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O USO DO COMPUTADOR NA PRAXIS PEDAGOGICA

Por:   •  10/5/2018  •  Monografia  •  15.257 Palavras (62 Páginas)  •  178 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

O mundo de hoje é marcado por inúmeros avanços tecnológicos e descobertas científicas que consequentemente vem alterando concepções em vários campos do conhecimento alterando modos de fazer e de agir, destruindo fronteiras e unindo povos pela comunicação e seus usos.

A integração das atividades é característica principal do tempo vigente, pois se evidencia nos hipertextos, na fragmentação decorrente do excesso de informação que se renova a cada segundo.

O uso de novas tecnologias implica numa maior interação, além de favorecerem o surgimento de um novo homem, que seja ativo, participante, que saiba dominar suas tecnologias, criando-as e recriando-as de acordo com suas necessidades, interagir com os outros, cooperar, usar a informação em suas práticas, interferir no mundo à sua volta como um cidadão crítico e autônomo.

Nessa conjuntura emergem as questões seguintes: como nós, professores e professoras poderemos formar cidadãos dentro dessas exigências?  Quais as adequações que a escola precisará realizar?  Fazendo uso de que metodologias e recursos? Simplesmente utilizando um computador? Como tornar nossos alunos participativos dentro de uma perspectiva inclusiva?  

Necessitamos buscar respostas para essas problemáticas, uma vez que a escola não poderá ficar alheia a essas mudanças, nem permitir que seus sujeitos educativos permaneçam alienados a essas questões tão importantes.  

Para que haja sentido o uso do computador no ambiente escolar é necessário que façamos um elo entre o conhecimento técnico dessa tecnologia à sua utilização pedagógica, primeiro devemos construir com congruência conhecimentos técnicos e pedagógicos sobre o computador, numa mesma proporção, gerando conhecimentos que sejam cabíveis a realidade escolar.

Outra premissa importante refere-se ao conhecimento do profissional da educação quanto às possibilidades disponibilizadas para se fazer uso do computador, visto que, para cada situação presente nas salas de aula existe uma mídia que deverá estar adequada à situação.  

Valente apud Almeida (2002, p. 4) aponta esse conhecimento “[...] como essencial para que a utilização de novas tecnologias em prol de uma melhoria no processo de aprendizagem seja impulsionada a cada momento”.

O uso do computador poderá tornar o trabalho do (a) profissional da educação bem mais interessante, de forma a atraí-lo para as mais variadas ferramentas, ao mesmo tempo em que poderá fazer do seu uso uma forma de alcançar uma consciência crítica, no entendimento do que é pretendido, afastando-se da mera utilização desse recurso que poderá ser de grande valia.

Afastando-se da consciência critica do uso do computador, não há sem dúvida a emergência de um conhecimento construtivo, assim também nos afastamos da proposta objetivada pela integração das mídias, caindo-se no uso pelo uso.

Ainda em Valente (2002) há uma real necessidade da combinação entre o saber técnico e o saber pedagógico, o que recai sobre a necessidade da formação do professor, a fim de que ele possa construir conhecimento referente às possibilidades computacionais que podem ser integradas à sua prática, para que, finalmente, ocorra a transição entre um sistema fragmentado de ensino para uma integralização do mesmo, com conteúdos inter-relacionados dentre as diversas disciplinas das grades de ensino.

Precisarão ser proporcionados ao professor os meios essenciais para que este possa fazer a contextualização do que por ele foi aprendido e as suas experiências, dentro de sua realidade escolar, fazendo-se assim uma integração entre as necessidades de seus alunos com os seus objetivos pedagógicos.

Trazer o computador para a escola abre um leque enorme de possibilidades, podendo levar a um aprendizado criativo, estimulante e de maior conexão entre alunos e professores, desde que seja resultante de uma estratégia bem planejada e articulada.

O perfil do educador nessa sociedade marcada pela globalização e pelos avanços tecnológicos emerge também para uma nova prática que precisa ser fomentadora de mudanças. Para tal, este profissional precisará aperfeiçoar-se continuamente, cotidianamente, pois educar passa então a adquirir uma dimensão mais ampla, envolvendo os valores de cidadania, atitudes e conceitos.

Faz-se necessário questionarmos o nosso próprio conhecimento na busca de alternativas teóricas e práticas de construção e reconstrução de conhecimento como ressalta Demo (1991, p.24 - 29):

O questionamento sistemático supõe sempre a elaboração acurada, construção e reconstrução de conceitos de teoria e práticas, colaboração, alternativa persistente, envolvimento concreto, e por fim, a respectiva prática. [...] Uma visão moderna e realista de pesquisa de vê incluir nela sempre, tanto o movimento de teorização, quanto o da intervenção, se de fato procurar inovação. Se o conhecimento é fator crucial de inovação, para renovar é necessário conhecimento inovador. Conhecimento inovador, entretanto, não se obtém pela cópia, reprodução, imitação, aula e prova, mas pela pesquisa, como atitude cotidiana. Saber pensar e aprender corresponde ao compromisso de sair da mera cópia, para postar-se como capaz de construir conhecimento. E isto inclui, no mesmo processo, compreender e inovar a realidade.

O estudo de caso teve como campo empírico a UEB Mário Pereira, uma escola vinculada à rede municipal de ensino de São Luís e realizou-se no primeiro semestre do ano de 2011. Fazendo-se uso dos procedimentos metodológicos da pesquisa qualitativa. Assim, os dados obtidos foram resultantes da observação livre, dos questionários com perguntas abertas e dos depoimentos dos sujeitos educativos (professores (as), gestores (as), coordenadores pedagógicos e alunos (as)), com os quais foram feitas análises de suas expectativas relacionadas ao uso do computador.

A escolha da escola se deu devido ao desejo pessoal de realização da pesquisa monográfica em uma escola da rede pública que se localizasse na Zona Rural, ambiente em que passamos a frequentar com familiaridade.

Esta pesquisa teve como sujeitos um total de 30 alunos (as) do 3º, 4º e 5º ano, seus (suas) 3 professores (as) e os 2 gestores (as) e 1 coordenadora pedagógica. A partir dessas exposições levantam-se alguns questionamentos sobre o uso do computador tanto dos professores/gestores que atuam na UEB Mário Pereira, bem como a dos alunos (as) que estudam nesta instituição:

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