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ORGANIZAÇÃO DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  17/4/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.446 Palavras (6 Páginas)  •  366 Visualizações

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ORGANIZAÇÃO DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A

EDUCAÇÃO INFANTIL

Introdução do trabalho

Partindo dos dados e do diagnóstico realizado pela COEDI/DPE/SEF/MEC, surge à necessidade de se refletir sobre a organização curricular e os componentes para se trabalhar com a educação básica infantil. Uma vez que a criança é considerada como um ser social, psicológico e histórico e tem no construtivismo sua maior referência, é importante que o trabalho seja fundamentado em práticas metodológicas que atendam as necessidades e o desenvolvimento cognitivo desta faixa etária.

 O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil traz em sua organização estrutural a relação entre os objetivos gerais e específicos, entre os conteúdos e as orientações didáticas.

O Referencial traz em seu volume I o documento introdutório em que apresenta dentre outras as reflexões com relação às instituições nas quais a educação infantil deverá acontecer bem como a organização por idades, os eixos de trabalho, os conteúdos, orientações didáticas, organização de tempo, projeto de trabalho, organização do espaço, seleção dos materiais, observação, registro e avaliação.

1. Organização do Referencial Curricular Nacional para a educação

1.1 Organização por idade prevista na LDB/96, para a educação infantil

0 a 3 anos de idade, 

  • As crianças devem ser atendidas em creches e/ou em entidades equivalentes
  • Esta etapa da educação básica está ligada ao Conhecimento de Mundo, na qual por meio do contato com os objetos as crianças estabelecem relação com os eixos de trabalhado previsto nos Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Movimento, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade, Matemática, Artes Visuais e Música.

4 a 6 anos de idade,

  • As crianças devem ser atendidas nas pré-escolas.
  • Esta etapa está ligada a formação pessoal da criança, ou seja, por meio das experiências favorece a construção do sujeito, associada do eixo de trabalho previsto no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Identidade e autonomia.

2. Componentes curriculares

2.1. Objetivos

  • Explicitar as intenções pedagógicas e auxiliar a seleção de conteúdos e os meios didáticos, ou seja, as estratégias a serem utilizadas para que as mesmas possam atender a diversidade apresentada pelas crianças, considerando assim as diferentes habilidades, interesses e maneiras de aprender no desenvolvimento de cada uma das capacidades citadas no Referencial.
  • As capacidades a serem desenvolvidas são: físicas, afetivas, cognitivas, éticas, de relação interpessoal e inserção social.

2.2 Conteúdos

É a partir dos conteúdos e das diferentes estratégias de como se utilizam os mesmos que se constrói uma aprendizagem significativa e eficaz. Os conteúdos citados no Referencial são:

  • Conceituais: são aqueles que dizem respeito ao conhecimento de conceitos fatos e princípios, referem-se à construção das capacidades para operar e lidar com símbolos, idéias e imagens, o que permite à criança atribuir sentido à realidade, tornando se assim possíveis de serem apropriados pelas mesmas.

  • Procedimentais: são aqueles referentes ao saber fazer, neste caso a aprendizagem está vinculada às possibilidades das crianças construírem instrumentos, estabelecendo desta maneira caminhos que lhes possibilitam a realização das ações. São conteúdos que muitas vezes estarão articulados com os conteúdos conceituais e atitudinais.

  • Atitudinais: são aqueles referentes aos valores, atitudes e normas, estes devem ser explícitos e compreendidos para que sejam aprendidos e planejados. Aprendizagem de conteúdos atitudinais exige uma prática coerente, onde os valores, as atitudes e as normas que se pretende trabalhar estejam presentes nas relações entre as pessoas bem como na relação de conteúdo.

     

2.2.1 Seleções de conteúdos

  • A seleção dos conteúdos visa oferecer um repertório que possa auxiliar o desenvolvimento das capacidades, considerando as características particulares de cada grupo, o que tornará a aprendizagem dos mesmos, mais significativa.           

 2.2.2 Integração dos conteúdos

  • Os conteúdos devem ser trabalhados de maneira articulados e integrados. Essa metodologia possibilitará uma aprendizagem real e significativa, não restringindo assim os conteúdos como um fim em si mesmo.

3. Orientações didáticas

  • São os meios didáticos que ajudam o profissional da educação ao “como fazer”, à intervenção direta do educador na promoção de atividades e cuidados sempre garantindo a idealização da criança e da educação.

Objetivo

  • As orientações não representam um modelo único e fechado que define o padrão de mediação e intervenção. Mas, ao contrário, são meras indicações e sugestões para auxiliar a reflexão e a prática no cotidiano do educador.

Tipos de orientações

  • São divididas em orientações didáticas gerais e específicas pertencentes aos diversos blocos de conteúdos. Vale lembrar que as orientações gerais explicitam-se condições relativas à: princípios gerais do eixo, organização do tempo, do espaço e dos materiais, observação, registro e avaliação.

3.1. Organização do tempo

  • Quando se fala em tempo, deve-se levar em consideração o tempo didático, ou seja, o tempo de trabalho educativo realizado com os educandos, no caso, as crianças.

   Estratégias

  • As estruturas didáticas contêm inúmeras estratégias que são organizadas em função das intenções educativas expressarem no projeto educativo, constituindo-se em um instrumento para o planejamento do professor.

Modalidades

  • Podem ser agrupadas em três modalidades de organização do tempo. Atividades permanentes, sequência de atividades e projeto de trabalho.

3.1.1.  Atividades permanentes

  • São atividades que respondem às necessidades básicas de cuidados e aprendizagem para as crianças, cujos conteúdos necessitam de uma constância.

      Tipos de atividades permanentes

  • Podem ser: roda de história; brincadeiras no espaço interno e externo da sala; roda de conversa; oficinas de desenhos, pintura, modelagem e música; cuidados com o corpo, dentre outras várias à critério do educador.

3.1.2. Sequência de atividades

  • São sequências de trabalho com intenção de oferecer desafios com graus diferentes de complexidade para que as crianças possam ir gradativamente resolvendo problemas a partir de diferentes proposições.

Objetivo

  • Elas foram planejadas e orientadas com o objetivo de promover uma aprendizagem específica e definida para que o educador possa se orientar em seu cotidiano de trabalho.

Exemplo de sequência de atividades

  • Caso o objetivo seja fazer com que as crianças avancem em relação à representação da figura humana por meio de desenho, podem-se planejar várias etapas de trabalho, como observação de pessoas, de desenhos ou pinturas de artistas e de fotografias e com isso promover atividade de representação a partir dessas observações.

 3.1.3 Projetos de trabalho

  • Grupo de atividades fundadas nos eixos de trabalho, organizadas tendo em vista um problema para se resolver.
  • Dependentes sempre dos interesses da criança.
  • Ganhos: possibilitar às crianças múltiplas relações, ampliando suas idéias sobre um assunto específico.

Primeiro passo para a realização:

  • Levantamento dos conhecimentos prévios das crianças sobre o assunto em pauta.
  • Segunda etapa: socialização do que o grupo já sabe e o levantamento do que o grupo deseja saber.

Fontes que poderão ser usadas: 

  • Livros, enciclopédias, trechos de filmes, análise de imagens, visitas a recursos da comunidade, entre outras.

Característica principal dos projetos:

  • Visibilidade final do produto e a solução do problema compartilhado com as crianças.

3.2 Organizações do espaço e seleção dos materiais

  • Constitui um instrumento fundamental para a prática educativa com crianças pequenas.

  • Objetivo maior:

Planejar a forma mais adequada de organizar o mobiliário dentro da sala, assim como introduzir materiais específicos para a montagem de ambientes novos.

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