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A Antropologia

Por:   •  13/5/2019  •  Trabalho acadêmico  •  870 Palavras (4 Páginas)  •  227 Visualizações

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Para Martin Buber, um relacionamento é constituído por dois seres que se comunicam e conversam entre si. Nesta perspetiva, existe o Eu-Tu, que é formado pelo sujeito-sujeito, sendo que o “Tu” representa o mundo de cada sujeito. Já na relação do sujeito-objeto, o “Isso”, representa o universo do objeto. Por conseguinte, o Eu-Tu é considerado mais integral e completo, pois representa o relacionamento entre dois seres com o todo um do outro, de forma vasta e absoluta. Por outro lado, o Eu-Isso se configura como a relação entre o ser com apenas uma parte do todo do outro, num movimento mais distante e comum.

Buber valoriza a relação Eu-Tu porém, afirma que a relação com Eu-Isso é importante para a socialização. A relação Eu-Tu é o encontro, abertura, diálogo – Presente, “algo que acontece aqui e agora”. Esta relação é que nos realiza, mas não podemos deixar de parte a relação Eu-Isso.

Por outro lado, a relação Eu-Isso é a experiência, o conhecimento, utilização e a temporalidade.

Sumariamente, podemos dizer que o Eu-Tu é o ser inteiro e o Eu- Isso o não inteiro.

O eu é algo que se altera em relação à relação que se encontra. Somos caracterizados pela maneira com que nos relacionamos com as pessoas e com os objetos.

Erramos e temos comportamentos que conduzem ao mal. Tu é reciprocidade que é confundido com isso e se transforma em dominância. Acaba por ser despersonalizado.

Para o autor, é exatamente esta plenitude que torna o ser humano completo. Em outros termos, quando o melhor que habita em mim encontra o melhor que habita em você, criamos uma relação onde a nossa inteligência e emoções estão alinhadas e ambas caminham na mesma direção. Para tal, é necessário que haja comunicação, isto é, uma interação direta entre as pessoas, de modo que uma integralize a realidade da outra de forma ativa. Do contrário, se torna uma relação traçada pelo Eu- Isso, ou seja, pelo distanciamento.

Para Buber, o mundo da relação EU-TU propaga-se em três esferas: A primeira é a vida com a natureza isto é, meso que a natureza não apresente uma resposta, o seu Eu está em relação com a natureza, ou seja, a natureza torna-se um Tu para o homem. A segunda é a vida com os homens, a qual se constitui comi uma relação recíproca. E por fim, a vida com os seres espirituais, onde se desenvolve o Tu eterno.

A relação imediata implica numa ação sobre o que se está face-a-face: o ato essencial da arte que determina o processo pelo qual a forma se tornará obra.

O face-a-face realiza-se através do encontro. Este atinge no mundo das coisas para continuar a atuar indeterminadamente, para se tornar permanentemente um isso, mas também para se tornar um tu refletindo satisfação e afeto.

O autor faz referência à relação com as árvores, segundo este, não se pode ser só de utilização, mas sim de abertura, dedicação, é possíveis as atitudes coexistirem. Dá ainda o exemplo dos animais de estimação e das camélias.

Buber afirma que não é literalmente o Eu-Tu em relação à árvore. Reciprocidade não quer dizer que aconteça ao mesmo tempo. O tu não se apercebe sempre do “meu” esforço mas recebemos depois a reciprocidade.

Ao longo do texto é também feita a referência da relação com os outros. O autor afirma que a utilização dos outros para os nossos próprios fins, não respeita os outros e transforma-os em objetos para os usar, o que é maquiavélico.

Chamar “tu” a outro é respeitá-lo e trata-lo como uma pessoa e não um objeto. Não reduzir a nossa existência às coisas. Para além disso, este ainda acrescenta que a arte e a literatura podem ajudar a estabelecer um diálogo com nós próprios e ajudar a descobrir o nosso sentido.

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