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Portfólio de Metodologia da Arte e da Educação Física.

Por:   •  6/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.860 Palavras (12 Páginas)  •  834 Visualizações

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  Portfólio de Metodologia da Arte e da Educação Física.

                                                           

                                                                   Nome do aluno: Eudóxia Maria Françoso.

                                                                             Código do aluno 1263969.

                                                                                                                                                                     

         A ludicidade está presente na vida humana desde os seus primórdios. Na Grécia antiga, assim como na idade média já havia a utilização de jogos. Nesse período as atividades lúdicas eram vistas apenas como brincadeiras e divertimento. Mais para frente o lúdico foi trazido como uma forte ferramenta na educação. Frobel, em sua proposta para a educação infantil, realizou estudos nos quais foi atribuída grande relevância ao brinquedo. Estudiosos como Vygotsky e Piaget fizeram análises de todo o processo do desenvolvimento infantil, mostrando a importância da presença do jogo na vida humana demonstrando que eles favorecem não apenas a aprendizagem, mas também o desenvolvimento e a interação social do individuo.
    A visão do lúdico como estratégia é capaz de colaborar no processo de ensino-aprendizagem da educação infantil, tem sido muito discutida e trazida aos poucos para os ambientes escolares, por ser a brincadeira é um dos universos da criança. Mesmo com todos os estudos que tratam da eficácia do uso de jogos nos ambientes escolares, ainda existe resistência por parte de alguns educadores descrentes na possibilidade de unir a brincadeira ao conteúdo pedagógico. Para estes profissionais brincar e aprender são duas instâncias distintas que não devem ser utilizadas simultaneamente.  De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), a educação Infantil é a primeira etapa da educação básica (BRASIL, 1996). Com base na Lei 11.274 do ano de 2006, o ensino fundamenta passa a ter nove anos de duração, com matrícula obrigatória a partir dos seis anos de idade (BRASIL, 2006). Sendo assim, a Educação Infantil contempla as crianças com idades de zero a cinco anos. Por sua vez, segundo a LDB, essa etapa é dividida em crianças de zero a três ano que são atendidas em creches, e crianças de quatro e cinco, que são atendidas em pré-escolas. Porém não há uma diferença pedagógica entre classes, e sim por idade, já que tanto a creche como a pré-escola têm objetivos semelhantes (BRASIL, 1998).A partir de tais observações, chegou se a conclusão de que professores dessa faixa etária perceberam a importância do uso da ludicidade na educação das crianças, mas não utiliza forma que compreenda o desenvolvimento integral do sujeito. Por isso, o objetivo desse trabalho é salientar o quão é evolutivo e facilitador, tanto para o professor, quanto para a criança à utilização da ludicidade na educação, e propor a esses profissionais a experiência da pratica pedagógica aliada com ludicidade em sala de aula.
      JUSTIFICATIVA
              O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. As crianças se movimentam desde que nascem adquirindo cada vez maior controle sobre seu corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de integração com o mundo. Engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam sozinhas, com objetos ou brinquedos, experimentando sempre novas maneiras de utilizar seu corpo e seu movimento. Ao movimentarem-se, as crianças expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em uma linguagem que permitem às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. As maneiras de andar, correr, arremessar e saltar entre outras, resultam das interações sociais e culturais da relação do homem com o meio. Onde os movimentos cujos significados têm sido construídos em função das diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais humanos presentes nas diferentes culturas em diversas épocas da história. Esses movimentos incorporam-se aos comportamentos dos homens, constituindo-se assim uma cultura corporal. Dessa forma, diferentes manifestações dessa linguagem foram surgindo, como a dança, o jogo, as brincadeiras, as práticas esportivas etc..., nas quais se faz uso de diferentes gestos, posturas e expressões corporais com intencionalidade. Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas. Nesse sentido, as instituições de educação infantil devem favorecer um ambiente físico e sociais onde as crianças se sintam protegidas e acolhidas, e ao mesmo tempo seguras para se arriscar e vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for esse ambiente, mais lhe possibilitará a ampliação de conhecimentos acerca de si mesmo, dos outros e do meio em que vivem. A diversidade de práticas pedagógicas que caracterizam o universo da educação infantil reflete diferentes concepções quanto ao sentido e funções atribuídas ao lúdico no cotidiano das pré-escolas. É muito comum que visando garantir uma atmosfera de ordem e harmonia, algumas práticas educativas procurem simplesmente suprimir o lúdico, impondo às crianças de diferentes idades, rígidas restrições posturais. Isso se traduz, por exemplo, na imposição de longos momentos de espera – em fila ou sentada– em que a criança deve ficar quieta, sem se mover, ou na realização de13atividades mais sistematizada, como de desenho, escrita ou leitura, em que qualquer deslocamento, gesto ou mudança de posição, pode ser visto como desordem ou indisciplina. Em linhas gerais, as consequências dessa rigidez podem apontar tanto para o desenvolvimento de uma atitude de passividade nas crianças como para a instalação de um clima de hostilidade, em que o professor tenta, a todo custo, conter e controlar as manifestações motoras infantis. Os jogos, as brincadeiras, a dança e as práticas esportivas revelam, acultura corporal de cada grupo social. Constituindo-se em atividades privilegiado nas quais o movimento é aprendido e significado. Dado o alcance que a questão motora assume no cotidiano da criança, é muito importante que, ao lado das situações planejadas especialmente para trabalhar o movimento em sua veria dimensões, a instituição reflita sobre o espaço dado ao movimento em todos os momentos da vida diária incorporando os diferentes significados que lhe são atribuídos pelos familiares e pela comunidade. Portanto, é importante que o trabalho incorpore a expressividade e a mobilidade própria das crianças. Assim, um grupo disciplinado não é aquele em que todos se mantêm quietos e calados e sim, um grupo em que vários elementos se encontram envolvidas e mobilizadas pelas atividades propostas. Os deslocamentos, as conversas, as brincadeiras resultantes desse envolvimento não podem ser entendidos como dispersão ou desordem e sim como uma manifestação natural das crianças. Compreender o caráter lúdico e expressivo das manifestações da motricidade infantil poderá ajudar o professor a organizar melhor sua prática, levando em conta as necessidades da criança de acordo com o seu contexto social,  observo que não foram trabalhadas as áreas ligadas a psicomotricidade, pois os professores não estavam aptos para desenvolver este trabalho. O lúdico poucas vezes estava inserido no planejamento de aula, não estimulando a desenvoltura da criança. A relação professor-aluno é fundamental neste processo de ensino aprendizagem, pois é através da interação com o outro que o ser humano adquire valores, costumes, habilidades e atitudes de convívio social, ou seja, o processo de construção de conhecimento é essencialmente interativo, acontecendo através da relação professor-aluno e aluno-aluno. Esses aspectos anteriormente apontados não fizeram parte do meu cotidiano enquanto aluna, portanto, hoje de maneira crítica, deporto-me ao tema para caracterizar o lúdico como a ferramenta indispensável nos 15 trabalhos do educador, pois através de jogos e brincadeiras (interação), tudo fica mais gostoso e dinâmico. É consenso entre os pensadores da educação que a criança só interioriza o que você ensina, se estiver de alguma forma emocional e afetivamente, ligada ao conteúdo por um desafio, uma motivação, ou sem.Perceber a importância e aplicação de tudo aquilo que você quer transmitir, e é claro acontecer à troca de conhecimentos e experiências entre as pessoas envolvidas.O lúdico ganha cada vez mais espaço nas escolas, e para desempenhar bem o papel de professor nesse novo contexto, este deverá modificar sua postura frente à classe. De dono absoluto do saber, o educador passa a ser intermediário entre o conhecimento acumulado e o interesse e a necessidade do aluno. Mais do que isso, ele se torna o elemento que desencadeia (e sacia) a curiosidade da