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PEDAGOGIA HOSPITALAR: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO MEIO HOSPITALAR

Por:   •  5/10/2020  •  Monografia  •  2.114 Palavras (9 Páginas)  •  300 Visualizações

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MARIA lUCILIA MOTA GOMES (8042202)

Licenciatura em Pedagogia

PEDAGOGIA HOSPITALAR: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO MEIO HOSPITALAR

Tutor: Prof. Maria Auxiliadora Bernabe de Freitas

Claretiano - Centro Universitário

POLO VITÓRIA

2020

PEDAGOGIA HOSPITALAR: A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO MEIO HOSPITALAR

Resumo: Esse trabalho tem como objetivo apresentar uma área da pedagogia que ainda é relativamente desconhecida, mesmo podendo ser considerada uma das mais importantes: A Pedagogia Hospitalar. Para isso, será apresentada a sua história, o seu papel, e as dificuldades encontradas para exercer a profissão, mostrando o que é necessário para a plena realização da missão do profissional pedagógico hospitalar.

Palavras chave: Pedagogo. Hospital. Criança. Pedagogia Hospitalar.

1.INTRODUÇÃO

Toda criança e adolescente tem o “ Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”. Assim diz no Estatuto da Criança e do Adolescente Hospitalizado a resolução de número 41 de outubro de 1995, no item 9. Porém, sendo a mesma tão recente, se levanta a pergunta de como se deu essa reforma, e como e por quem ela é aplicada hoje.

Essa área, relativamente desconhecida, pode ser considerada essencial para as crianças e adolescentes impossibilitados de sair do hospital. Ela tem se ampliado aos poucos na sociedade, porém muito ainda pode e dever ser melhorado para que a mesma possa atingir seu auge.

Para isso, esse trabalho vem com o objetivo de apresentar diversos ângulos da pedagogia hospitalar, começando por contar sua história no mundo e principalmente no Brasil, apresentado seu embasamento legislativo, seguindo por apresenta o papel diferenciado do pedagogo hospitalar quando comparado com o pedagogo comum, mostrando suas diferenças e explicando as dificuldades do profissional hospitalar, com o objetivo de tornar essa área mais conhecida e valorizada, para que ela possa continuar sua missão de auxiliar crianças e adolescentes hospitalizados e se espalhe por todos os locais que ainda não conseguem desfrutar desse serviço que tem o poder de mudar vidas.

2. HISTÓRIA DA PEDAGOGIA HOSPITALAR

Pode se considerar o início da Classe Hospitalar 1935, quando Henri Sellier fundou em Paris a primeira escola para crianças inadaptadas, com o objetivo específico de atender as necessidades do grande número de crianças infectadas com tuberculose. Seu exemplo foi logo seguido pela Alemanha, pela França, e pelos Estados Unidos.

Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, em 1939, veio uma grande onda de crianças e adolescentes afetados e impossibilitados de frequentar uma escola, devido principalmente a mutilações e ao preconceito da época, que as os obrigavam a viver longe das cidades por serem vistos como “anormais”, o que se tornou um motivo para o envolvimento de vários médicos que enxergaram a necessidade de uma continuação de uma formação escolar e o alcance de diversas conquistas para esse campo em geral.

Os dois maiores progressos feitos nesse mesmo ano – com a ajuda de religiosos, médico e voluntários – foram a criação do C.N.E.F.E.I. – Centro Nacional de Estudos e de Formação para a Infância Inadaptadas de Suresnes, que formava especializados no trabalho de institutos especiais e em hospitais; e a formação do cargo de Professor Hospitalar junto ao Ministério da Educação na França.

 De acordo com ESTEVES, 2007: O C.N.E.F.E.I. Tem como missão até hoje mostrar que a escola não é um espaço fechado. O centro promove estágios em regime de internato dirigido a professores e diretores de escolas; os médicos de saúde escolar e a assistentes sociais.

Ambos são relevantes até hoje, promovendo estágios com regime de internato a diversos profissionais da área média e pedagógica. Os mesmos têm a duração de dois anos e já formaram mais de 1000 capacitados.

A PEDAGOGIA HOSPITALAR NO BRASIL

No Brasil, a primeira classe hospitalar a começar a operar foi o Hospital-Escola Menino Jesus, localizado no Estado do Rio de Janeiro, que foi inaugurado na década de 1950. Por trás disso estava a professora Lecy Rittmeyer, que tinha como objetivo o atendimento de crianças internadas, para que se fosse regulado seus retornos às escolas e que seus estudos pudessem continuar normalmente.

Sendo a primeira a tomar essa iniciativa, a mesma não contava com nenhum suporte, tendo que se utilizar de enfermarias para dar as aulas, que eram individuais, para que se houvesse uma continuidade do processo de aprendizagem e ensino de cada criança.

Foi em 1958 que surgiu a segunda profissional com a mesma causa também no Hospital Menino Jesus. Nos anos subsequentes, outros hospitais começaram a se juntar a esse início de Pedagogia Hospitalar, como o Hospital Barata Ribeiro no Rio de Janeiro, em 1960, e o Hospital das Clínicas da Faculdade de Ribeirão Preto, em 1970. Porém só a partir de 1981 que o número de hospitais com esse tipo de atendimento passou a ser significativo, e então a legislação começou a se adaptar a essa nova classe que surgia.

Foi em 1995 que sei foi lançado, através do estatuto da Criança e do Adolescente, na Resolução nº. 41 de outubro e 1995, no item 9, o “Direito de desfrutar de alguma forma de recreação, programas de educação para a saúde, acompanhamento do currículo escolar durante sua permanência hospitalar”. E a Secretaria de Educação Especial do ministério da Educação difundiu em 2002 um documento de estratégias e orientações para o atendimento nas classes hospitalares, assegurando o acesso à educação básica. Em Santa Catarina, a SED baixou Portaria que “Dispõe sobre a implantação de atendimento educacional na Classe Hospitalar para crianças e adolescentes matriculados na Pré-Escola e no Ensino Fundamental, internados em hospitais” (Portaria nº. 30, SER, de 05/ 03/2001).

Art. 1º - Os sistemas de ensino, em articulação com os sistemas de saúde, obrigam-se a oferecer atendimento educacional hospitalar ou domiciliar a crianças, jovens e adultos em tratamento de saúde e impossibilitados, por tempo prolongado, de frequentarem as aulas nas escolas da rede de educação básica.

§ 1º Denomina-se ‘classe hospitalar’ o atendimento pedagógicoeducacional ministrado em ambientes de tratamento de saúde, seja na internação hospitalar usual, ou em hospital-dia ou hospital-semana ou ainda em serviços de atenção integral à saúde mental.

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