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Resumo sobre a Teoria Humanística

Por:   •  11/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.326 Palavras (14 Páginas)  •  1.231 Visualizações

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A Teoria humanista aplicada a Educação...


(ANA CLÁUDIA, DIONE TOLEDO MENDES, GENÍCIA DE SOUZA PEREIRA, GENIVAL
MARTINS, KÁCIA JOANAÍNA C. SILVA, MARIZA SOARES S. PEREIRA, MILENA
SILVA KARDEC, PAULO CÉSAR C. SANTOS, VANICE CHARLES LIMA)

INTRODUÇÃO

Neste trabalho buscamos enfatizar os princípios de aprendizagem dentro
de um contexto humanista, e nesta linha de pensamento o seu maior
ícone no século XX foi o doutor Carl Rogers, psicólogo norte americano
que criou uma psicanálise diferente do ponto de vista da psicanálise
Freudiana. Carl Rogers tinha como fundamento que o paciente (a quem
ele preferia tratar como cliente) dessa direção ao tratamento, fato
este caracterizado em seu método da psicanálise não-diretiva, em que o
psicólogo deixa o paciente mais livre para argumentar por si mesmo. No
campo da educação, a contribuição de Rogers foi abrangente e
renovadora. Ele acreditava que o conhecimento realmente importante
para o desenvolvimento de um indivíduo, poderia ser facilmente
comunicado, isto se deve também ao fato de que para Rogers as pessoas
só aprendem o que realmente necessitam ou querem aprender. A relação
aluno-professor deve ser embasada em confiança e estímulos, destituída
de qualquer hierarquia, mais centrada no auto-desenvolvimento do
aluno. Muito embora pareça anticonvencional, a pedagogia rogeriana não
presume o abandono alunos a si mesmos, antes busca evidenciar que o
professor assume mais o caráter de auxiliador, e dê total apoio para
que caminhem sozinhos. Rogers foi o primeiro terapeuta a gravar
sessões de aconselhamento, para depois estudar o processo de interação
entre terapeuta e cliente. A partir desses estudos, chegou a conclusão
de que a eficácia do processo de aconselhamento depende da qualidade
da interação entre terapeuta e cliente, da existência de um clima
afetuoso no relacionamento de ambos. Mais tarde, Rogers concluiu: o
que é válido em psicoterapia aplica-se à educação. Portanto, a
eficácia do processo da aprendizagem depende da qualidade da interação
entre professor e aluno, da existência de um clima afetuoso entre
ambos. A abordagem Rogeriana da educação consiste no ensino centrado
no estudante ou na educação centrada na pessoa.


A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICANTE NO HOMEM

Rogers refere-se a dois tipos fundamentais de aprendizagem nos seres
humanos, retomando, até certo ponto, a distinção mais ampla entre
aprendizagem associativa por condicionamento e aprendizagem cognitiva.
O 1º tipo é caracterizado por Rogers como aprendizagem de material que
não possui significado pessoal para o aprendiz, não envolve seus
sentimentos, não repercute nele, nem tem referência para a totalidade
do indivíduo. A esta aprendizagem Rogers opõe e valoriza mais um
segundo tipo: a aprendizagem cheia de sentido, que "tem uma qualidade
de envolvimento pessoal - com toda a pessoa, em seus aspectos
sensoriais e cognitivos, achando-se "dentro" do ato da aprendizagem. A
aprendizagem é "auto- iniciada". Mesmo quando o ímpeto ou o estímulo
provém do exterior, o senso de descoberta, de alcance, de apreensão e
compreensão vem de dentro. A aprendizagem é difusa. Faz diferença no
comportamento, nas atitudes, talvez mesmo na personalidade do que
aprende. A aprendizagem é "avaliada por ele". Ele sabe se ela está
atendendo às suas necessidades, quer conduza para o que ele "quer"
saber, quer ilumine a área sombria de ignorância que está
experimentando. O "lócus" da avaliação reside definitivamente no que
aprende. A "essência da aprendizagem é o significativo". Quando uma
aprendizagem assim se realiza. O elemento do significado para o que
aprende faz parte integrante da experiência como um todo.

