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Visão de um professor na inclusão

Por:   •  28/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  4.424 Palavras (18 Páginas)  •  375 Visualizações

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         VISAÕ DE UM PROFESSOR NA INCLUSÃO

Paula Karine Lima do Nascimento[1]

Resumo: O presente artigo presente investigar e refletir sobre o tema Educação Inclusiva na Rede de Ensino, com a finalidade de se pensar como está acontecendo à inclusão no contexto escolar. Se as instituições escolares da rede regular de ensino e os professores estão preparados para receber as crianças com necessidades educativas especiais. Contudo faremos um panorama prévio da questão das deficiências no decorrer das gestões. Para a realização deste artigo foi optado pelo método de pesquisa bibliográfica.

Palavras-chave: Inclusão, Professor, Rede Regular de Ensino, Necessidades Educativas Especiais.

1. INTRODUÇÃO

Sabemos que inclusão escolar é uma questão bastante presente na realidade das instituições regular de ensino, é uma tarefa complexa e que tem implicações na formação e na vida social das pessoas. Assim sendo, este tema incita e provoca questionamentos e reflexão: O que é inclusão no contexto escolar? Qual é o objetivo da educação inclusiva? O que é necessário para que haja uma educação inclusiva? Como se da o processo de inclusão na rede regular de ensino? Qual é a visão do professor frente ao processo de inclusão?

A escolha por este tema de pesquisa deve-se, primeiramente, a importância deste assunto para a nossa formação enquanto profissionais da educação. Nas últimas décadas a educação inclusiva tem sido uma questão desafiadora, no que diz respeito a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino.

Desta forma, este artigo traz a necessidade de se refletir sobre o tema Educação Inclusiva, com a finalidade de pensar se a inclusão no contexto escolar esta acontecendo da forma correta, se as instituições escolares da rede regular de ensino e os professores estão preparados para receber as crianças com necessidades educativas especiais.

Apesar do aumento de matrículas das crianças com necessidades educativas especiais na rede regular de ensino, temos presenciado algumas dificuldades no atendimento dessas crianças no cotidiano escolar como, a falta de recursos, prédios mal conservados, falta de suporte teórico e didático pedagógico ao professor entre outras. Além disso, devemos rever nossas atitudes e práticas relacionadas a esses grupos excluídos, entre eles, as pessoas com deficiências. No que diz respeito à atitude se faz necessário reverter à ótica de seres dependentes, incapazes e dignos de piedade, sendo capaz de participativos.

Assim, são necessárias mudanças estruturais que envolvem a remoção de barreiras físicas e materiais e a organização de suportes humanos e instrumentais, para que todos possam ter partição social em igualdade de oportunidades e condições. Isso garante o direito à convivência não segregada e o acesso a recursos e a serviços disponíveis aos demais cidadãos na comunidade.

2. RESGATE HISTÓRICO

Na década de 1990, o movimento de inclusão traz como objetivo alcançar todas as crianças, apoiado nos princípios de igualdade e equiparação de oportunidades na educação.

Neste sentido, a diversidade vem com valor educativo essencial para as transformações das instituições educacionais, junto aos direitos à aprendizagem e à participação de todos.

Nesta percepção a Declaração de Salamanca traz que:

As escolas devem acolher todas as crianças, independentes de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emaciais, linguísticas ou outras (1994, p.12).

A politica de inclusão não implica apenas na permanência física de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino, compartilhando apenas a mesma sala de aula com os demais educandos, mas sim implica em rever concepções ligadas ao potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades por meio da promoção de suas acessibilidades (física, instrumental, comunicacional), aprendizagem significativa e real participação social.

Fernandes mostra que, os professores apresentam uma série de argumentos que apontam empecilhos a esse processo da inclusão como, o despreparo para lidar com o aluno com necessidades educacionais, desconhecimento de conteúdos e metodologia específica, insegurança no estabelecimento de interações cotidianas mais sistemáticas (aproximação, comunicação, interação, etc.), ausência de critérios para avaliar o aproveitamento escolar.

Na visão de Bueno,

[...] a inclusão de crianças com necessidades educativas especiais no ensino regular há que se contar com professores preparados para trabalho docente que se estribem na perspectiva de diminuição gradativa da exclusão escolar e da qualificação do rendimento do alunado, ao mesmo tempo em que, dentro dessa perspectiva, adquira conhecimentos e desenvolva práticas educativas especiais. (2006, p.23)

Desta forma, a inclusiva tem função de desestabilizar concepções e práticas arraigadas tanto na educação regular como na educação especial, para assim contribuir para que a sociedade se torne mais igualitária e cooperativa, em benefícios de todos.

 

2.1. A VISÃO DE DEFICIÊNCIA NO DECORRER DOS TEMPOS

Desde o início da existência dos seres humanos, são passados a eles, de geração a geração, normas, regras e valores. Desta forma, podemos perceber que nas sociedades primitivas, por serem nômades, e por terem uma vida totalmente fora de controle humano, que dependia da natureza, com deslocamentos constantes, é claro que alguém que não enquadra no padrão social, acaba tornando-se um empecilho, e é abandonado, sem quem isso cause sentimentos de culpa.

Na sociedade grega, em Esparta por se dedicarem a guerra, valorizavam a estética e a perfeição do corpo, se a criança nasce com alguma deficiência, logo é eliminada. Já no feudal, o, porém, passará a ser estigmatizado, pois a diferença passa ter um sinônimo de pecado. No modo de produção capitalista, o foco sai do pecado teocentrismo, e vai para o antro centrismo, que busca a perfeição que esta relacionada com a normalidade, e o imperfeito não pode esta junto da perfeição, então homem vira máquina, o corpo humano passou a ser máquina, que deve ser produtiva, e não possuir nenhum problema.

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