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A Psicologia da Saúde

Por:   •  7/4/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.716 Palavras (11 Páginas)  •  193 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O presente relatório é uma reflexão da experiência na prática do Estágio Supervisionado Básico Integrado – Identificação de Demandas – disciplina oferecida no curso de Psicologia e tem como objetivo conhecer os referenciais teóricos e práticos da observação, considerando neste caso a ênfase na saúde, e levando o aluno a vivenciar a prática no campo da observação no contexto educacional de ensino superior.

A observação é o principal instrumento utilizado pela Psicologia para a coleta de dados, tal sua importância para nos iniciantes do estudo desta disciplina, onde a compreensão e aplicação dos métodos e técnicas básicas serão estudados. Conforme as idéias de Rudio a observação é um dos meios mais frequentemente utilizados pelo ser humano para conhecer e compreender pessoas, coisas, acontecimentos e situações.

Ao passo que a Psicologia foi se desenvolvendo, a observação foi se mostrando um instrumento satisfatório para a coleta dos dados com objetivo de responder duas questões importantes acerca do sujeito que está sendo observado: o que o ele está fazendo; e sob qual circunstância ambiental.

Rudio (1986) sugere que não é possível observar tudo ao mesmo tempo, nem mesmo muitas coisas ao mesmo tempo. Uma das condições fundamentais de se observar bem é limitar e definir com precisão o que se deseja observar. Esta ação é uma condição imprescindível para garantir a validade da observação. Então utilizando-se da observação sistemática não participante, que consiste numa ação minuciosamente planejada, que, cabe ao aluno se manter mais objetivo possível, eliminando por completo sua influência sobre os acontecimentos em estudo, e se limitando a somente descrever informações precisas acerca dos fatos em questão, é que foi realizado este relatório.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No campo do saber científico, a escolha do método a ser utilizado pelo pesquisador está vinculada ao fenômeno tomado como objeto de estudo. Na Psicologia, uma das opções metodológicas diz respeito ao método observacional. Esse método mostra-se relevante especialmente para entender o que os organismos fazem e sob quais circunstâncias (DANNA e MATOS 2006), e nos estudos que envolvem interações humanas, visto haver situações que dificilmente poderiam ser captadas ou apreendidas de outra forma (DESSEN e MURTA, 1997; KREPPNER, 2001).

O ato de observar atualmente tem sido usado como ferramenta que permite a coleta de dados sobre um conjunto de atitudes comportamentais típicas, possibilitando meios diretos e satisfatórios para se estudar uma ampla variedades de fenômenos, tais como comportamentos inconsciente ou não-intencionais.

A observação informal de situações cotidianas é diferente da observação científica, pois a última possui uma finalidade conhecida de antemão, descrita através dos objetivos (DANNA e MATOS, 2006) e que é atentamente buscada (FERREIRA e MOUSQUER, 2004). Mestre, Moser e Amorim (1998) ressaltam que a importância da observação e do registro sistemático do comportamento está no quanto a sociedade pode se beneficiar com a descrição minuciosa do comportamento, pois ela permite que profissionais de diferentes áreas possam se comunicar acerca de um fenômeno observado a partir de suas principais características.

Quando o observador já define anteriormente o fenômeno que vai estudar através da observação, ele realiza uma observação sistemática, também chamada estruturada. Neste caso, a observação requer planejamento e necessita de operações específicas para o seu desenvolvimento. O pesquisador antes mesmo da observação, já terá feito um roteiro predeterminado, com campo (população, circunstância, local), tempo, duração e instrumento. Pode ser feita de modo direto, isto é, aplicando-se imediatamente os sentidos sobre o fenômeno que se deseja observar ou, de modo indireto, utilizando-se instrumentos para registrar ou medir a informação que se deseja obter.

Com relação ao número de observadores, a observação pode ser individual, realizada apenas por um pesquisador, onde a maior vantagem destacada por Ferreira e Mousquer (2004) é a praticidade. No entanto, existe uma desvantagem, a possibilidade de distorção devido a impossibilidade de confrontação do fato observado com outros observadores. Além da confrontação dos fatos observados, a observação em equipe traz como vantagem a possibilidade de que vários observadores podem observar diferentes aspectos do fenômeno observado.

Dessen e Murta (1997) ressaltam que as observações no campo natural, onde ocorre o fenômeno estudado, permitem o acesso a características comportamentais talvez não acessíveis em laboratório. Assim, a validade externa é favorecida, embora a validade interna possa estar comprometida pela presença do observador no contexto. As autoras ainda citam como uma fonte de erro, no processo de representação da realidade, a mudança de comportamento dos observados devido à presença do observador. Elas enfatizam a necessidade de o pesquisador definir onde, quem, como, qual comportamento, quais aspectos e por quanto tempo o fenômeno escolhido será alvo de observação. No entanto a observação pode envolver muitas técnicas e, como todas as práticas de observação, requer treinamento e preparação. Objetiva-se, assim, expressar dimensões mais amplas e qualitativas.

A Psicologia da Saúde surge da necessidade de promover a saúde e de pensar o processo saúde-doença como um fenômeno social. Enfatiza-se a necessidade de conhecer a instituição, a realidade da saúde pública no Brasil, favorecendo uma visão crítica da psicologia em relação ao adoecer, à hospitalização e às relações socioculturais. A preparação de um psicólogo da saúde tem se tornado, atualmente, cada vez mais rigorosa em termos de especializações (WITTER, 2008).

Para atingir esse tipo de formação, o conhecimento da produção científica em Psicologia da Saúde é essencial. Sabe-se que há, nesta área, um enorme acervo de conhecimento que são vinculados nos meios de comunicação, tais como jornais, televisão, documentários, revistas de interesse geral e internet (COZBY, 2003). Entretando, o conhecimento que é veiculado nos meios científicos deverá ser sempre a principal fonte de atualização profissional. Nessas fontes, destacam-se periódicos científicos, os quais continuam sendo o canal mais importante e ágil de disseminação da ciência.( SABADINI; SAMPAIO; NASCIMENTO, 2009).

A Psicologia da Saúde tem como objetivos gerais a identificação

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