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A Metodologia da Psicodinâmica do Trabalho

Por:   •  26/6/2020  •  Resenha  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  138 Visualizações

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Gabrielle Lima de Ázara - 201602391696

1) Dejours se baseia na metodologia da Psicodinâmica do Trabalho para explicar o sofrimento no trabalho e sua relação com a somatização. As patologias psicossomáticas, ao qual Dejours caracteriza como neurose de caráter ou neurose de comportamento, são uma estrutura mental que se caracteriza pela deficiência de defesas, que apresentam incapacidade de superar conflitos, sendo mais frágeis frente aos traumatismos que a vida inevitavelmente provoca. O homem é visto como “fator humano”, como parte do processo de divisão do trabalho, que é responsável pelas falhas e erros e a questão da ética e a política não são analisadas, desencadeando o sofrimento ao qual explica como a repetição e a frustração, o aborrecimento, o medo, ou o sentimento de impotência. O trabalho precisa haver sentido para não haver somatização no corpo.

Dejours defende a livre organização do trabalho como meio de equilíbrio psicossomático e de satisfação, além disso, defende o reconhecimento do outro em relação à qualidade de trabalho, esforços, angústias, dúvidas, decepções e desânimos, para que todo esse sofrimento que o indivíduo passa não seja em vão, contribuindo inclusive para a construção da identidade dele.

2) O princípios Tayloristas apresentados são a separação do trabalho manual, seja a separação da execução e do intelectual, aumento da divisão do trabalho, controle do tempo e dos movimentos na execução da tarefa e a idéia como valorização do trabalho intelectual, sendo superior ao do trabalho manual. Todo esse processo coloca o ser humano em condição de máquina, automatizando suas funções, com foco na produtividade, e desvalorizando o ritmo do corpo do próprio trabalhador.

3) O sofrimento é assim considerado porque o sujeito se vê preso em uma monotonia que o empurra para um sentimento de incapacidade, de imbecilidade. O sofrimento criativo é o agenciador da realização do verdadeiro trabalho, é a alavanca do processo criativo. Quando o trabalho, que está carregado de sofrimento e de investimento pessoal, é reconhecido, passa-se a adquirir um sentido, contribuindo com algo novo para a organização. Por isso é criativo, pois se faz a passagem do sofrimento para o prazer.

O sofrimento patogênico é quando todas as margens de liberdade na transformação, gestão e aperfeiçoamento da organização do trabalho já foram utilizadas. Ou seja, quando há somente pressões fixas, rígidas e incontornáveis. Ele é considerado patogênico porque tem em vista o esgotamento de todos os recursos defensivos, continuando a provocar uma descompensação do corpo ou da mente, debilitando o aparelho mental e psíquico do sujeito.

4) Em relação à Freud, é preciso entender a sublimação (momento que o trabalho faz a passagem do sofrimento para o prazer), em relação as atividades de trabalho, como um processo em que as excitações procedentes das várias fontes da sexualidade (pulsões parciais), encontram uma saída dessexualizada (abandono de objetivos sexuais) em outros campos de atividade socialmente valorizada, ou seja, em relação ao trabalho, uma patologia somática (somatização) é desencadeada através do acúmulo de tensão em nível corporal, esta que ocorre quando as pulsões de origem sexuais não encontram uma substituição do alvo sexual, uma saída.

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