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A CULTURA UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO

Por:   •  17/10/2022  •  Resenha  •  1.428 Palavras (6 Páginas)  •  63 Visualizações

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UNIVERSIDADE VILA VELHA – UVV

1º PERÍODO EM PSICOLOGIA

JHULIA CAMILLY ALVARENGA DOS SANTOS

RESENHA CRÍTICA

 CULTURA: UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO

VILA VELHA – ESPIRITO SANTO

2022

JHULIA CAMILLY ALVARENGA DOS SANTOS

RESENHA CRÍTICA

 CULTURA: UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO

VILA VELHA – ESPIRITO SANTO

2022

Cultura: Um conceito antropológico

Resenha do livro de LARAIA (Laraia, 2001)

Roque de Barros Laraia é graduado em História pela UFMG, com especialização em Teoria e Pesquisa Social Antropológica pela UFRJ, Doutorado em Sociologia pela USP, Pós-Douto em Antropologia pela University of Sussex, Reino Unido. Roque Laraia é professor nominal da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e professor honorário da Universidade de Brasília, consultor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, membro do Conselho Nacional de Imigração, presidente interino da FUNAI, consultor da CAPES e CNPq, e consultor da empresa Vale do Rio Doce.

Além disso, ele também foi Diretor e Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais; Presidente da Associação Brasileira de Antropologia; primeiro Diretor Científico da Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal; e, também, Membro da Comissão Coordenadora do Programa Nacional de Apoio a Núcleos de Excelência do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Em sua jornada, escreveu diversos artigos, dentre eles se destacam: Índios e castanheiros (1967); Cultura: um conceito antropológico (1986); Tupi, índios do Brasil atual (1987) e Los índios de Brasil (1993).

RESUMO

Neste livro, o autor apresenta ao leitor uma visão da cultura pelo viés da Antropologia, reunindo diversos pontos de vistas de pensadores sobre a mesma pesquisa “um texto bem didático e, portanto, bastante claro e simples” (p.4). Na obra, Laraia expõe as bases que estruturaram a concepção de “cultura”, como ela está interligada ao comportamento humano e como ela é propagada entre os indivíduos, visto que há uma dinâmica em sua distribuição. Como foi declarado pelo próprio autor, é um texto simples e de fácil entendimento, sendo um ótimo precursor para o estudo da Cultura.

Palavras chaves: Cultura, comportamento, Antropologia, concepção.

ABSTRACT

In this book, the author presents the reader with a view of culture from the perspective of Anthropology, bringing together different points of view of thinkers on the same research “a very didactic text and, therefore, quite clear and simple” (p.4). In the work, Laraia exposes the bases that structured the concept of “culture”, how it is interconnected to human behavior and how it is propagated among individuals, since there is a dynamic in its distribution. As stated by the author himself, it is a simple and easy-to-understand text, being a great precursor to the study of Culture.

Keywords: Culture, behavior, Anthropology, conception.

PRIMEIRA PARTE DO LIVRO

Para discorrer sobre o tema, Laraia divide o livro em duas partes. Em primeiro plano, o autor já refuta a ideia de que a cultura é determinada pelo fator biológico, visto que os costumes e comportamentos eram diferentes à medida que visitavam outros povos. Conclui-se então que, o comportamento de um grupo de indivíduos se dá pelo seu processo de aprendizado, sendo ele, em sua maioria, passado de geração para geração, o qual é denominado pelo autor como: endoculturação.

Assim como o determinismo genético, o determinismo geográfico foi contrariado posto que existem diferenças consideráveis entre pessoas que habitam em um mesmo lugar. Para fomentar a sua tese, Laraia se utiliza de pesquisas dos antropólogos Boas, Wissler, Kroeber que assim como ele, rejeitaram também as primeiras teses sobre o que seria cultura.

A fim de definir o conceito de cultura, o autor resgata e reúne visões diferentes e complementares sobre esse termo. Em sua primeira análise, faz se necessária a menção de Edward Burnett Tylor, um percussor da Antropologia e também representante do evolucionismo social, definiu cultura como “tomado em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. Desta forma, a cultura é caracterizada como uma capacidade humana aprendida, e não inata, para a realização humana. Além dele, outros filósofos já haviam chegado a conclusões parecidas. Por exemplo, John Locke disse que os homens aprendem cultura, ignorando teorias de ideias inatas. Segundo ele, não existem regras ou princípios morais comuns a toda a humanidade. Com ele, Jean-Jacques Rousseau e Jacques Durgo afirmaram a capacidade da sociedade humana de aprender.

No entanto, o grande número de definições só aumenta a confusão do conceito de cultura, ao invés de esclarecer seu objetivo principal, opinião dada pelo autor. Com o propósito de superar a teoria evolucionista de Tylor, surgiu o alemão Franz Boas, que desenvolveu o particularismo histórico nos Estados Unidos. Ele acredita que a história da tarefa da antropologia é uma reconstrução de povos e regiões, comparando a vida social de diferentes povos, que se desenvolvem segundo as mesmas leis e isso fica explicito em sua declaração “segundo a qual cada cultura segue os seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos que enfrentou”. O autor recomenda uma investigação histórica para compreender as condições psicológicas e ambientais que garantiram o desenvolvimento da cultura de uma nação. Ele entende que o homem é o resultado do meio cultural em que está socializado. É o resultado do que a humanidade acumulou na história. Kroeber, um filosofo americano, acrescentou a essa tese a sua perspectiva apontando que cada cultura é um meio pelo qual os humanos se adaptam a diferentes ambientes ecológicos.

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