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RELATÓRIO DE TESTAGEM LINGUAGEM NO PROCESSO EDUCATIVO I

Por:   •  5/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  922 Palavras (4 Páginas)  •  331 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEEVALE

DAIANE CRISTINE DE OLIVEIRA

RELATÓRIO DE TESTAGEM

LINGUAGEM NO PROCESSO EDUCATIVO I

PROFESSORA: JOZILDA BERENICE FOGAÇA

Novo Hamburgo

2017


TESTAGEM:

[pic 2]

Palavras:

  1. Apagador
  2. Borracha
  3. Mesa
  4. Giz
  5. Maria sentou na mesa

Observei e apliquei a testagem em uma turma de 1º ano do ensino fundamental com 22 alunos. Após aplicar a testagem com todos, escolhi a testagem da aluna Júlia de sete anos, para analisar e afirmo que a hipótese de escrita em que ela se encontra é a silábica.

Nesta hipótese a criança faz uma tentativa de dar valor sonoro a cada uma das letras que compõem a escrita. A criança compreende que a representação escrita está relacionada com o som das palavras o que a leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Neste nível a escrita das letras pode ser com ou sem valor sonoro convencional; sem valor sonoro cada letra ou símbolo corresponde a uma silaba falada, mas o que se escreve ainda não tem correspondência com o som convencional daquela silaba. Com valor sonoro cada letra corresponde a uma silaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som convencional daquela silaba, em geral representada pela vogal, ou por consoante. Como nos afirma Grossi (1990 p. 14):

Esta vinculação pronúncia-escrita conduz a hipótese de base do nível silábico, que é a da correspondência quantitativa de sílabas orais com letras isoladas. A correspondência qualitativa dos sons às letras é inerente à outra área da alfabetização e pode ou não ocorrer junto com a vivência do nível silábico na leitura e na escrita. Um sujeito pode viver plenamente o seu nível silábico, sem se preocupar nem com as correspondências sonoras convencionais nem com a forma arbitrária das letras.  

A escrita de Júlia, portanto, é claramente silábica com valor sonoro, ela percebe as sílabas na oralidade e não na escrita; para cada sílaba ela colocou uma letra, uma vogal da palavra que foi pedido para ela escrever, e na frase, para cada sílaba ela também colocou uma letra correspondente. Manteve a escrita da palavra mesa ao reescrevê-la na frase e na palavra giz colou duas letras, pois não aceitou que poderia ser escrita com uma letra apenas, mesmo que sua boca tenha se aberto só uma vez ao pronunciar. E Grossi (1990 p. 16) nos aponta que:

É o período em que estes alunos acrescentam letras, sobretudo às suas escritas de palavras dissílabas e monossílabas, como meio de transformá-las em “verdadeiras escritas”. Já são muito conhecidos os desempenhos destes sujeitos. A prevalência da hipótese silábica sobre a hipótese da quantidade mínima de letras representa a culminância do nível silábico em sentido escrito, isto é, o que se refere somente à junção de letras para escrever palavras ou frases. Estabelecida esta prevalência, o sujeito, via de regra, vive um período de deslumbramento com sua descoberta, durante o qual ele se encanta em escrever silabicamente, não lhe restando a menor disponibilidade para questioná-la [...].

         Quando uma criança escreve como acredita que poderia ou deveria escrever certo conjunto de palavras, está nos oferecendo um valiosíssimo documento que precisa ser respeitado e interpretado para poder ser avaliado. Um aluno silábico desvincula-se do concreto, da palavra como um todo e descobre que a quantidade de letras com que se vai escrever uma palavra pode ter correspondência com a quantidade de partes que se reconhece na emissão oral. E essa hipótese é importante conforme Ferreiro (1989 p. 25), por que:

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