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O processo de avaliação, a inclusão digital, a educação e trabalho na EJA.

Por:   •  25/5/2023  •  Projeto de pesquisa  •  4.238 Palavras (17 Páginas)  •  185 Visualizações

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 O processo de avaliação, a inclusão digital, a educação e trabalho na EJA.

        

RESUMO

Este estudo objetivou compreender e apresentar o processo de surgimento e criação da Educação de Jovens e Adultos no Brasil, a EJA. Onde foi visível uma participação da sociedade na formação da Educação de Jovens e Adultos, diferente do que ocorreu no ensino regular no Brasil. Essa metodologia de ensino é difícil por conta das propostas brasileiras que enfrentam muitas barreiras.  Embora tenha trabalhado muito para se organizar o Ensino da EJA, o que se obteve até hoje, foi uma experiência espelho, daquilo que se estava propondo, a cada mudança que ocorria no sistema educacional brasileiro. Por fim, a pesquisa realizada nos trouxe a entender que não existiam propostas de aprofundamento sobre a parte social o que é importante e necessário ou ainda quanto à capacidade cognitiva dos sujeitos envolvidos no processo e como eles construíram o seu conhecimento.

Palavras-chave: Educação; Processo de avaliação; EJA.

  1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho se caracteriza pelo trabalho de conclusão da disciplina Prática Interdisciplinar: Educação de Jovens e Adultos, destinado ao Curso de Pedagogia, que tem por finalidade refletir sobre os métodos utilizados no ensino dos jovens e adultos no ensino público atualmente no Brasil.

A educação de jovens e adultos (EJA), é uma forma de ensino, que tem como objetivo, desenvolver o ensino fundamental e médio com qualidade, para aqueles alunos que não possuem mais idade escolar e oportunidade de estudo. A iniciativa se deu após pesquisas financiadas pela coordenação Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) até o ano de 2009.

EJA sigla que se refere a Educação de jovens e adultos, uma forma de ensino voltada para aqueles que não concluíram ou que por algum motivo parou ou quem sabe não teve a oportunidade de concluir os estudos. Essa forma de ensino está destinada a duas categorias, ou seja, pessoas que não concluíram o fundamental e Ensino Médio.

Vale ressaltar que o processo de avaliação na EJA não se dá necessariamente pela prova, não é a única opção é importante que esse estudante tenha uma bagagem, carregando consigo, ou seja, traga consigo tudo aquilo que adquiriu de conhecimento, saiba questionar e seja um pensador crítico.

A tecnologia por sua vez é uma excelente aliada no processo de inclusão, pois ela abre um leque de possibilidades tanto no quesito informação, conhecimento e aprendizado como a oportunidade de se atualizar e se inserir no mercado de trabalho.

O educador deve estar atento ao comportamento de seus alunos, não apenas nos alunos mais agitados, mas, também nos alunos mais desligados e quietos, o professor deve se preocupar com o ambiente escolar, em especial a sala de aula, o desenvolvimento das atividades, a organização e principalmente a relação professor aluno e o processo avaliativo. Cabe ao professor olhar para esse aluno e procurar maneiras de intervir na desmotivação dos alunos.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Buscando atender as legislações em torno da EJA, vários programas educacionais são desenvolvidos para os jovens e adultos, porém muitos são esporadicamente descontinuados, por algumas instituições de ensino, como é o caso do MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), Telecurso que foi adaptado e renomeado como Novo Telecurso, tendo como foco os alunos que paralisarem os estudos ou se adaptarem a um novo processo educacional, a fim de dar continuidade nos seus estudos. Estes fatos contribuem para a perpetuação da ideia de que ações voltadas à escolarização de jovens e adultos são sempre temporárias e descontínuas, o que por sua vez, podem desestimular ainda mais os jovens e adultos a não finalizarem seus estudos.

Em sala de aula é comum o professor perceber a desmotivação e desinteresse por parte de alguns alunos, é visível que nossos alunos convivem em uma sociedade rodeada de tecnologias e ao chegar na sala de aula, o aluno se depara com quatro paredes sem significado aparente e professores tradicionalistas, causando assim tal desinteresse por parte dos alunos. Infelizmente um número significativo de jovens frequentam a escola pela necessidade de obter um certificado para ingressar no mercado de trabalho, ou frequentar as aulas por obrigação dos pais. Essas questões levantadas nos preocupam bastante pois aumenta gradativamente a evasão escolar.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi instituída legalmente no Brasil em 1996, criada pelo governo federal e passa por todos os níveis de educação básica do país. É uma modalidade de ensino fundamental e médio da rede pública e privada, destinado aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação na escola em sua idade apropriada, por diversos motivos, como por exemplo a necessidade de trabalhar, assim como diz a lei.  "A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria (Artigo 37, LDB).”

Essa modalidade de ensino pode ser tanto no ensino presencial, como no ensino a distância (EAD). O aluno que optar pelo presencial normalmente estuda à noite e precisa ir até a escola, já o que opta pelo EAD tem um estudo mais flexível, feito pela internet com a apostila oferecida pela instituição. A educação de jovens e adultos funciona da seguinte forma:

  • EJA ENSINO FUNDAMENTAL: É direcionada aos jovens a partir de 15 anos que não completaram o ensino fundamental (1° e o 9° ano). E tem o tempo médio de conclusão de dois anos.
  • EJA ENSINO MÉDIO: É direcionada aos alunos maiores de 18 anos, que necessitam completar o 1°, 2° e 3° ano do ensino médio, com o tempo de conclusão de dois anos também.

A abordagem metodológica neste sentido não deve ser desenvolvida com os mesmos parâmetros utilizados para se trabalhar com crianças, o professor tem que ter sempre em vista, que está lidando com adultos, vividos e diversificados. Um aluno de 30 anos, retomando os anos escolares correspondente ao 4º ano do ensino fundamental não se interessa por uma atividade caracterizadamente infantil, por isso a necessidade de abordar conteúdos mais maduro, visando a vivência de cada um, que vá ao encontro daquilo que esse público deseja.  "A educação reflete as transformações da base material da sociedade e, por isso, não está acima da sociedade, mas consiste em uma dimensão concreta da vida material e que se modela em consonância com as condições de existência dessa mesma sociedade (BUENO; GOMES, 2011, p. 54)."

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