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O Projeto de Pesquisa

Por:   •  6/1/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.043 Palavras (5 Páginas)  •  92 Visualizações

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Tema: Uma viagem Literária rumo a Língua Portuguesa

Público alvo: Alunos da Quarta série do Ensino Fundamental

Introdução / Justificativa

O projeto de Intervenção Pedagógica surgiu da necessidade de Intervir na Instituição escolhida para a realização do estágio, onde através de observação do comportamento diário dos alunos em sala de aula, durante o processo de ensino e aprendizagem notei um elevado grau de desinteresse é dificuldade na produção oral e escrita.

Diante da constatação que a maioria dos estudantes não tem o hábito de leitura, é chegado o momento de reverter este quadro. A literatura é um instrumento libertador através da qual desenvolve-se além das habilidades de escrita e de leitura, o senso crítico das crianças, pautando-o para toda a vida..

Saber falar, ler e escrever. Essas parecem ser as habilidades básicas a serem conquistadas no ensino da língua materna. Há, no entanto, uma pergunta que antecede a tudo isso: de que serve possuir tais habilidades? Ou, olhando de outro ângulo, por que será que muitos de nossos alunos têm tanta dificuldade em adquirir tais habilidades?

Para que possamos ter um pouco mais de clareza sobre o problema é preciso realçar alguns pontos fundamentais. O primeiro deles refere-se ao fato de que não basta, para se estabelecer uma comunicação, o simples ato do falar. Falar envolve uma operação mental complexa, pois se trata, de se ter a capacidade de identificar um significado nas próprias sensações, como também, de identificar e ordenar os códigos que expressem o mais corretamente possível tais significados e, por fim, expressar tudo isso de forma que os símbolos sonoros tenham sentido não só para nós mas, igualmente, para quem nos ouve.

Tudo isso é feito nessa ordem? Sabemos que não. O domínio da fala se constrói na medida em que tais operações são feitas de forma concomitante. Para se falar é preciso se possuir os códigos identificadores previamente disponíveis na memória? Sim. Mas memorizar todas as palavras existentes em um dicionário não nos permite estabelecer qualquer tipo de comunicação. É preciso que o código tenha significado e, mais que isso, que sejamos capazes de, ao se realizar a associação entre o código e a sensação, possamos, imediatamente, ordenar cada som de forma a construir uma frase.

Como já nos mostrou Celestin Freinet quando aprendemos a falar não o fazemos aprendendo, primeiro, regras gramaticais. Toda essa ordenação, na verdade, é apreendida conjuntamente na relação que o aprendiz tem com sua comunidade.

Isso significa que o processo de apropriação de cada palavra se faz no contexto de sua significação e é justamente esse processo que permite à criança ordenar mais que simples códigos dispersos, construindo um discurso coerente no sentido de ser inteligível para aqueles que com ela convivem.

Um outro aspecto desse processo é que o domínio dos códigos ultrapassa, em muito, o domínio da capacidade da fala coerente. Na verdade, um outro processo se realiza no mesmo momento, pois, ao estar associada a apropriação do código sonoro com sua significação, o que se realiza nesse mesmo instante, é o desenvolvimento da capacidade do pensar. O domínio da língua materna faz parte, junto com tantas outras estruturas de linguagem, do conjunto de condições necessárias à transposição das sensações que temos em relação a nós mesmos e ao mundo que nos cerca, em pensamento, isto é, na capacidade humana de construir um discurso ordenado sobre suas sensações.

Se refletirmos historicamente, veremos que, primeiramente, construímos a fala e que milhares e milhares de anos separam tal forma de comunicação da construção de símbolos gráficos (pinturas rupestres) e outros milhares da construção da gramática normativa. Se pensarmos no desenvolvimento de nossos alunos, poderemos verificar que a diferença está no tempo necessário para se passar de uma fase para outra e, mais que isso, que cada um desses domínios (fala, escrita e gramática), sendo frutos do desenvolvimento humano, expressam nossas próprias necessidades e capacidades de ordenação do pensamento.

Vale explicar melhor: se é possível entendermos que a apropriação de palavras só tem sentido na medida em que elas passam a fazer parte do jogo de significados necessários

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