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Professores e Agentes de Letramento: Identidade e Posicionamento Social, de Angela Kleiman

Por:   •  20/5/2018  •  Resenha  •  575 Palavras (3 Páginas)  •  601 Visualizações

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Professor... Faça valer a sua voz!

O artigo intitulado Professores e Agentes de Letramento: Identidade e Posicionamento Social, de Angela Kleiman é parte integrante da Revista Filologia e Linguística Portuguesa, organizada pela USP (São Paulo, 2006). É indexada em diversas plataformas digitais, não possuindo uma versão impressa. O artigo traz reflexões sobre os diferentes modos, posicionamentos e identidades relacionados à aquisição de escrita de professores e agentes de letramento. É distribuído em 16 páginas e dividido em 04 subtítulos. Possui linguagem clara e não apresenta ilustrações, porém há notas de rodapé que trazem relevantes informações.

Kleiman inicia o artigo com reflexões sobre a exposição atual de professores alfabetizadores na mídia, como se estes fossem os culpados pelo fracasso relacionado ao processo de alfabetização em nosso país. Ainda na introdução, Kleiman enfatiza que em meio à exposição midiática sobre educação e o fazer docente, as vozes dos professores não obtém espaço. Ou seja, um dos principais envolvidos nos temas divulgados, não possui possibilidade de se manifestar frente ao que é citado a seu respeito.

No primeiro subtítulo, Kleiman realiza ponderações sobre a ampliação da tensão, sentimentos de impotência e frustração dos professores frente aos resultados dos testes padronizados para avaliar a capacidade de ler, escrever e de usar conhecimentos matemáticos, tais como o SAEB e o ENEN. Segundo um dos professores entrevistados pelo grupo de pesquisa de Kleiman, o que se espera em termos de resultados, nestes testes, é muito diferente do que a realidade atual das escolas é capaz de promover.

Já no segundo subtítulo, Kleiman trata do conceito de agente de letramento como aquele que se envolve em atividades autônomas e é responsável por suas ações. Cita também a agência social, como ação focada na coletividade, na articulação de interesses, na geração de movimentos sociais, no exercício da influência, nas decisões relativas ao andamento das ações, na socialização com outros agentes e na alteração de rotas.

Kleiman enfatiza que é durante o processo de construção da escrita que o professor e o agente de letramento desenvolvem suas identidades profissionais. Estas, por sua vez, “remetem a diversos modos de se relacionar com a cultura reconhecida como mais legítima e de se apropriar das práticas de letramento.”

No terceiro subtítulo, o artigo apresenta trechos de entrevistas realizadas com educadoras populares e professoras alfabetizadoras, cuja pergunta central era: “Que tipo de leitor é você?”.

As educadoras populares mostraram estar preocupadas em realizar a busca por uma voz coletiva, não aparentaram submissão com relação à cultura dominante e se posicionaram como leitoras críticas, responsáveis pela escolha de suas leituras.

Já as professoras alfabetizadoras, que participavam de um grupo de formação em serviço, expressaram sentimento de impotência e passividade frente aos materiais encaminhados para leitura. Não se perceberam como leitoras legítimas e demonstram atitudes de subordinação.

Já no quarto e último subtítulo, o artigo traz afirmações sobre a importância de atribuir ao professor o conceito de agente de letramento, empodeirando-o como um ser autônomo, que foca nos

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