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Contribuições da psicologia positiva na exaustão emocional

Por:   •  23/6/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.139 Palavras (5 Páginas)  •  131 Visualizações

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TITULO DO ARTIGO : EXAUSTÃO EMOCIONAL NO TRABALHO

A exaustão emocional atualmente tem sido objeto de interesse de muitos pesquisadores e gestores por causa do impacto significativo que vem exercendo sobre a saúde e o desempenho do trabalhador, o que atinge consideravelmente os resultados da organização.

 Pode-se dizer que a exaustão emocional no trabalho é também, um problema de saúde pública e um problema econômico. Daí tanto o trabalhador como a empresa pagam preço alto pela exaustão emocional.

Para o trabalhador, o impacto ocorre principalmente na área da saúde, no seu bem-estar psicológico e, com certeza na sua carreira. Já a empresa perde, muitas vezes, ótimos profissionais, pessoas bem treinadas, além de ter de arcar sempre com a queda no desempenho, tanto em quantidade como em qualidade. As pesquisas nessa área têm identificado outras consequências gravíssimas para a organização, como altas taxas de absenteísmo, tendência a mudar de organização, baixo comprometimento com o trabalho e com a organização, insatisfação no trabalho e aumento de conflitos interpessoais com chefes e colegas.

Conceito

O conceito e a pesquisa sobre exaustão emocional iniciaram do estudo sobre o burnout no trabalho, também chamado no Brasil de esgotamento profissional. Essas manifestações consistem em uma síndrome psicológica decorrente do alto estresse habitual no trabalho. Três fatores foram destacados e identificados como os principais componentes do burnout: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal (Lee & Ashforth, 1990). Para Cordes & Dougherty (1993), numerosos pesquisadores consideram que a exaustão emocional caracteriza a primeira fase do processo de burnout no trabalho. Sendo um estado cotidiano de elevado estresse físico e emocional provocado por cobranças e pressão do trabalho (Wright & Cropanzano, 1998). Ela estabelece, segundo Shiron (1989), o centro principal do burnout. A exaustão emocional é explicada como o sentimento do trabalhador de que o seu reservatório emocional está vazio e de que ele não tem mais energia para continuar enfrentando as exigências do trabalho (Babakus et al., 1999, p.59). O conceito de exaustão emocional deixa subentendido, suas consequências para a qualidade de vida no trabalho e para o funcionamento adequado do trabalhador na organização. Tradicionalmente, o burnout e, por sua vez, a exaustão emocional, tem sido considerados psicopatologias específicas das profissões caracterizadas pelo contato direto com os usuários. São profissões que têm como características o atendimento a pessoas que necessitam de cuidados e ou assistências, exigem envolvimento emocional do profissional. Por exemplo, o trabalho dos professores de escola, dos médicos e dos enfermeiros implica contato direto e quotidiano com seus alunos e pacientes. Esse contato sempre vem com certa dose de envolvimento emocional. Grande parte da sua ação profissional passa pela sua própria pessoa, no sentido de que, para ter sucesso, precisam saber escutar, compreender e ser tolerantes. Gil-Monte & Peiró (1997, p.15) definem o primeiro fator da síndrome de burnout, isto é, a exaustão, como a situação na qual os trabalhadores sentem que não podem dar mais de si mesmos no nível afetivo. É uma situação de exaustão da energia ou dos recursos emocionais próprios, uma experiência de estar emocionalmente esgotado devido ao contato diário e contínuo com pessoas às quais têm de atender como objeto de trabalho. Ex: pacientes.

 Atualmente, a teoria bidimensional do ajustamento no trabalho, que está centrada na relação entre o indivíduo e o ambiente. Dawis & Lofquist (1984) destacam que a base da teoria é a semelhança entre o indivíduo e o ambiente de trabalho. Todo indivíduo procura desenvolver e manter essa relação entre o ambiente de trabalho e as suas necessidades e valores. Pervin (1968, p.61) afirma que a adaptação do indivíduo ao ambiente se mostra por meio de alto desempenho, satisfação e baixo estresse no sistema, enquanto a falta dessa semelhança resulta em baixo desempenho, insatisfação e alto nível de estresse. No contexto desse modelo teórico, a exaustão emocional acontece quando o trabalhador percebe que os seus recursos físicos e emocionais não são adequados para enfrentar as exigências do trabalho e do contexto organizacional. Porém, existe a constatação por parte do trabalhador de que a sua energia, as suas habilidades e as suas resistências física e emocional não correspondem mais às exigências do seu trabalho. Essa contradição entre as habilidades do trabalhador e as exigências do seu trabalho é a fonte de estresse que o leva, gradativamente à exaustão emocional.

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