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Resumo ATPS

Por:   •  1/5/2015  •  Resenha  •  651 Palavras (3 Páginas)  •  565 Visualizações

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Referência Bibliográfica:

SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: muitas facetas. In: Revista Brasileira de Educação, jan./fev./mar./abr., no. 25, 2004, p. 5-17. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2015.

Letramento e alfabetização: as muitas facetas

Nesse artigo a autora aborda a problemática da não divisão entre alfabetização e letramento. Destaca que em 1980 houve a invenção simultânea do letramento no Brasil, do illettrisme, na França, da literacia, em Portugal, e literacy nos Estados Unidos, para nomear fenômenos distintos da alfabetização.  E que no fim dos anos 1970 a UNESCO amplia o conceito de literate para functionally literate.

A autora aponta que nos países desenvolvidos, as praticas sociais de leitura e escritas assumem a natureza de problema relevante no contexto da constatação de que a população, embora alfabetizada, não dominava as habilidades de leitura e escrita.

Cita que nos os Estados Unidos as avaliações da NAEP (National Assessment of Educational Progress) no final dos anos 70 demonstraram que os jovens graduados não dominavam as habilidades de leitura em práticas sociais e profissionais.

No Brasil os conceitos de alfabetização e letramento se unem, e que muitas vezes se confundem.  Para a autora esse enraizamento do conceito de letramento no conceito de alfabetização pode ser detectado tomando-se para análise fontes como os censos demográficos, a mídia, a produção acadêmica.

Ela faz uma síntese do assunto abordado e declara que a fusão dos dois processos, com prevalência do conceito de letramento tem conduzido a um certo apagamento da alfabetização.

No tópico seguinte “a desinvenção da alfabetização”, a autora mostra que a perda de especificidade da alfabetização é um dos fatores explicativos do atual fracasso na aprendizagem e, portanto, também no ensino da língua escrita nas escolas brasileiras.

Cita que ao contrário do quadro em que se encontra a alfabetização já se caracterizou pela sua excessiva especificidade, onde se dava exclusividade apenas a uma das facetas da aprendizagem da língua.

A autora apresenta que a causa maior dessa perda de especificidade deve-se à mudança conceitual relativa à aprendizagem da língua escrita. E também que a perspectiva psicogenética alterou a concepção do processo de construção da representação da língua escrita, pela criança, que deixa de ser considerada como dependente de estímulos externos para aprender o sistema de escrita e passa a sujeito ativo.

A autora faz algumas ressalvas em relação às mudanças na área da alfabetização. A perspectiva psicogenética conduziu a alguns equívocos e falsas inferências, e assim pode-se explicar a desinvenção da alfabetização. Isso porque privilegiou a faceta psicológica da alfabetização, obscurecendo-se sua faceta linguística- fonética e fonológica.

E com a mudança de concepção sobre o processo de aprendizagem da língua escrita, passou-se a ter uma teoria, e nenhum método. E assim fez-se a falsa inferência de que apenas, através do convívio intenso com o material escrito, a criança se alfabetizaria.

No seguinte tópico, “A reinvenção da alfabetização”, a autora fala que no Brasil e como em muitos outros países vêm criticando a concepção holística da aprendizagem da língua escrita, incidindo essa critica particularmente na ausência, no quadro dessa concepção, de instrução direta e específica para a aprendizagem do código alfabético e ortográfico.

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