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A ENTREVISTA GRÁVIDA

Por:   •  10/11/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.277 Palavras (14 Páginas)  •  153 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS

PSICOLOGIA

FRANCIELI FRANCIOSI

ALICIANE PEREIRA DE SOUSA

        

ENTREVISTA GRÁVIDA

ANÁPOLIS – GO

2018


FRANCIELI FRANCIOSI

ALICIANE PEREIRA DE SOUSA

ENTREVISTA GRÁVIDA

Trabalho de avaliação de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Anápolis como requisito parcial para a nota da disciplina de em Psicologia

ANÁPOLIS - GO

2018[pic 2]


 

RELATÓRIO

Recebemos a entrevistada esta no período de vinte e seis semanas de gestação em uma metodologia de entrevista com um questionário estruturado, onde realizamos as perguntas a fim de coletar dados para á analise de perfil no dia nove de setembro de dois mil e dezoito às dez horas da manhã.

A entrevistada em questão tem vinte e seis anos e é a sua primeira gestação, nascida em Goiânia, Goiás tem os seus familiares por perto.

         Seu estado clínico é bom, em seus relatos manifesta até momento não ter mudado suas rotinas devido à gestação, segue trabalhando normalmente, ausentando – se apenas para realização do pré-natal.

Ainda sobre o pré-natal e puerperal é a acolhida da mulher desde o princípio da gestação, garantindo o bem estar materno, analisando e acompanhando a evolução gestacional, realizando se necessários às devidas intervenções assegurando ao fim da gestação e um nascimento saudável.

Segundo Papalia a assistência pré-natal no inicio da gravidez é importante porque reduz a morte materno e infantil e outras complicações de parto. (Papalia,Diane E. 2000, p. 87). Mães de primeira gravidez precisam de informações sobre a gestação.

O acolhimento, aspecto essencial da política de humanização, implica a recepção da mulher, desde sua chegada à unidade de saúde para o inicio de seu pré-natal, responsabilizando-se por ela, ouvindo suas queixas, permitindo que ela expresse suas preocupações, angústias, garantindo atenção resolutiva e articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência, quando necessário. “Como o ambiente pré-natal é o corpo da mãe, ela é muito responsável pelas primeiras influências ambientais sobre seu futuro bebê” (Papalia,Diane E. 2000, p. 78). Cabe à equipe de saúde buscar compreender os múltiplos significados da gestação para a mulher e sua família. No caso da entrevistada ela se sente acolhida, e se enquadra em aspecto humanizado.

Dentro da perspectiva de descoberta da gravidez da entrevistada que considera as situações de crise como encruzilhadas existenciais, necessárias ao desenvolvimento da pessoa, a gravidez surge como um momento privilegiado para a reformulação de todos os valores vitais assim relatadas pela entrevistada que percebe que não é apenas mudanças fisiológicas, mas também psicossociais, a gravidez provoca mudança de identidade e nova definição de papéis. Os fatores socioeconômicos desempenham um papel nada desprezível em nosso meio. Por isso a época da gravidez representa um núcleo de tensões entre diversos fatores. A rigor, destacado por Maldonado, "é necessário pensar não apenas em termos de 'mulher grávida' mas sim de 'família grávida'" (Maldonado, 1976, p. 16), ao contrário da maioria, que focaliza exclusivamente a situação da mulher, como se a mesma não fizesse parte de um conjunto dinâmico.

A entrevistada esta inserida em um contexto favorável de vínculos familiares, com condição básica para o desenvolvimento saudável. É frequente a participação do pai no pré-natal, devendo sua presença estimulada durante as atividades de consulta e o preparo do casal para o parto e durante a internação para o parto. Ainda dentro do aspecto humanizado de assistência ao pré-natal do casal as histórias da mulher grávida traz deve ser acolhida integralmente, a partir do seu relato e do seu parceiro. São também parte desta história fatos, emoções ou sentimentos percebidos pelos membros da equipe envolvida no pré-natal que deve ser acompanhado e direcionado para a compreensão levando em conta os sentimentos por eles envolvidos. Assim, a assistência pré-natal torna-se um momento privilegiado para discutir e esclarecer questões que são únicas para cada gestante e seu parceiro, aparecendo de forma individualizada.

O diálogo franco, a sensibilidade e a capacidade de percepção de quem acompanha o pré-natal são condições básicas para que o saber em saúde seja colocado à disposição da mulher e da sua família, atores principais da gestação e do parto. Uma escuta aberta, sem julgamentos nem preconceitos, que permita à mulher falar de sua intimidade com segurança, fortalece a gestante no seu caminho até o parto e ajuda a construir o conhecimento sobre si mesmo, contribuindo para um nascimento tranquilo e saudável. Escutar uma gestante é algo mobilizador. Suscita solidariedade, apreensão. Escutar é um ato de autoconhecimento e reflexão contínua sobre as próprias fantasias, medos, emoções, amores e desamores. Na escuta, o sujeito dispõe-se a conhecer aquilo que talvez esteja muito distante de sua experiência de vida e, por isso, exige grande esforço para compreender e ser capaz de oferecer ajuda, ou melhor, trocar experiências. As mulheres estão sendo estimuladas a fazer o pré-natal e estão respondendo a esse chamado.

“A maternidade é um momento existencial extremamente importantes no ciclo vital feminino que pode dar á mulher a oportunidade de atingir novos níveis de integração e desenvolvimento da personalidade (...) É, indubitavelmente, um momento que merece a convergência dos esforços preventivos de obstetras e psicólogos que resulte num atendimento mais global e satisfatório para a saúde física e emocional da mulher e de seu filho.”(Maldonado, 1982, p.9).

O avanço do conhecimento científico dos fenômenos físicos em obstetrícia tem proporcionado habilidades fundamentais a médicos e enfermeiros, permitindo lhes a prática de atendimento que gera, realmente, estado de confiança maior na mulher. Elas necessitam ser potencializadas, especialmente pela compreensão dos processos psicológicos que permeiam o período grávido-puerperal. O profissional de saúde deve, portanto, acrescentar à sua avaliação clínica essencial uma avaliação da mulher, com sua história de vida, seus sentimentos e suas ansiedades. Hoje, os aspectos emocionais da gravidez, do parto e do puerpério são amplamente reconhecidos, e a maioria dos estudos converge para a ideia de que esse período é um tempo de grandes transformações psíquicas, de que decorre importante transição existencial.

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