prejudicasse o processo de desenvolvimento da criança. Na concepção histórico-cultural do desenvolvimento infantil, Vigtski inicia uma abordagem com o foco no papel da cultura e das relações sociais dacriança. Para o autor não há crescimento programado, programação de maturação de potências internas, ele cita que “...a realidade social é a verdadeira fonte de desenvolvimento.” O autor ainda acrescenta que a gênese das funções psicológicas do homem não se restringe a biológica, mas tendo como base a cultural. A mediação exercida pelo adulto/professor é ccrucial pois a criança não tem como identificar/ecolher objetos da cultura para a atividade adequada de forma espontâea O aparato biológico não garante o desenvolvimento de funções que são necessárias ao desenvolvimento da criança. A fonte do desenvolvimento está etabelecida na relação não direta entre o ensino e a aprendizagem. Entendendo o não direta como não linear, não imediata, os momentos de assimilação podem acontecer em momentos diversos, distintos. Daí a expertise do professor no exercício da sua magnífica função, organizando corretamentea aprendizagem, pois o bom ensino conduz o desenvolvimento, o ensino deve fazer o desenvolvimento avançar. O ensino seria desnecessário, e o professor aí seria reduzido a guia ou acompanhante se somente se a criança utilizasse o que já está maduro no desenvolvimento. Como uma planta que sozinha perpassa por todas as suas fases.

Outra importantíssima via de dessenvolvimento defendida por Vigotski é a imitação. Não a imitação que um animal faz, pois este não é capaz de assimilar nada novo, este não é capaz de desenvolver faculdades intelectuais provinientes da imitação. Porém na imitação humana ela precisa ser em allguma medida compreendida pelo ator, ela é possível quando coadunada com o entendimento. Importante salientar que a imitação é a base da relação estabelecidade entre o professor e o aluno, afinal ele não aprende o que sabe fazer sozinho ele percebe o que não sabe fazer sendo-le acessível atravez  e com a colaboração do professor. Não se trata de desenvolver no educando uma função mecânica de imitação sem aprendizagem e desenvolvimento, porém é evidente que as funções tem que ser cultivadas paulatinamente na criança pelo educador e assim é desenvolvido o aprendizado.

Entendendo ainda, a função do professor, no período de 0 a 6 anos, como uma tarefa fundamental que é a de ensinar a pensar. Pois este, o pensar, não é espontâneo, mas parte do processo educativo, com a pesssoa do professor e o exercício de sua atividade. Como sequência a idade pré-escolar e a escolar (a primeira) tem vinculações que devem ser respeitadas e não ignoradas.

Enfim, para que haja o desenvolvimento infantil necessário para o aprendizado se faz necessário o ato de ensinar e não só seguir. É necessária a intervenção do educador para a apropriação do conhecimento!

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