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Paulo Freire Pedagogia do Oprimido

Por:   •  23/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.025 Palavras (5 Páginas)  •  620 Visualizações

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         Resenha: Pedagogia do oprimido

  1. Contextualizar a referida obra.

O tema Pedagogia do Oprimido é muito relevante, mas polêmico na mesma proporção. Relevante pois fala da necessidade de evolução humanitária, sobre a liberdade de pensamento e opiniões do indivíduo frente às necessidades sociais. Em certo ponto concordo com o nome que é dado o educando (ou aluno) no livro: Oprimido. Minha posição é de que o Opressor não seria o educador, o professor, mas a mídia e, principalmente, a política. Essa dependência emocional que a grande maioria demonstra é realmente passível de pena. Faz com que os verdadeiros opressores os vejam posses, objetos manipuláveis.

Claro que isso reflete na educação, no conteúdo pedagógico e na forma como tudo é repassado aos educandos. Mas repito, ao meu ver, os verdadeiros opressores não são os professores diretamente, pois estes também são vítimas dos verdadeiros opressores, do sistema que manipula e rege a educação na nação.

Acredito que a libertação e transformação dos oprimidos passa pela revolução no ensino, na pedagogia e na forma de ensinar.

Como Paulo Freire diz: “Pedagogia com os oprimidos e não somente para eles”. Isto é, permitir e estimular a participação do aluno, ouvir suas ideias, suas dúvidas, ouvir suas posições.

Na concepção “bancária”, onde a educação é depositada como dinheiro no “banco”, que é o aluno, o que acontece é que quem recebe o depósito não participa, apenas recebe e armazena. Ou seja, na educação no Brasil, o aluno não sente a necessidade ou liberdade para fazer parte no processo. Apenas recebe, como alguém que sabe menos, que pode menos, que faz menos e nada pode dizer.

O diálogo entre educador e educando é o melhor caminho para a revolução na educação e mentalidade social participativa.

Minha conclusão é a seguinte: A grande maioria esmagadora da população brasileira são considerados “oprimidos”, usando essa linha de raciocínio do livro. São oprimidos por uma pequena massa de opressores, manipuladores, que usam táticas obscuras, apelando para as emoções temporárias, usando a mídia para manipular e manter essa opressão ativa. A libertação plena pode acontecer pela educação correta. Não acredito ser algo fácil ou possível, frente ao quadro que vemos hoje, com muitos alunos formados, porém semianalfabetos pedagogicamente e intelectualmente.

É um quadro complicado, pois depende de reformas na parte de cima dessa pirâmide. E essas reformas somente poderão acontecer com a participação consciente e uníssona dessa classe oprimida. Antes será preciso um despertar, um desejo por liberdade legítimo.

Se isso acontecer, então a libertação será possível.

  •  Educação Bancária X Educação Libertadora: Na educação bancaria, o opressor usa o oprimido como mero objeto onde deposita suas informações sem sua participação conjunta. O Oprimido apenas recebe o depósito e nada pode dizer, nada pode acrescentar. A Educação libertadora é aquela que é feita com o oprimido, e não apenas para ele.
  •  Imersão X Emersão:

Imersão é o estado onde o oprimido vive dominado, mergulhado em sua consciência passiva. Emersão acontece quando o oprimido emerge de sua condição bancária, tornando-se mais crítico, mais participativo no processo de educação.

“As elites dominadoras, na sua atuação política, são eficientes no uso da concepção “bancária” (em que a conquista é um dos instrumentos) porque, na medida em que esta desenvolve uma ação apassivadora, coincide com o estado de “imersão” da consciência oprimida. Aproveitando esta “imersão” da consciência oprimida, estas elites vão transformando-a naquela “vasilha” de que falamos, e pondo nela slogans que a fazem mais temerosa ainda da liberdade”. (Pág. 48)

  •  Situações-Limite X Inédito-Viável: Situação-Limite acontece quando o oprimido chaga a um lugar em si mesmo conhecido como limite. Ou seja, quando um indivíduo que vivia nessa oprimida chega a um limite, quando percebe que não tem mais como ir além. Nesse momento o que parecia o fim, na verdade é apenas o começo de algo inédito. O indivíduo, quase sempre, rompe então e se liberta da opressão.
  •  Investigação dos temas e palavras geradoras: Quando o indivíduo oprimido começa a juntas as peças desse enorme quebra cabeça, investigando os temas, descobre que está inserido no meio.

 

  • Invasão Cultural X Síntese Cultural:

A invasão cultural ocorre quando o opressor inibe a liberdade do oprimido, proibindo que esse pense por si. Por isso toda opressão é,  na verdade, uma invasão. O dominador impõe seus ideais ao dominado sem dar chances a esse para que escolha. Mas na síntese, não ocorre invasão, mas união e compreensão cultural. A síntese cultural compreende a cultura diversa e a respeita.

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