A Introdução a Antropologia

Jeniffer Pereira Silva ([e-mail])

1. O projeto antropológico de pensar cientificamente o mundo humano e social fez surgir várias ciências humanas, dentre elas a Antropologia (entre 1830 e 1850). Com o objetivo de estudar os homens e as sociedades então ditas “primitivas”, ou seja, exteriores as áreas de civilização industrial europeias ou norte-americanas.

Inicialmente a antropologia atribui-se um objeto próprio: o estudo de populações que não pertenciam a Civilização Ocidental, sociedades geralmente ágrafas. Entretanto, entre 1870 e 1920, essas sociedades ditas primitivas começaram a ser destruídas e a desaparecer rapidamente, devido ao contato com o mundo ocidental e por conta da voracidade do colonizador ocidental e se seu mundo industrial e capitalista.

Resultando em uma crise na Antropologia, tendo o risco de desaparecer ou morrer, porque seu objeto de estudo estava acabando.  Para sair dessa crise, a Antropologia adota então as seguintes estratégias:

• Continua a estudar povos e sociedades tribais agrafas enquanto existem;
• Passa a estudar grupos e áreas mais tradicionais da sociedade moderna e ocidental;
• Passa a se preocupar politicamente com a defesa da sobrevivência e dos direitos dos povos que estão sendo destruídos;
• Abre uma nova perspectiva de estudo, sem objeto empírico fixo constituído, e trabalhando uma abordagem cientifica em constante elaboração, focalizando: o estudo do homem inteiro; o estudo do homem em todas as sociedades, sob todas as latitudes, em todos os seus estados e em todas as épocas.

1. O estudo de todos os seres humanos, de qualquer época, sociedade ou lugar, de qualquer sexo, idade, raça ou cor. Também significa o estudo dos seres humanos e das sociedades numa abordagem integrativa, que trate relacionalmente de todos os ângulos ou dimensões do humano: o biológico, o ecológico, o social, o econômico, o linguístico, o psicológico, o politico, o cultural, o artístico, o filosófico, etc.

1. A capacidade de criar, inventar novas e diferentes respostas para sobreviver, elaborando novos modos de sobreviver e se adaptando a diferentes ambientes, é a Diversidade.  Aquilo que os seres humanos têm em comum é a sua capacidade para diferenciar uns dos outros, para elaborar costumes, línguas, modos de conhecimento, instituições, jogos profundamente diversos; se há algo natural na espécie humana é sua aptidão a variação cultural.

1. A condição de sermos igualmente humanos e ao mesmo tempo outros e diferentes, ou seja, o fato de termos o direito de sermos outros e diferentes e de sermos tolerados e respeitados como tal.

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