A Divertidamente

DIVERTIDAMENTE 2

Divertidamente 2 é um filme produzido pela Pixar, é a sequência do longa de 2015 que já levou um Oscar melhor animação em 2016.

Em Divertidamente 2, Riley, está mais velha, passando pela adolescência e a “sala de controle” também está passando por uma adaptação, para dar lugar as novas emoções.

O filme explora as emoções conflitantes de uma adolescente e as transformações mentais que ocorrem durante essa fase. Até então, raiva, nojinho, tristeza, alegria e medo (emoções básicas, que aparecem logo após os reflexos iniciais do bebê, quando ele começa interagir com o ambiente) encontraram uma forma de gerenciar os conflitos, quais memórias seriam armazenadas e como seriam armazenadas. Com a chegada das novas emoções ansiedade, inveja, tédio e vergonha (conforme crescemos e entramos na adolescência, outras emoções ficam proeminentes), Riley passa por um turbilhão de sensações que podem ameaçar seu último final de semana com suas melhores amigas que irão se mudar, entrar no time de hóquei e fazer novas amizades.

No decorrer do filme, parte do desequilíbrio causado pelas novas emoções da Riley é resultado da sua vontade de pertencer a um novo ambiente social, de provar que é uma boa jogadora de hóquei e como consequência ser aceita neste novo grupo social.

Diante dessa situação, as emoções tomam conta de Riley levando-a se comportar de uma forma diferente, como por exemplo: cortando e pintando o cabelo de rosa e mudando o seu jeito de vestir, para sentir-se aceita e pertencente ao grupo do acampamento.

Uma das principais mensagens do filme está relacionada a noção de que todas as emoções são importantes para nossa vida, para construção de nossa identidade e nossa personalidade.

Sendo assim, por exemplo: a raiva nos permite reagir quando nos sentimos injustiçados, o medo nos faz evitar situações de perigo, a ansiedade nos faz antecipar diferentes cenários para que estejamos prontos a lidar com eles nos deixando mais capacitados a agir, o nojo evita que comemos comida estragada, o tédio pode ser uma oportunidade para explorar novas ideias e aventuras.

O problema é quando as emoções estão em desequilíbrio e uma delas acaba tomando conta do centro de controle do cérebro. É exatamente  o que acontece com Riley quando a ansiedade toma a responsabilidade e deixa as demais emoções em segundo plano, levando a protagonista a lidar com inseguranças, com o afastamento das amigas de infância e dúvidas sobre suas capacidades.

A ansiedade é uma emoção natural e necessária, mas pode se tornar problemática quando  excessiva e constante. A ansiedade da protagonista é um espelho para aqueles que sofrem de crises de ansiedade, mostrando como essa emoção pode dominar os pensamentos e comportamentos.

Por outro lado, inveja e vergonha afetam a autoestima de Riley onde podemos observar claramente o impacto da pressão social na autoestima.

Os conflitos entre as personagens que representam as emoções no filme, refletem os conflitos internos, demonstrando as dificuldades em manter relacionamentos saudáveis.

A família de Riley apoia a menina, ajudando-a a enfrentar suas dificuldades e emoções.

O filme além de destacar a importância de manter o equilíbrio entre as emoções para uma vida saudável, aponta também a relevância de nomear e reconhecer os sentimentos para reduzir sua intensidade.