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A IDENTIDADE CULTURAL DO TAPAJÓS

Por:   •  3/12/2018  •  Artigo  •  1.122 Palavras (5 Páginas)  •  312 Visualizações

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A IDENTIDADE CULTURAL DO TAPAJÓS

RESUMO

Tendo por objetivo discutir sobre a identidade cultural da população tapajônica, construiu-se este artigo, através de pesquisa em livros e artigos da internet. Verificou-se que que a cultura dos Tupaiús está integrada a história santarena, porém, não há muitos estudos sobre a temática pelos historiadores, porém, os arqueólogos têm feito grandes pesquisas sobre o assunto, realizando projetos em que o estudo da arte Tupaiú. Além desta influência, também está bem presente a cultura africana, que chegaram em Santarém, através dos escravos, percebidos em ritos religiosos, comida, dança, entre outros. Portanto, apesar da influência marcante da cultura de matriz européia por força da colonização ibérica no Brasil, a cultura tida como dominante não conseguiu, de todo, apagar as culturas indígena e africana. Muito pelo contrário, o colonizador europeu deixou-se influenciar pela riqueza da pluralidade cultural de índios e negros.

PALAVRAS-CHAVE: Cultura. Negro. Índio. Pluralidade.

INTRODUÇÃO

Na atualidade, a cultura tem estado em total evidência, tendo um destaque muito voltado para sua importância, preservação e valorização, tornando possível sua propagação, sendo um elemento essencial a ser aplicado no processo ensino-aprendizagem, oportunizando a obtenção de conhecimentos relacionados a cultura regional, suas crenças, tradições e, posteriormente, preservá-la.

Através de descobertas arqueológicas, sabe-se que um povo de origem desconhecida habitou a foz do Rio Tapajós, antes dos índios Tupaiús. Provavelmente foram dominados pelos mesmos, que eram conhecidos como bravos guerreiros e hábeis atiradores de flechas envenenadas.

Alguns historiadores afirmam o parentesco desse povo com os Incas e Maias, dada a semelhança de sua cerâmica e também pela preferência pelo cultivo do milho, que usavam, inclusive, para a fabricação de bebidas, enquanto que outras tribos da região utilizavam mais a mandioca. Os Tupaiús absorveram os costumes desse povo e aprenderam a arte da cerâmica, chegando também a produzir belas peças de artesanato.

Após a chegada dos portugueses e dos negros, a cultura tapajônica passou a receber influência desses outros povos, o que modificou a sociedade indígena, dando origem a miscigenação que hoje impera na cultura deste povo.

1 A CULTURA DO TAPAJOS

Em 1639, chega ao rio Tapajós, a primeira expedição portuguesa, tendo como capitão Pedro Teixeira. O frei Cristobal de Acuña, que participou da viagem, informa que encontrou as margens deste rio habitadas pelos "Tapajoses". Estes índios, segundo o autor impunham-se aos outros grupos vizinhos por causa de suas flechas envenenadas. Acamparam perto de uma grande aldeia, com mais de 500 famílias que "não cessaram durante o dia inteiro, de vir trocar patos, galinhas, redes, peixes, farinhas, frutas e outras coisas" (ACUÑA, 1941, p. 271). O autor registrou o forte temor destes índios diante da possibilidade de serem deslocados, pelos portugueses, de suas terras a fim de agrupá-los a índios já aculturados.

A primeira referência escrita de que se tem notícia com relação ao contato de brancos civilizados com os índios Tupaius ou Tapajós, data de 1542, onde se relata que Francisco Orellana saqueou as plantações de roça e milho dos índios. Os companheiros de Orellana experimentaram os terríveis efeitos das flechas envenenadas dos Tapajós. (FONSECA, 1996, p. 16)

Segundo Amorim (1999), a comprovação da herança Tupaiús é riquíssima, o magnífico legado cultural desta tribo, tem uma grande diversidade de lendas, mitos, técnicas artesanais, crenças e festas populares que continuam imortalizadas, atravessando as gerações e os séculos.

Tinham também os tupaiús uma infinidade de ídolos que, na grande maioria, eram reproduzidos em aspecto humano e simbolizavam a defesa e proteção da tribo. Por isso, eram chamadas “mães”, embora houvesse entre os ídolos algumas reproduções de figura masculina, que seriam os “pais” (porém, em número bastante reduzido, dada a tradição existente na sociedade tribal na qual a mulher sempre tivera um papel de destaque). (AMORIM, 1999, p. 36)

Segundo Corrêa (1973), de várias culturas indígenas que desapareceram, embora à conquista hispano-lusitana da Amazônia, destaca-se a Cultura Santarém, atribuída aos Tapajó ou Tupaiús, grupo indígena numerosos e localizavam-se à foz e ao longo do rio Tajapós, afluente da margem direita do Amazonas.

A partir da inserção do português na Amazônia, os negros também vieram fazer parte desta colonização. No Baixo Amazonas, o negro foi empregado na lavoura cacaueira, na agricultura de subsistência e, sobretudo, na pecuária. Verifica-se, também, ao longo desse período a presença da escravidão nas atividades domésticas. Aos poucos, o negro passou a fazer parte do cotidiano da sociedade amazônica.

De acordo com Salles (1971), embora a escravidão na Amazônia não tenha ocorrido com a mesma intensidade que nas outras regiões, os negros procuravam se refugiar nas matas e áreas a montante das cachoeiras. Essa história de resistência guerreira e aprendizado dos escravos do Baixo Amazonas estão contidos em vários documentos históricos de relatos dos viajantes, ofícios e relatórios de autoridade.

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