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A Psicologia Positiva

Por:   •  15/4/2023  •  Artigo  •  3.474 Palavras (14 Páginas)  •  75 Visualizações

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“A ideia do movimento da Psicologia Positiva é lembrar que o nosso campo tem sido deformado. Psicologia não é apenas o estudo da doença, fraqueza e os danos, mas também é o estudo da força e da virtude. O tratamento não é apenas consertar o que está quebrado, mas também construir o que é certo. Psicologia não é apenas sobre a doença ou a saúde, é sobre trabalho, educação, compreensão, amor, crescimento e reprodução. E nessa busca do que é melhor, a Psicologia Positiva não depende de pensamento positivo, autoengano ou mão acenando, em vez disso ela tenta adaptar o que há de melhor no método científico para os problemas específicos que o comportamento humano apresenta em toda sua complexidade.” (Seligman e Csikszentmihalyi – 2000)

“Psicologia serve para fazer você se conhecer melhor e não necessariamente para você se livrar de algum mal”.

Assim como nas palavras de Mariza Monteiro Borges, presidente do CFP na entrevista ao Empreendedorismo para Psicólogos (2015), a Psicologia Positiva, chamada também de Positivista, assim como tantas outras ações, vêm direcionar o olhar para o indivíduo a partir da saúde e não da doença.

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  1. Histórico da abordagem

A PP nasceu no final da década de 90 a partir de estudos realizados pela Universidade da Pensilvânia, com o foco na saúde emocional e com o propósito de compreender como uma pessoa pode estabelecer um estilo de vida mais feliz, inclusive de uma forma preventiva, dentro de uma abordagem científica.

Martin Seligman solidificou o tema por ocasião em que fora presidente da Associação Americana de Psicologia e contou com um conjunto de importantes pesquisadores que contribuíram para a alavancagem do tema, dentre eles: Csikszentmihalyi, Peterson, Sheldon, Gilbert, entre tantos outros.

Independente desta ação da PP, o tema felicidade, bem estar e emoções positivas tem sido tratado desde a antiguidade, quer no campo da ciência, filosofia ou religião.

Tanto é que em 1902, William James já escrevia sobre “a determinação da mente em ser saudável”.

A própria Psicologia Humanista que originou na década de 50, com fortalecimento entre 60 e 70, já trazia a concepção voltada para a natureza positiva das experiências e vivências do indivíduo, não desfocando a patologia e doenças mentais, enfatizando o poder do homem, aspirações positivas, livre-arbítrio, entre outros aspectos.

Carl Rogers e Abraham Maslow foram os principais estudiosos desta linha. O próprio Maslow foi o primeiro a citar a Psicologia no seu aspecto positivo. Mas Seligman como outros, já se pautava em raízes advindas de necessidades mais antigas da Psicologia.

Seligman (2002) salienta a II Guerra Mundial como um marco importante para o estudo focado somente nas patologias. Antes desse acontecimento, a Psicologia possuía três missões: curar as doenças mentais; tornar a vida das pessoas mais produtiva e feliz; e, identificar e criar talentos. No entanto, após a guerra, as duas últimas missões foram esquecidas. A necessidade de tratar os veteranos de Guerra e a fundação do Instituto Nacional de Saúde Mental nos Estados Unidos propiciaram vantagens econômicas, profissionais e sociais aos psicólogos e pesquisadores. Dessa forma, as pesquisas e o atendimento clínico concentraram-se no “reparo” dos danos e prejuízos provocados pelas patologias, de acordo com um modelo de doença do funcionamento humano. Esse movimento trouxe benefícios importantes para o fortalecimento e o aperfeiçoamento das terapias e tratamentos para as doenças mentais, mas ao mesmo tempo, enfraqueceu as investigações sobre os aspectos virtuosos dos seres humanos. Como outros psicólogos, Seligman devotou sua carreira ao estudo das doenças mentais, especialmente da depressão. Ao assumir a presidência da APA, enfatizou os avanços que a Ciência Psicológica havia obtido nos últimos anos; salientou que não havia tratamentos disponíveis para nenhuma doença mental no ano de 1947 e que, nos anos 90, 14 diferentes doenças já podiam ser tratadas através de psicoterapia e psicofarmacologia, ou ambas, o que era uma notável vantagem trazida pelo estudo das patologias. (texto retirado do artigo de Simone dos Santos Paludo e Sílvia Helena Koller - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil - 2007)

Incrivelmente, no livro mais famoso de Seligman, Felicidade Autêntica (2002), o autor explica que sua motivação para o foco da PP começou em um estudo sobre o desamparo de cães. A partir de então começou a evoluir a teoria. 

Os avanços a respeito da PP continuam inclusive a adoção como matérias importantes dentro das cadeiras de Psicologia nas melhores universidades. Em 2006, Harvard foi a pioneira e continua entre as mais conceituadas no que tange aos estudos referentes à esta linha de atuação do Psicólogo. A Universidade da Pensilvânia, oferece há  pouco mais de 10 anos, o Mestrado em Psicologia Positiva.

Já no Brasil, apesar desta pesquisa ter sido feita até 2012, mostra números menos expressivos quanto ao estudo e publicações a respeito do tema. Segundo a Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, o aumento de publicações nesta área apresentou um crescimento pouco expressivo e não linear.

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Dentro de todo este cenário, há controvérsias a respeito do futuro da PP, dado que se a Psicologia tiver sua base na saúde mental como tantas ações levam a isso, todas as linhas seguirão este caminho, abrindo espaço para as devidas adequações e abertura de novos conceitos. Este tema ainda é muito complexo e extenso e exigirá ainda uma mudança de muitos paradigmas.

Há um material interessante sobre o passado, presente e futuro da PP, num artigo que pode ser encontrando em: http://www.researchgate.net/profile/Stephen_Joseph6/publication/233304144_Positive_psychology_Past_present_and_%28possible%29_future/links/00b4952530dde2bd8d000000.pdf

  1. Visão do Sujeito

"Use suas forças pessoais e virtudes a serviço de algo muito maior do que você é." Martin Seligman (2002)

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Seligman também apresenta aspectos relacionados às Forças Pessoais ou Forças de Caráter, dentro de pesquisas científicas realizadas inclusive em culturas diferentes, resultando em 24 principais forças, que foram agrupadas em 6 virtudes principais conforme quadro abaixo.

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