A Felicidade em Universitários Segundo a Psicologia Positiva

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende abordar a temática da felicidade na visão da Psicologia Positiva em universitários do Curso de Química da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Sabe-se que a felicidade é um dos temas mais relevantes socialmente, pois está sempre em evidência, e é um dos assuntos mais comentados atualmente, seja no nos meios de comunicação, na política, na economia ou nas rodas de amigos. Porém a busca da felicidade está associada a diversos outros fatores, como bem-estar, trabalho, saúde, dinheiro, relacionamentos, entre outros. E é isso que nos propomos investigar: qual a ideia que as pessoas têm sobre felicidade? E a que está associada a felicidade para elas? No caso específico de nossa pesquisa queremos saber o que os universitários do curso de Química pensam a respeito da felicidade? Para isso nos apoiaremos na teoria da Psicologia Positiva, que é o ramo da psicologia que mais trabalha essa temática.

Segundo Snyder & Shane (2009), a ciência e a prática da psicologia positiva estão direcionadas para a identificação e a compreensão das qualidades e virtudes humanas, bem como para o auxílio no sentido de que as pessoas tenham vidas mais felizes e mais produtivas.

Para esta pesquisa utilizaremos do método qualitativo, por ser o que mais atende à nossa demanda, e por se tratar de perguntas de caráter subjetivo que exigirão dos participantes respostas mais elaboradas. A pesquisa será feita através de um questionário de cinco perguntas em uma amostragem de 6 participantes.

Os teóricos que nos auxiliarão na fundamentação de nosso trabalho serão Martinn Seligman, Ferraz, Tavares e Zilberman, Giacomoni, Scorsolini-Comin e Dos Sanntos, entre outros. Esses teóricos são todos da Psicologia Positiva e corroboram para o enriquecimento de nossa pesquisa, por nos ajudarem a entender os conceitos e aprofundar o conhecimento da Psicologia Positiva.

1. Justificativa

O projeto de pesquisa visa uma análise e compreensão dos estudantes de química da Universidade Federal do Amazonas sobre o tema da felicidade. A pesquisa de caráter qualitativo contará com a utilização de instrumentos teóricos que possam abarcar com a coleta de dados, bem como com sua posterior análise teórica. Por fim, a pesquisa tem como último objetivo a análise e a interpretação do fenômeno estudado para o enriquecimento do saber científico individual e acadêmico.

1. Obejtivos

1.3.1 Geral

Analisar as opiniões e visões dos estudantes do curso de exatas (engenharia)  acerca do que seria a felicidade para os mesmos.

1.  Específicos

• Verificar o que os participantes entendem por felicidade;
• Estudar o conceito de felicidade a partir da teoria da psicologia positiva;
• Analisar e comparar as concepções de felicidade dos participantes com a teoria abordada.

1. REVISÃO TEÓRICA

Os estudos sobre felicidade ou bem estar subjetivo ganharam um impulso científico nas últimas décadas com o advento da Psicologia Positiva, que trouxeram consigo mudanças acerca da promoção da saúde e focaram nos aspectos positivos do ser humano (FERRAZ, TAVARES e ZILBERMAN, 2005, p. 234).

Giacomoni (2004), relata que o ponto inicial foi o termo felicidade, originado no senso comum. Contudo outras nomenclaturas foram cunhadas, como por exemplo, satisfação e afeto positivo, sendo sinônimos da mesma coisa. Segundo Scorsolini-Comin & Dos Santos (2010, p. 190), felicidade é a predominância da frequência de ocorrência de experiências emocionais positivas sobre as negativas.

Felicidade, cientificamente falando, pode ser traduzida como bem estar subjetivo (BES), este termo (constructo) está intrinsicamente relacionado à promoção da saúde. Refere-se à avaliação das pessoas sobre sua própria vida, tanto de forma cognitiva, quanto afetiva. (NUNES, 2007, p. 8). Para Scorsolini-Comin & Dos Santos (2010, p. 190), o bem estar subjetivo seria influenciado por fatores como a cultura e a hereditariedade, a maneira como os indivíduos dão sentido as suas experiências, suas crenças, personalidade, assim como seu ambiente sócio cultural.

2.1  O bem estar subjetivo como componente da Psicologia Positiva

A psicologia não deve estudar apenas as patologias, mas também as forças e as virtudes humanas. O bem estar subjetivo é importante componente da Psicologia Positiva. Através dele podemos ver não somente a nós mesmos de uma outra maneira mais favorável, mas também os que estão ao nosso redor (GIACOMONI, 2004).

A análise do ser-humano saudável através da Psicologia Positiva de acordo com Ferraz, Tavares e Zilmerman (2007) ajudam na:

Identificação dos fatores de promoção do bem-estar (...), particularmente úteis a sub-população que é mais predisposta a doenças mentais, favorecendo o desenvolvimento de abordagens preventivas, com potencial representação nas áreas sociais e ocupacional. (p. 235)

Segundo Seligman apud Passareli-Carrazzoni & da Silva (2012, p.514) o bem estar subjetivo, pode ser nomeado de extroversão estável, parecendo o afeto positivo na felicidade estar relacionado à fácil sociabilidade, o que propicia uma interação natural e agradável com outras pessoas. Ainda conforme o autor, pessoas que por sua vez possuem mais amigos (tanto íntimos como casuais), são mais felizes, além de conseguirem se manter casadas por períodos mais longos de tempo e de exercerem mais atividades sociais; o que, segundo o autor, é um indicador facilitador de contato social.

2.2  Fatores da felicidade

Alguns fatores comumente são imaginados como forte influenciadores da felicidade, contudo durante pesquisas, eles não demonstraram ser tão influentes assim. Fatores como saúde, inteligência, riqueza, beleza e instrução, por exemplo, possuem pouca determinância no nível de felicidade. Para Seligman, o que importa é a percepção subjetiva que as pessoas tem de si mesmas. (SELIGMAN, 2004 p.75-76).

Seligman diz que se mudarmos algumas circunstâncias externas, é possível adquirir um aumento no nível constante de felicidade, tais mudanças seriam as seguintes: Viver em uma democracia, casar-se, evitar eventos negativos e emoções negativas, estabelecer uma rede rica de contato social e por último, ter uma religião.

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