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Relatório de Leitura Obrigatória

Por:   •  9/10/2022  •  Relatório de pesquisa  •  674 Palavras (3 Páginas)  •  217 Visualizações

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O texto apresentado como leitura obrigatória relata uma pesquisa feita, principalmente, em cima das obras de L. S. Vigotski, A. N. Leontiev e D. B. Elkonin, tendo como objetivo investigar e analisar as relações entre desenvolvimento infantil e ensino na faixa etária de 0 a 6 anos numa busca de identificar a concepção geral do desenvolvimento infantil e as particularidades desse período do desenvolvimento que permitisse ser operado no ensino escolar.

É abordado inicialmente um debate intenso ocorrido nos anos de 1900 sobre a especificidade do trabalho pedagógico na educação infantil e tendo as opiniões divididas hoje, principalmente, entre o binômio cuidar-educar, que expressaria o objetivo principal do trabalho pedagógico junto à faixa etária atendida pela educação infantil e aparece na literatura como algo que marcaria a identidade desse segmento educacional, e a perspectiva anti-escolar, que tem como um de seus pilares a negação do ato de ensinar pois para essa perspectiva teórica, a Educação Infantil “faz parte da educação básica, mas não tem como objetivo o ensino e, sim, a educação das crianças pequenas”.

Vigotski, Leontiev e Elkonin, provam ao longo da história, ter como aspecto fundamental em suas perspectivas a historicidade. Vigotski criticava a tentativa da psicologia de encontrar características e leis universalmente válidas para o desenvolvimento infantil pois na análise do autor, a psicologia tradicional estudava a criança e o desenvolvimento de suas funções psíquicas à margem de seu meio social e cultural. Dessa forma o desenvolvimento infantil não é determinado por leis naturais universais, mas encontra-se intimamente ligado às condições objetivas da organização social. Para Leontiev, nem o conteúdo dos estágios nem sua sequência no tempo são universais e imutáveis, pois dependem das condições históricas concretas nas quais se processa o desenvolvimento da criança. Ainda nessa linha de raciocínio, Leontiev  e Elkonin, diz ser necessário considerar, na investigação do desenvolvimento infantil, o vínculo entre criança e sociedade, ou o lugar que a criança ocupa no sistema das relações sociais em um determinado momento histórico. Vigotski ainda complementa a ideia quando afirma que a situação social de desenvolvimento, ou seja, a relação que se estabelece entre a criança e o meio que a rodeia, é o ponto de partida para todas as mudanças dinâmicas que se processarão no desenvolvimento durante uma determinada idade ou período, determinando “plenamente e por inteiro” as formas e a trajetória que permitem à criança adquirir novas propriedades da personalidade. A análise dos autores acerca do desenvolvimento psicológico traz implicações diretas para o trabalho pedagógico, pois evidencia a dependência do desenvolvimento das funções psíquicas da criança em relação aos processos educativos pois na medida em que se conclui que as funções psíquicas superiores têm gênese fundamentalmente cultural e não biológica, torna-se evidente que o ensino não deve basear-se na expectativa da maturação espontânea dessas funções e sim ser responsável por promover seu desenvolvimento, que por não está garantido pelo aparato biológico, pode não acontecer em plenitude se não forem garantidos processos educativos que tenham por finalidade promover a apropriação de formas superiores de conduta para que a criança incorpore tais funções em seu psiquismo.

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