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SISTEMA LÍMBICO, CÓRTEX PRÉ FRONTAL E A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Por:   •  19/8/2019  •  Artigo  •  2.960 Palavras (12 Páginas)  •  286 Visualizações

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SISTEMA LÍMBICO, CÓRTEX PRÉ FRONTAL E A DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Camila Pina Silva é graduada em Pedagogia Plena pela Universidade de Mogi das Cruzes atuou como professora na Prefeitura Municipal de Guarulhos e atualmente é professora na Prefeitura Municipal de São Paulo – PMSP 2017. milla_pina@hotmail.com

Fernando José Lopes é mestre em Cognição e Semiótica PUC-SP, pós-graduado em Gestão de Pessoas na Universidade Paulista, graduado em Administração e Professor das Faculdades Integradas Campos Salles – FICS  2016. lopesfj2008@gmail.com

RESUMO: Este artigo tem o objetivo de expandir o conhecimento dos profissionais da educação, demonstrando como ocorre a aprendizagem com foco no olhar neurocientífico. Divulgar porque alguns seres apresentam dificuldades na aprendizagem. A neurociência pode auxiliar para um aprendizado de qualidade e menos eliminatório, pois dessa forma, o professor terá a probabilidade de compreender melhor como ensinar, englobando os diferentes modos de se aprender. Para isso o profissional da educação necessita de uma capacitada formação para verificar e fazer a intervenção necessária no processo de aprendizagem.  

ABSTRACT: This article aims to expand the knowledge of education professionals, demonstrating how learning occurs with a focus on neuroscience. To divulge why some beings present difficulties in learning. Neuroscience can help a quality learning and less elimination, because in this way, the teacher will have a better understanding of how to teach, encompassing the different ways of learning. For this, the education professional needs a trained training to verify and make the necessary intervention in the learning process.

Palavras-chave: Educação. Neurociência. Dificuldades. Aprendizagem.

1. INTRODUÇÃO

O tema deste artigo foi escolhido pelo fato da existência de muitos professores encontrarem grandes obstáculos em atuar com alunos que apresentam dificuldades no processo da aprendizagem.

Este artigo abordará a visão da neurociência, trazendo entendimento de que para ensinar a um indivíduo novas habilidades, isto implica em potencializar o funcionamento de seu cérebro, estimulando as diferentes áreas.

Após várias pesquisas fundamentadas, hoje, podemos afirmar que muitas formações do encéfalo estão relacionadas as emoções, dentre essas formações temos em destaque o hipotálamo, a área pré-frontal e o sistema límbico. Estas formações estão diretamente ligadas as emoções e ao aprendizado dos indivíduos.

2. CONCEITUANDO APRENDIZAGEM

A Aprendizagem é um sistema em mudança de comportamentos que conseguimos por meio de experiências obtidas pelos aspectos ambientais, relacionais, neurológicos e emocionais.  Logo, podemos afirmar que é um processo neuropsicocognitivo. É importante salientar a interferência que toda a nossa experiência tem sobre o aprendizado, ou seja, nossas práticas passadas, nossas experiências, nossa situação social, nossos sentimentos, situações sociais e ambientais nas quais se dá o aprender.

Nossa estrutura psíquica dá sentido aos processos perceptivos, enquanto a organização cognitiva sistematiza toda a informação recebida de uma forma muito pessoal de acordo com as experiências vivenciadas e as situações sociais onde elas se desenvolvem. (RELVAS, 2010)

O ser humano necessita de uma aprendizagem contínua, esta se inicia já na gestação. O aprender é necessário para a sobrevivência do indivíduo.  É comum se pensar que a aprendizagem está relacionada ao ato de ler e escrever, porém, o aprendizado é o modo para conquistar a maturidade, o crescimento e o desenvolvimento como um ser em uma comunidade organizada; as relações com o meio em que vivemos, nos permitem organizar o conhecimento.

A educação abrange tempos e espaços novos, diálogo, problematização e a própria criação dos alunos. O educador tem a função de mediador da construção da aprendizagem. E mediar é intervir para promover mudanças. Como um mediador, o professor passa a ser um comunicador, exercendo a criatividade do seu papel do processo de aprendizagem de seus educandos.

Na relação desse novo encontro pedagógico, professores e alunos interagem usando a responsabilidade, a confiança e o diálogo, fazendo a auto-avaliação das usas funções. Isto é fundamental, pois nesse encontro, professor e aluno vão construindo novos modos de se praticar a educação. (PEREIRA, 2012, p.12)

3. CONHECENDO O CÉREBRO

Podemos afirmar que o cérebro é o órgão mais obstruso do corpo humano: uma massa rosada, composta de bilhões de células nervosas microscópicas que estão reunidas em uma rede eletrônica. Cada parte do cérebro, tem seu próprio trabalho, entretanto a parte maior, chamada de córtex cerebral, é a responsável pelos pensamentos e ações.

Ao ser estimulado para a aprendizagem, o cérebro entra em atividade e a partir daí, ocorre uma série de mudanças químicas e físicas. Para que se possa entender seu funcionamento é necessário conhecer sua estrutura e alguns fatores ambientais que induzem o seu desenvolvimento.

Entre as principais formações temos:

  • Área pré-frontal - esta área não integra o sistema límbico, entretanto suas ligações estão diretamente conectadas a ele em estruturas como a amígdala e o tálamo. No caso de alguma lesão nesta região o paciente pode apresentar diminuição na percepção e perde o entendimento das responsabilidades sociais.
  • Hipotálamo – é responsável por regular funções importantes como o sono, a libido, o apetite e a temperatura corporal.
  • Giro cingulado – é relacionado com o controle auditivo, visual e as alterações emocionais. O uso de medicamentos que estimulem essa estrutura, em alguns casos, podem causar efeitos alucinógenos.
  • Amígdala – se relacionada com o sentido de semiconsciente, normalizar atitudes corretas para cada situação, também está ligada com a memória emocional que temos de objetos e pessoas. É fundamental para a verificação, formação e administração das emoções que englobam o medo. A lesão desta região reduz a capacidade de detectar o medo e diminui a emoção. Em casos de estimulo da Amígdala, a pessoa pode apresentar ansiedade, atenção aumentada e medo extremo.
  • Hipocampo - esta estrutura é fundamental e sua finalidade é o armazenamento da memória, uma lesão desta área pode alterar rigorosamente a memória.
  • Tálamo -estruturas que armazenam células nervosas responsáveis por enviar para o córtex sinais de visão, audição, tato, paladar e as sensações de dor e temperatura. Sua função é a integração do sistema motor e sensorial.

Todas estas ações são controladas, reguladas e coordenadas pelo cérebro. O estudo científico do cérebro e do sistema nervoso chama-se neurociência.

4. ANATOMIA DA APRENDIZAGEM

Quando se fala em aprendizagem, pela visão da neurociência, pode-se dizer que, quando se dá uma ativação de alguma área cortical, ocorrida por um estímulo, esta também realiza alterações em outras áreas, pois o cérebro não trabalha de forma isolada. Isto acontece pela existência de grande número de sistemas de associações, rigorosamente organizadas, atuando em ambas direções. Esses sistemas podem ser muito pequenos, unindo regiões vizinhas que transitam de um lado para outro sem sair da massa cinzenta. Outros podem formar porções longas e transitam por uma substância branca para ligar um giro a outro de um lado a outro, dentro do mesmo hemisfério cerebral: são as conexões intra-hemisféricas. Por fim, há feixes comissurais que transportam a atividade de um hemisfério para outro, sendo o corpo caloso o mais importante deles.

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