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A INTRODUÇÃO RELATORIO

Por:   •  8/5/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.163 Palavras (5 Páginas)  •  109 Visualizações

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Um dos pontos indiscutíveis quando se estuda psicologia é que Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) mudou a forma como a psicologia estudava o ser humano; após ter contato com os estudos dos europeus John Watson e Ivan Pavlov, Skinner se interessa ainda mais pela investigação acerca dos seres humanos e acaba se debruçando especificamente sobre o comportamento humano, dando início ao Behaviorismo Radical, sendo essa a filosofia que serve como base para a Análise do Comportamento, que é a abordagem psicológica aplicada à profissão como psicólogos. B. F. Skinner, assim, sustentou uma linha de pensamento coesa durante todos seus estudos e consolidou o estudo científico do comportamento como um dos pilares fundamentais nas Ciências Psicológicas.

[...] Skinner marcou profundamente toda a Psicologia americana (e, em consequência, a Psicologia mundial) do século passado e continua ainda hoje a ser amplamente estudado, discutido e a ter suas proposições ampliadas e revisadas. (SAMPAIO, 2005, p. 372).

Torna-se fundamental lermos a citação acima e associá-la ao presente trabalho, que trata justamente de discutir, revisar e estudar os pressupostos e conceitos propostos por Skinner a partir da leitura de textos científicos, observando a Análise do Comportamento em ação a partir da lente que a traduz como a ciência que busca compreender os seres humanos, partindo de sua interação com o ambiente. Para isso, precisamos primeiro definir conceitos intrínsecos ao estudo de Skinner, como o próprio conceito de ambiente, que devemos encarar como sendo qualquer lugar, situação, interação social ou coisa que entre em contato com o sujeito, sendo este mesmo sujeito qualquer organismo vivo que tenha uma interação com o ambiente; nota-se que são definições que se complementam e fundamentais para entendermos a base da Análise do Comportamento.

Skinner propõe o estudo do Comportamento Operante, que se define, segundo Moreira e Medeiros (2019, p. 48-49) como “o comportamento que produz consequências que se constituem em alterações no ambiente e cuja probabilidade de ocorrência futura é afetada por tais consequências”.  A partir daqui, precisamos adotar o uso de siglas quando nos referirmos aos termos, sendo comportamento (o comportamento produzido pelo organismo) sinônimo de resposta, representado pela letra R, e consequência (o que acontece a partir da resposta do organismo) representado pela letra C. Essa mesma consequência, quando favorável ao organismo que está emitindo a resposta, aumenta a probabilidade de o mesmo comportamento emitido acontecer novamente, sendo chamada de consequência reforçadora, ou apenas reforço. Aqui, é importante frisarmos essa relação de R e C como contingência de reforço, podendo ser explicada como “se eu me comporto de maneira X, então a consequência Y ocorre” (MOREIRA, MEDEIROS, 2019, p. 51).

Fica claro que o Comportamento Operante e seu conceito de reforço pode ser usado como método de aquisição de novos comportamentos, e a modelagem pode ser o caminho mais fácil, mas talvez não o mais rápido, de se ensinar algo a um organismo. “A modelagem é um procedimento de reforçamento diferencial de aproximações sucessivas de um comportamento-alvo” (MOREIRA, MEDEIROS, 2019, p. 59); a aproximação sucessiva citada é ensinar o comportamento-alvo de maneira gradual e por partes, juntamente com o reforço diferencial, que consiste em reforçar apenas os comportamentos que são esperados para que se alcance o que se deseja, sempre se atendando á imediaticidade desse reforço, para que o mesmo seja apresentado assim que o comportamento desejado for emitido pelo organismo.

O reforço ser apresentado assim que o organismo emite a resposta desejada é chamado de Esquema de Reforçamento Contínuo, mas existe também o Reforçamento Intermitente, sendo este um esquema onde [...] “nem todas as respostas são seguidas de consequências reforçadoras, isto é, apenas algumas respostas são reforçadas” (MOREIRA, MEDEIROS, 2019, p. 123). No presente trabalho, trabalharemos apenas com o Esquema de Reforçamento Intermitente de Razão Fixa (FR): entendemos razão como sendo o número de respostas necessárias para que o comportamento seja reforçado, sendo necessariamente maior que um; já o termo “fixo” é sobre um número fixo de respostas necessárias para que consequência reforçadora aconteça. Como exemplo, temos o salário após 30 dias trabalhados: uma pessoa precisa trabalhar (R) 30 dias para ser reforçado (C) no final do mês; logo, FR = 30.

Um ponto importante sobre o comportamento e seu reforço é pensar o que  acontece quando C deixa de ser uma consequência reforçadora: “esse procedimento, que consiste na suspensão do reforçamento, e o processo dele decorrente são conhecidos como extinção operante” (MOREIRA, MEDEIROS, 2019, p. 54); essa extinção faz com que o organismo volte ao seu nível operante, que seria R voltar a ser emitido da mesma maneira de antes de ser reforçado. Mas, além disso, a extinção, assim que acontece, pode trazer também o aumento da resposta a fim do reforço ocorrer novamente, logo depois pode aparecer a variação topográfica, que seria a mudança do modo que o comportamento está sendo omitido, e, em seres humanos, pode eliciar respostas emocionais, como raiva e tristeza.

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