EDUCAÇÃO CENTRADA NO ESTUDANTE

A Famosa Tríade Rogeriana

Rogers afirma que o educador deve concentrar a atenção não em ensinar,
mas em criar condições que promovam a aprendizagem. Isso significa que
o melhor ambiente para a aprendizagem resulta da qualidade da
interação humana, especialmente do grau de cordialidade entre o
professor e os alunos.
Para ele três são as condições indispensáveis para a aprendizagem:
· ter empatia;
· aceitar incondicionalmente o aluno;
· ser autêntico.
A empatia permite que o educador compreenda os sentimentos do aluno e
lhe comunique que ele está sendo compreendido.é uma atitude de colocar-
se no lugar do estudante, de considerar o mundo através de seus olhos.
Não significa "entender" o aluno no sentido usual de "entendo o que
está errado com você". Quando há uma empatia sensível de parte do
professor, a reação do aluno será, sentir que alguém compreende seu
ser, sem julgamentos ou avaliações.
A aceitação positiva e incondicional consiste em aceitar os alunos
como eles são, sem julgá-los, sem as barganhas usuais do tipo "Se você
fizer isto, então eu gosto de você". Rogers repete, com insistência,
que a afeição do professor por seus alunos deve ser incondicional; o
professor deve aceitar os alunos sem reservas.Ter uma estima pelos
alunos, mas uma estima não possessiva. É uma aceitação deste outro
indivíduo como uma pessoa separada, tendo o seu próprio valor. O
facilitador que apresenta esta qualidade aceita os sentimentos
pessoais do estudante, que tanto perturbam como promovem a
aprendizagem, e o valoriza como ser humano imperfeito dotado de muitos
sentimentos e potencialidades.
Ser autêntico, honesto ou congruente significa "ser-o-que-se-é". A
pessoa congruente se aceita e se compreende. Quando o professor
(facilitador) é uma pessoa verdadeira, autêntica, genuína, despojando-
se, na relação com o aluno (aprendiz), da "máscara" ou "fachada" de
ser o professor, é muito mais provável que seja eficaz. Isso significa
que os sentimentos que está tendo, sejam quais forem, precisam ser
aceitos por ele mesmo e que ele é capaz, tanto de viver esses
sentimentos, como de comunicá-los na sua relação com o aluno. O
professor é uma pessoa real com seus alunos, podendo mostrar-se
entusiasmado, entediado, zangado, simpático, com os estudantes. Se o
professor oferecer estas três condições, então, de acordo com Rogers,
as crianças serão livres para aprender. O "clima" emocional da sala de
aula, resultado do relacionamento professor-aluno, favorecerá ou não a
aprendizagem. Esse "clima" pode ser positivo, de apoio ao aluno,
quando o relacionamento professor-aluno é afetuoso, cordial. Nele, o
aluno sente segurança, não teme a crítica e a censura do professor. A
atmosfera efetiva - o clima emocional da sala de aula - acarreta
conseqüências na mente e no organismo do aluno. Diante de um professor
severo, crítico, repressivo, cresce o nível de ansiedade do aluno:
aumentam os batimentos cardíacos, as mãos transpiram, há perturbações
digestivas, diminui a capacidade de percepção. Quando o nível de
ansiedade se eleva, o aluno fica emocionalmente transtornado, perde a
autoconfiança, descrê se seu próprio valor. Ele, então, não tem
condições de produzir intelectualmente, sua criatividade diminui e a
realização acadêmica é muito prejudicada.além disso, aumentam as
atitudes negativas contra o professor. Para que o aluno crie, produza,
aprenda, ele precisa sentir-se seguro, ou seja, seu nível de ansiedade
precisa estar baixo. Quando há "clima" permissivo, os alunos se sentem
apoiados, livres de críticas ou censura, trabalham descontraídos e,
portanto, rendem intelectualmente, o que não ocorre em "climas"
severos, de censura, onde os alunos trabalham com alto nível de
ansiedade e não produzem o esperado. Assim, a qualidade da relação
interpessoal entre o professor e o aluno influi em muitos aspectos da
interação em sala de aula e na aprendizagem. A atmosfera criada pelo
professor em sala de aula é o resultado da personalidade, do humor,
das palavras e atitudes do professor. Talvez a tríade rogerianas não
seja suficiente para explicar todo o ensino e a aprendizagem, mas não
há como negar sua importância como facilitadora da aprendizagem.Idéias
rogerianas sobre educação. Para Rogers há dois tipos de educação: um
revela-se autoritário, diretivo, centrado no mestre; o outro
democrático, não diretivo, centrado no estudante. Na educação
autoritária supõe-se que o aprendiz é incapaz de controlar-se e que,
por conseguinte, deve ser guiado por alguns que sabem melhor que ele o
que mais lhe convém. Este tipo de educação centrado no mestre, tem
como objetivo produzir técnicos bem equipados de conhecimentos e
transformar os estudantes em reprodutores passivos da cultura que lhes
é transmitida. A filosofia democrática, ao contrário, reconhece a
educação como responsabilidade do próprio estudante. Por isso,
centraliza-se no estudante, procura liberar sua capacidade de auto-
aprendizagem, criar condições que facilitem a aprendizagem, visando ao
desenvolvimento intelectual e emocional do aluno. O objetivo da
educação democrática é, portanto, dar assistência aos alunos para que
se tornem pessoas independentes, responsáveis, autodeterminadas,
capazes de discernir, aptas a aprender a solucionar seus problemas.
Capacitar a pessoa para a solidariedade, preservando a individualidade
de cada uma.
Nestes dois tipos de educação, há sistemas ambivalentes, baseados
somente em parte, nos princípios democráticos.Confiança básica na
pessoa. Para Rogers, uma das características humanas é "a tendência
para desenvolver-se, autodirigir-se, reajustar-se; essa tendência deve
ser liberada não diretivamente". Basicamente a teoria rogeriana é a
crença de que a pessoa é capaz de promover seu próprio crescimento. Na
educação não diretiva, o professor limita-se a facilitar o auto-
conhecimento do aluno, para que ele opte por seu caminho. O professor,
ou "facilitador", adota uma atitude centrada na pessoa, pela qual ele
deverá satisfazer, em cada aluno, as necessidades de consideração,
apreço e compreensão.Pesquisas sobre aprendizagem.

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