turma, ao mesmo tempo em que aprende com ela. O novo educador é um profissional em constante mudança, pronto para transformar em saber as ansiedades da classe. É importante observar que além, de resgatar o direito à infância, o lúdico tenta salvar a criatividade e a espontaneidade da criança. Esse processo criativo é uma tentativa de encontrar um sentido maior interesse dentro da sala de aula.Considerando a importância da utilização de jogos educativos e brincadeiras que são atividades lúdicas, ou seja, atividades que proporcionam estímulos para que a criança desenvolva sua inteligência, criatividade e sociabilidade, é que senti a necessidade de conhecer e pesquisar sobre o assunto, enfatizando a faixa etária de 4 a 5 anos, após analisar que muitos professores confundem o real significado do lúdico, caracterizando-o como o simples brincar, quando devemos enfocar o lúdico não como uma característica predominante na infância, mas como um fator básico do desenvolvimento e aprendizagem humana, uma nova forma de pensar a educação infantil. Nesse sentido, o conhecimento deve ser visto como uma rede de relações, na qual o educador ajuda as crianças a fazer as conexões necessárias, colocando o objeto de estudo à manipulação, ou seja, buscando sempre o concreto, e o que demonstra bem esta relação é o construtivismo, onde prioriza esta vivência dos significados e a própria construção dos mesmos. Acreditando ser a criança dotada de potencialidades motoras, cognitivo e sócio emocionais, cujo desenvolvimento global está vinculado às experiências do seu dia-a-dia, à sua realidade sócia cultural, ao aprender fazendo e tudo isso se processando através do brincar, que é o que as crianças mais gostam de fazer! Não só o brincar pela simples ação do brincar, mas envolvendo também as necessidades e desejos das crianças. O educador necessita transportar-se para o mundo infantil e a partir daí transformar as aulas em foco de atração, com sensibilidade e energia (motivar), conquistar os alunos, trabalhar com prazer. É fundamental mostrar que estudar também é divertido. Não existe aluno sem solução, de um jeito ou de outro se descobre algo que ele goste. Para isso o profissional deve estar atento, valorizando as crianças em suas participações, afinal cada uma traz características diferentes dificultando em criar o clima para a aprendizagem. A criança precisa perceber que o que ela faz é valorizado. É essencial que o professor saiba gerenciar a classe como uma comunidade educativa; organizar o trabalho no meio dos mais vastos espaços - tempos de formação; cooperar com os colegas, os pais e outros adultos; conceber e dar vida a dispositivos pedagógicos complexos; identificar e modificar aquilo que dá sentido aos saberes; observar e avaliar os alunos em sua competência.Os anos da educação infantil são caracterizados como período em que se adquirem e afinam habilidades em todas as áreas. Cada cultura tem maneiras diversas de ver a criança, de tratá-la e educa-la. Ela está associada a todo um contexto de valores e aspirações da sociedade e depende de percepções próprias do adulto, que incorpora memórias de seu tempo de criança. Se a imagem de infância reflete o contexto atual, ela é carregada de uma visão idealizada do passado adulto, que contempla sua própria infância. A infância expressa no brinquedo, um mundo real, com seus valores, modo de pensar e agir acrescidos pelo imaginário do criador do objeto.
        Segundo a Lei de Diretrizes e Bases-LDB (1998)
“A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. (p.26)
     De acordo com o postulado anterior questiono-me acerca de: Como progredir em uma sociedade onde a educação está fora da realidade da criança? Suas reais necessidades são atendidas? Qual o atendimento dado aos aspectos emocional, cognitivo e psicomotor da criança? A criança é um ser social, que nasce com capacidades afetivas e cognitivas, tem desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas, de forma que possa compreender e influenciar suas dimensões em seu ambiente ampliando suas relações sociais, interações e forma de comunicação. As crianças sentem-se cada vez mais seguras para expressar, podendo aprender, nas trocas sociais, com diferentes crianças e adultos, cujas percepções e compreensões da realidade também são diversas. Para desenvolver, as crianças precisam aprender com os outros, por meio dos vínculos que estabelece na sociedade já que as aprendizagens.

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