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Organização Curricular de uma Escola

Por:   •  21/11/2019  •  Dissertação  •  629 Palavras (3 Páginas)  •  96 Visualizações

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Organização curricular de uma escola com fins emancipatórios

        O currículo é um dos elementos constitutivos do projeto político-pedagógico, e é ele que vai permitir uma autonomia pedagógica por parte da escola.

        Sendo a organização do conhecimento escolar, precisa estar disposto de acordo com a realidade dos alunos. Por isso, a necessidade de conhecer meu aluno e saber quais os anseios dessa comunidade que a escola está inserida. Por isso, torna-se indispensável ouvir todos os envolvidos no processo educacional.

        E para que essa organização curricular seja voltada para fins emancipatórios, é necessário que haja na escola uma reflexão sobre o processo de produção do conhecimento escolar, uma vez que ele é, processo e produto ao mesmo tempo.

        A escola, como um todo, deve considerar que o currículo não é um elemento neutro. Ele passa uma ideologia, isto é, valores, princípios, ideias. E a escola precisa identificar e tornar claro para todos, as suas convicções, a sua mensagem. O currículo não pode ser separado do contexto social, visto que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.

        Ainda precisamos refletir o tipo de organização curricular que a escola pretende adotar. Em geral, as instituições de ensino ainda tem sido orientadas e organizadas em formato de “grade”. Cada disciplina trabalha com seus conteúdos de forma estanque , sem haver integração entre as áreas de conhecimento.

        De acordo com Bernstein (1989), os conteúdos devem ter uma relação aberta e inter-relacionarem em torno de uma ideia integradora. As escolas precisam adotar uma organização curricular , que visa uma integração de todas as disciplinas com as áreas de conhecimento. A este tipo de currículo , o autor denominou Currículo Integração, que visa reduzir o isolamento entre as diferentes disciplinas curriculares, procurando agrupá-las num todo mais amplo.

        A escola precisa ultrapassar a visão fragmentada do currículo por disciplinas, transpondo as disciplinas , de forma que o conhecimento seja organizado e desenvolvido, articulando os vários aspectos da vida  com as áreas de conhecimento, numa perspectiva transdisciplinar, possibilitando ao aluno levar esse conhecimento que está adquirindo dentro da escola, para fora dessa, para que esse o transforme e em consequência, venha a transformar a sociedade do qual vive.

        Torna-se necessário também compreender que a sala de aula é heterogênea, ou seja, não podemos pensar que todos aprendem da mesma forma e ao mesmo tempo. E nós, professores, como mediadores do conhecimento, devemos ajudar os nossos alunos, a fim de que eles construam o conhecimento necessário para sua autonomia e para viverem melhor em sociedade.

        

Concluindo:

        Ao se pensar em currículo, precisamos considerar os tipos de homem que pretendemos formar e para qual tipo de sociedade. Se este terá fins emancipatórios, libertadores ou será de controle, reprodutor de uma sociedade desigual.

É imprescindível que haja coerência entre o currículo em ação e o currículo oculto. Nossas ações, nossas atitudes, a maneira como trabalhamos com nossos alunos, o material didático e as metodologias adotadas devem estar de acordo com os princípios norteadores do projeto político-pedagógico da escola, e consequentemente com o currículo estabelecido neste.

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