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Paper Escola e Sociedade Uniasselvi

Por:   •  26/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  3.674 Palavras (15 Páginas)  •  505 Visualizações

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ESCOLA E SOCIEDADE: CONSTRUÇÃO DO CIDADÃO

Luana Tiska Peter¹

Karen Domingos Barrionuevo²

  1. INTRODUÇÃO

O direito a educação é um direito social de cidadania, pois o objetivo da educação durante a infância é moldar o adulto em perspectiva, ou seja, o adulto que se almeja no futuro, começa a ser moldado, “fabricado” na infância, tendo a escola papel crucial. Quando o Estado assume, garante a educação das crianças, na qual propicia o estimulo ao desenvolvimento de cidadãos em formação, sendo o real papel da educação: formar cidadãos. (MARSHALL 1967, p.73).

             A escola é agente de mudança e fator de desenvolvimento, sendo um potencializador de recursos e um lugar de abertura e de solidariedade, de justiça e de responsabilidade, respeito, sabedoria e de conhecimento. O papel da escola pública é imprescindível, porque é ela que acolhe todos, é parte integrante da vida da cidade democrática. Nota-se que parte da nossa educação erra porque esquece o princípio fundamental da escola como modo de vida comunitária.

              Sarmento (2006) “a escola é o primeiro pilar da socialização pública das crianças e a importância da construção da experiência escolar pelos próprios atores sociais como importante fator de aprendizagem da cidadania”. Podendo citar em uma perspectiva de educação e formação, a importância da educação não-escolar, não-formal, e da educação de adultos, especialmente a de instituições não escolares tais como as redes sociais, as igrejas e associações de moradores. Este trabalho tem como objetivo apresentar, através de pesquisas realizadas os direitos do cidadão à escola e correlaciona-la com a vida em sociedade.

         

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Percebe-se a formação do cidadão deve ser dada no início dos primeiros dias de vida e ser contínua ao longo da vida, pois não dever ser desde um determinado período de vida. Todos esses questionamentos devem ser pensados e colocados em práticas se desejarmos ter uma sociedade mais ativa, sendo uma luta contínua por uma cidadania plena, fazendo com que não apenas a educação seja o degrau para isso, para alcançarmos uma sociedade mais justa, mais participativa e com cidadãos bem mais conscientes.

as crianças, desde o nascimento, estão em constante interação com os adultos e que à medida que a criança cresce, os processos acabam por serem executados dentro das próprias crianças – intrapsíquicos, na qual esses processos influenciam diretamente na formação da criança enquanto ser humano, consequentemente, exerce influências na formação do cidadão. (BOCK 1999, p.108)

          A educação deve contribuir para que se desenvolva a consciência sobre o papel do cidadão, sua função dentro da sociedade e como suas contribuições são essencias para a vida em sociedade. Mas para que essa conscientização aconteça se faz necessário que os educadores estejam envolvidos no processo para que se cumpra seu papel social e contribuição na formação do cidadão, onde o teoria praticada em sala de aula deve estar em conexão com a prática social.

na escola, a cidadania, enquanto aprendizagem e exercício social afetivo, precisa se referir, por exemplo, não somente ao acesso a diversas formas de conhecimento, mas também a uma prática social de respeito, de igualdade, de dignidade e de participação (GARCIA 2008, p.70).

            Ser cidadão é estar nos contextos vivenciado podendo agir e interagir com a sociedade, usufruindo e contribuindo para a sociedade com todo seu potencial a que convém a um cidadão; é ser respeitado e respeitar, é falar e ser ouvido, é questionar, é participar dos atos públicos com autonomia, ter o direito de ir e vir sem limitações, ter o direito a um ensino de qualidade, ter um lar, poder ter um trabalho digno que o remunere com equidade.

A escola é uma trama de relações sociais materiais que organizam a experiência cotidiana e pessoal do aluno/a com a mesma força ou mais que as relações de produção podem organizar as do operário na oficina ou as do pequeno produtor no mercado (FERNANDES e ENGUITA 2000, p.152).

             É dentro do ambiente familiar, da escola e da sociedade ao qual está inserido que o cidadão forma e toma consciência de seus direitos e deveres, de tal maneira que deve haver parceria da escola e família, devem se ajudar e a família possa agir como estimuladora do trabalho realizado pela escola, de forma a incentivar, acompanhar e auxiliar a criança em seu desenvolvimento, ao mesmo tempo em que a escola realize uma prática pedagógica que contribua na formação do ser crítico reflexivo, e que valorize a participação ativa dos pais no processo educativo, contribuindo para a formação de uma sociedade transformada.

            De acordo com Marques (2000) “pensando na formação da cidadania a educação passa a ensinar à criança a expor as suas ideias, a saber escutar os outros e a desenvolver condutas de tolerância”. Os educadores devem ter disponibilidade para ouvir, tendo metodologias que criem na criança o gosto por aprender a aprender, procurar diferentes formas de resolução de conflitos, uma educação para práticas de não-violência, na qual são importantes na sociedade nos dias atuais.

a educação para a cidadania constitui um conjunto complexo que abarca, ao mesmo tempo, a adesão a valores, a aquisição de conhecimentos e a aprendizagem de práticas na vida pública. Não pode, pois, ser considerada como neutra do ponto de vista ideológico. (PAIXÃO 2000, p.12)

 

           Conforme Oliveira e Martins (1992) “é compreensível que educar para a cidadania e para os valores implica tomar decisões, fazer escolhas”, pois a educação para a nova cidadania deve fazer parte da vontade de todos, pois só assim o valor da pessoa e a sua dignidade constituirão a base de uma cidadania democrática.

as pessoas têm de pensar sobre seus pensamentos e não serem mero objetos de meu pensamento. Este método de investigação se constitui num exercício de conhecimento, no desenvolvimento da percepção, de estratégias de aproximação e abordagem da realidade, num processo qualificado de entender mediações e elaborar conceitos sobre elas” (KIELING 2010, p. 399).

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