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A Desvendando a Ritalina

Por:   •  7/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.095 Palavras (5 Páginas)  •  341 Visualizações

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Desvendando a Ritalina

Fernanda M. O. G. de Araújo, Luciene da Cunha, Maria Cecília, Marta Regina,

Shayenne Breguez – Graduandas em Psicologia da Faculdade Vértice – UNIVÉRTIX.

olvfernanda@hotimal.com

Pollyana Brandão – Psicóloga – Professora na Faculdade Vértice - UNIVÉRTIX

Palavras-chave: Ritalina, TDAH, uso não terapêutico, efeito colateral.

INTRODUÇÃO

 A Ritalina é um estimulante do sistema nervoso central que tem como princípio ativo o metilfenidato pertencente à família das anfetaminas. Foi patenteada em 1994, e os efeitos colaterais mais frequentes são a ação broncodilatadora, insônia e a redução do apetite, alterações no humor, reação no sistema digestivo. A princípio o medicamento tem o poder de tranquilizar o paciente, estimulando sua concentração e sua capacidade de focalizar-se em uma atividade por mais tempo, sem a sensação ou aparência de quem está dopado, ao mesmo tempo sem ficar agitado. (COUTINHO, 2009) É um medicamento indicado para tratar normalmente crianças e adultos com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). O TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. No entanto vem sendo utilizada por pessoas saudáveis, como os estudantes, que buscam melhor desempenho em provas e concursos por acreditar que melhora a função cognitiva. Segundo pesquisadores do Centro de Farmacovigilância da UNIFAL – MG, 2014, ela aumenta a concentração de dopaminas nas sinapses, aumentando a sensação de prazer o que lhe rendeu o título de "pílula da inteligência".

METODOLOGIA

        Pesquisa realizada através de levantamento bibliográfico nas plataformas

Scielo, Periódicos Capes e Portal de Pesquisa da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS).

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DISCUSSÂO

Por aumentar o nível de concentração vem sendo utilizada para fins não terapêuticos e de forma indevida para permanecer em estado de alerta. A quantidade de pessoas sem problemas neurológicos ou psiquiátricos que procuram a droga para turbinar o cérebro é impressionante, principalmente aqueles que estão sob pressão, como estudantes universitários. Porém não há uma comprovação científica de que a ritalina realmente traga benefícios para quem não tem déficit de atenção. Eles alertam que usar esse remédio, que é controlado, para uma doença que não existe pode provocar até alucinações. Pois, como toda medicação tarja preta, está incluída dentro do conjunto de medicações fortes, que podem sim, ter efeitos colaterais graves (GRAY, 2007).

Há uma preocupação crescente entre os profissionais de saúde quanto ao uso de medicamentos com o intuito de reforçar o rendimento cognitivo uma vez que seu mecanismo de ação no homem ainda não foi completamente elucidado, mas acredita-se que seu efeito estimulante é devido a uma estimulação cortical e possivelmente a uma estimulação do sistema de excitação reticular. O mecanismo pelo qual ele exerce seus efeitos psíquicos e comportamentais em crianças não está claramente estabelecido, nem há evidência conclusiva que demonstre como esses efeitos se relacionam com a condição do sistema nervoso central. (Ritalina, Novartis, 2008). As reações mais comuns são: insônia, dor de cabeça, dor abdominal, nervosismo e falta de apetite (BPR- Guia de Medicamentos, 2007).

        Um levantamento feito por 40 entidades de saúde e de educação do País mostra que, no intervalo de um ano, o Sistema Único de São Paulo (SUS-SP) aumentou em 54,9% a compra e a distribuição gratuita de metilfenidato, a chamada "droga da obediência". Entre 2002 e 2003 a produção de metilfenidato duplicou, e no período de 2002 a 2006, a produção de metilfenidato cresceu mais de 400%. Entre setembro de 2007 e outubro de 2008 foram vendidas 1.238.064 caixas, enquanto entre setembro de 2011 e outubro de 2012 os números passaram para 1.853.930 ( MARINHO, et al, 2012).

 Em outro estudo sobre o cérebro humano, pesquisadores norte- americanos concluíram que a ritalina, tomada por milhões de crianças no mundo inteiro, produz o mesmo efeito sobre o cérebro que a cocaína. Os estudos mostram também que as crianças hiperativas fazem uso da ritalina são mais propenso a se tornarem tóxico dependente do que as não fazem uso do medicamento (OUTRAM, 2001).

O uso inadequado do medicamento pode trazer muitos riscos, como problemas do coração e pode levar a um quadro de arritmia cardíaca. Os efeitos circulatórios são pontuais e duram pouco, tendo uma pequena elevação da pressão arterial, frequências cardíacas e respiratórias, mas as alterações não duram muito tempo (PASTURA, 2004).

No Brasil, a produção científica nacional sobre os usos da ritalina está mais vinculada às pesquisas sobre o TDAH, mas encontra-se grupos de discussões sobre seu uso não terapêutico em redes sociais. No entanto, uma pesquisa da Escola Paulista de Medicina da USP mostrou que o medicamento não beneficia a atenção, a memória e as funções executivas, como capacidade de planejar e executar tarefas, em jovens sem o transtorno. Segundo os pesquisadores, "sendo os jovens saudáveis, tendo um funcionamento cognitivo saudável, a Ritalina não tem potencial benéfico como o apresentado no caso de pessoas com transtorno de déficit de atenção” (UNIFESP, 2014).

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